Novos casos explodem e epidemia perde o controle no Brasil

Ontem se escreveu aqui sobre a imensa estupidez de o nosso país, ao mesmo tempo em que explodem os casos de contaminação do novo coronavírus, estarmos todos discutindo o que ontem chamei de “opendow” , em oposição o “lockdown” que, 15 dias atrás, era cogitado como providência para desacelerar a expansão da pandemia.

Registraram-se hoje 33.274 casos novos da doença. Com a taxa de quase 6% de letalidade que ela apresenta aqui, isso corresponderá a 2 mil mortes por dia.

Isso, se o número de contaminações não se acelerar, como vem se acelerando, de forma mais apavorante.

Porque, se o fizer, estamos diante da possibilidade concreta de, ao final de junho, ultrapassado 2 milhões de pessoas infectadas e termos mais de 100 mil mortos.

Mas parece que banalizamos a morte e isso não comove mais as autoridades públicas, tão pródigas em dizer que são inadmissíveis acidentes que matam 500 vezes menos, mas que se recusam a tomar as medidas concretas para barrar o horror de dezenas de milhares de mortes.

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4 respostas

  1. Fechamos o mês com mais de meio milhão de casos registrados e cerca de trinta mil óbitos. Hoje fomos o país com o maior número de novos casos, mais de trinta mil; somente o EUA atingiram números diários semelhantes, do começo de abril ao princípio de maio, e quando atingiram, uma semana após, os óbitos registraram marcas diárias acima de dois mil casos. É prematuro afrouxar as regras de isolamento social numa hora em que os números de contágios e óbitos escalam; é a certeza da tragédia anunciada pelas vozes da Ciência e dos epidemiologistas em particular, que não poupam de qualificar tal iniciativa de loucura, pela inapropriada ocasião.

    É uma questão humanitária trazer a público a tese de julgamento por genocídio, por crime contra a humanidade, todos os responsáveis pela condução calamitosa da política de saúde pública para a pandemia. Só com a perspectiva de punição para os celerados é possível deter a trajetória para a catástrofe que se avizinha. A certeza da impunidade será garantia para a incúria dos canalhas e autoridades irresponsáveis.

    O sociopata alçado na presidência pregou abertamente pela opção da chamada “imunização de rebanho”, uma política de laissez-faire diante da pandemia, a de deixar a contaminação rolar solta, “quem tiver de morrer, morra”, “e daí?”, até o “rebanho” ficar imune; essa foi a tônica do poder central, que jogou contra e criou todos os tipos de óbices para iniciativas de poderes locais, além de se desfazer de todo o quadro técnico do Estado com encargo para a saúde e contrariar suas recomendações.

    A saúde pública foi entregue a um general da ativa, que tratou de enxertar no seu ministério vários militares sob seu comando. Vale dizer que o enfrentamento da pandemia está sob o controle de um subordinado do estado maior das forças armadas, como de resto se identifica todo esse desgoverno. Deve-se dizer de alto e bom som que desta vez não haverá auto-anistia para os crimes que os militares são coniventes e co-participantes. Serão julgados, nos tribunais e na história, todas as autoridades responsáveis: civis e militares.

    1. Ele, o “sociopata”, arriscou muito, muito mesmo… É sua característica. Arrisca até o planeta, se algum marciano lhe propor. Arrisca a vida de um ou de um milhão tranquilamente, mas não quer que ninguém chegue perto de seus filhotes. Quando os golpistas americanos viram no New York Times uma referência à sua entrevista famosa em que ele fala de matar 30.000 e fechar o Congresso, disseram imediato: “Esse é o cara! Talhado para que possamos frear o Brasil em sua escalada de desenvolvimento!”. E ele aí está.

  2. Fechamos o mês com mais de meio milhão de casos registrados e cerca de trinta mil óbitos. Hoje fomos o país com o maior número de novos casos, mais de trinta mil; somente o EUA atingiram números diários semelhantes, do começo de abril ao princípio de maio, e quando atingiram, uma semana após, os óbitos registraram marcas diárias acima de dois mil casos. É prematuro afrouxar as regras de isolamento social numa hora em que os números de contágios e óbitos escalam; é a certeza da tragédia anunciada pelas vozes da Ciência e dos epidemiologistas em particular, que não poupam de qualificar tal iniciativa de loucura, pela inapropriada ocasião.

    É uma questão humanitária trazer a público a tese de julgamento por genocídio, por crime contra a humanidade, todos os responsáveis pela condução calamitosa da política de saúde pública para a pandemia. Só com a perspectiva de punição para os celerados é possível deter a trajetória para a catástrofe que se avizinha. A certeza da impunidade será garantia para a incúria dos canalhas e autoridades irresponsáveis.

    O sociopata alçado na presidência pregou abertamente pela opção da chamada “imunização de rebanho”, uma política de laissez-faire diante da pandemia, a de deixar a contaminação rolar solta, “quem tiver de morrer, morra”, “e daí?”, até o “rebanho” ficar imune; essa foi a tônica do poder central, que jogou contra e criou todos os tipos de óbices para iniciativas de poderes locais, além de se desfazer de todo o quadro técnico do Estado com encargo para a saúde e contrariar suas recomendações.

    A saúde pública foi entregue a um general da ativa, que tratou de enxertar no seu ministério vários militares sob seu comando. Vale dizer que o enfrentamento da pandemia está sob o controle de um subordinado do estado maior das forças armadas, como de resto se identifica todo esse desgoverno. Deve-se dizer de alto e bom som que desta vez não haverá auto-anistia para os crimes que os militares são coniventes e co-participantes. Serão julgados, nos tribunais e na história, todas as autoridades responsáveis: civis e militares.

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