Os idiotas do Leblon e seu imperador sem máscara

O alarme com que se tratou aqui do “liberou geral” anunciado pelos prefeitos e governadores enquanto os casos de infecções pelo novo coronavírus disparavam teve sua razão fartamente exibida nas imagens das aglomerações de jovens nas áreas nobres do Rio, que estão chocando as pessoas.

Óbvio que os que estavam ali, gente com todas as condições de estar bem-informado sobre os riscos de ficar sem máscaras e em “muvucas” tem sua responsabilidade pessoal. Mas é indiscutivelmente menor que a dos governantes que tinham a obrigação de impedir que isso acontecesse, até porque a contaminação não é um problema individual, mas coletivo, porque cada infectado é uma máquina de transmissão do vírus.

E nenhuma responsabilidade é maior do que a insistência de Jair Bolsonaro em estimular que nem mesmo a mais básica das proteções, a máscara respiratória, seja – ao menos isso – obrigatória nos espaços de uso coletivo.

O veto à obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos comerciais e industriais, que evidentemente vai cair no Congresso, ao ser votado, é isso: uma sinalização de Jair Bolsonaro para que os irresponsáveis, os levianos, o que “se lixam” para a coletividade reconheçam nele o herói da insânia e do egocentrismo.

Se não pode mais ser o valentão que domina a cavalo a Praça dos Três Poderes, Jair Bolsonaro deste título “honorífico” não abre mão: é o Imperador dos Idiotas, o Rei dos Estúpidos, o imbecil-mor da estultice.

 

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7 respostas

  1. Nos subúrbios já não isolamento há tempo, nas áreas mais abastadas acabou. É o que eu digo, cada um que se proteja e torça para que as consequências não sejam muito mais sérias do que já são. Quando o Brasil elegeu Bolsonaro, escolheu um caminho e está seguindo nele.

  2. Olha pelo lado bom, aqueles que ficaram em quarentena com a geladeira cheia e mandando os pobres trabalhar, agora vão se ferrar pela própria estupidez.

  3. Claro que quando se trata de pessoas e classes sociais a diversidade é tão grande que mal dá para se enxergar um “vetor resultante”. Digamos assim que, no conjunto de todas as forças, aparece uma pálida cor, mas que dá para ser reconhecida. A classe média, principalmente a classe média alta, é burra, ignorante e preconceituosa. Identificam-se com a direita porque se sustentam graças à busca, preservação e ampliação dos privilégios e estes dão poder. É por isso que as classes médias chegam ao governo, ao poder. Por agregação e funcionalidade de propósitos egoístas, status e distinções babacas, hierarquia.
    Já as esquerdas são desunidas, mas isso é inevitável porque quem pensa, quem é inteligente e tem cultura diverge, tem opiniões próprias. O preço a pagar por estas características é a perda recorrente do poder. Pelo menos as esquerdas poderiam se concentrar em eliminar o gado, os fanáticos por líderes, a pessoalidade, os irrevogáveis filiados partidários. Daria para respirar melhor.
    O que esperar desta turma do Leblon? Um bairro de classe média alta? Ou as “amigaaaaas…” paulistanas?

  4. Infelizmente esses idiotas vão pagar bem mais do que estão pensando. O Covid-19 não ataca somente o pulmão e não serão somente os velhinhos que já estão na capa da gaita que pagarão caro por essa alegria mundial de toda uma geração abaixo dos 30 anos que se consideram super-homens. A doença está no início e mostra pouco a pouco que ela pode aparecer como a morte “rápida” para os mais velhos, entretanto pouco a pouco se descobre que ela deixa sequelas para o resto da vida para os mais jovens.
    Mas divirtam-se e aproveitem bem, pois depois virá a conta.

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