Guedes abre alas do bloco da chantagem: ‘me segurem que eu não vou’

Ricardo Noblat, na Veja, publica o acesso de modéstia, estilo “la garantía soy yo” do ministro Paulo Guedes:

“Sou ministro há mais de um ano e ainda moro num hotel em Brasília. Assim, fica mais fácil ir embora. E, se eu vou embora, o dólar vai pra R$ 7”

O que o sr. Guedes pretende? Que o marcado proteja a sua inoperância com medo de um “mal maior”? Que lhe deem apoio, senão “a esquerda volta”?

É achar-se mesmo o umbigo do mundo e que a economia se move pela adoração de símbolos.

O mercado está que nem urubu voejando em torno da economia doente, à espera de chances para ganhar na especulação.

Ontem, na TVT, usei a imagem do boneco “João Teimoso” para explicar como o mercado de câmbio está só esperando novas intervenções do BC para comprar na baixa de alguns centavos e esperar a “volta” para ganhar mais.

Estão lá, em volta dos R$ 4,40 , esperando o Banco Central vender reservas para comprar e vender, hoje ainda ou depois do carnaval.

A crise está aí e não adianta fingir que não se vê. Hoje, saíram os dados da venda de automóveis na China: queda de 92%. Logo, minério de ferro em forte retração e excedentes maiores no que o país asiático exporta em aço – e exporta muito – e mau sinal para o principal produto de exportação brasileira entre os manufaturados, com 50% da pauta de vendas neste setor.

A importância de Paulo Guedes, neste momento, é a sua falta de importância.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

8 respostas

  1. Em se tratando do “Posto Ipiranga”, pode-se esperar mais uma medida imbecil qualquer, ou totalmente dirigida para favorecer o tal de “mercado”. O problema dessa criatura é a total falta de competência para o cargo, o que, num governo de imbecis e incompetentes, é o padrão.

    1. Vou me permitir discordar, mr. Richter. Embora o governo como um todo tenha muito de incompetência e imbecilidade, expressas de forma grosseira, o tchutchuca não é um incompetente no que se dispõe a fazer. O problema é a lente que usamos para observar suas ações. Se acharmos que ele desejaria costurar acordos políticos para obter seus resultados, já começamos da premissa errada. Ele não acredita em acordos, pois foi cevado na linha da verdade única, logo, inconteste. Vê como fruto da ignorância alheia qualquer visão discordante, isto apenas o irrita, pois nunca teve paciência com “ignorantes”. Se olharmos para o que deseja conseguir no cargo que ocupa, esperando algo diferente do favorecimento ao mercado financeiro, estaremos mais fora da casinha ainda. Ele, como todo economista alinhado ao dinheirismo, olha para o mundo pela seguinte ótica: primeiro o meu, depois o meu grupo de pertencimento (família, amigos e colegas). O resto que se vire, e quem for otário que se quebre, pois alguém tem mesmo que se dar mal para que eu me dê bem. E o mundo sempre foi dos “espertos”. É o evangelho dos cínicos e dos poderosos, o único ao qual ele dá fé. Logo, ele vem obtendo exatamente o que realmente deseja, à parte o discurso ensaiado de “projeto econômico liberal”. Basta olhar para o que tem acontecido nas privatizações de ativos e imóveis da União, na interferência no universo do ensino público bem ao gosto de sua direta irmã e de suas firmas de gestão privada da educação, na dilapidacão de nossas reservas cambiais. Conseguiu exatamente o que buscava. O resto é conversa para sedar bovinos.

  2. Mandem bozó e Tchutchuca pra casa e contratem Adélio como presidente privatizado.
    Garanto que a coisa vai funcionar melhor.

  3. Um fator de diminuição da demanda (entre tantos outros) são os benefícios do INSS represados.

    Imaginem quantas pessoas com auxílio maternidade, pensão por viuvez, auxílio doença e invalidez, etc, à espera de receber uma renda. Devem estar vivendo de favores de parentes.

    Mas na Rede Globo, agora vai!

  4. La vai o Brasil descendo a ladeira. Com Guedes ou sem. Com esse desgoverno o que ? ruim sempre pode piorar.

  5. Ele disse que mora em um hotel em Brasília , mas, não disse que a família (esposa e filhos moram nababescamente no EUA), Fácil assim né, qualquer coisa que acontecer, piorar o que está piorado ele deixa uma carta de demissão com o Heleno (aquele do pijama) e freta um jatinho e se manda para casa (EUA) deixando a bomba aqui. Mas, o Bozo tem um substituto”porreta) para preencher o cargo vago O GENERAL DE PIJAMA HELENO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *