20 anos do dia em que Brizola venceu a Globo. O milagre em que nem a gente acreditava

 

Hoje, se completam 20 anos do dia em que Cid Moreira, com seu ar afetado e seus cabelos brancos (nem os muito velhos se lembram dele de cabelos pretos…), começou a ler o histórico direito de resposta de Leonel Brizola no Jornal Nacional.

Foi  a penúltima vitória do guri que saiu de Carazinho para enfrentar o mundo, um quixote gaúcho, do tempo em que os gaúchos eram quixotes e provocavam os versos geniais do pernambucano Ascenso Ferreira: Riscando os cavalos!/Tinindo as esporas!/Través das coxilhas!/Sai de meus pagos em louca arrancada!/— Para que?/— Pra nada!

Durante 22, 23 anos, convivi com ele, 19 dos quais diariamente.

Praticamente formei, com ele, a minha vida adulta, pois era um garoto de 22 anos quando esse contato começou, numa reunião num apartamento na Rua Cabuçu, no Lins de Vasconcellos, subúrbio da Zona Norte carioca.

Deste convívio, de muita coisa mantenho reserva.  Sei que estava ao lado de um mito – e via o mito nos raros instantes em que ele conseguia se despir do personagem que poucos minutos lhe deixava viver de outra maneira.

Mas chega a hora em que estes detalhes, que antes serviriam para a intriga e o desmerecimento político, só fazem enriquecer a trajetória de quem era, como ele próprio dizia, “o rei do improviso”.

Porque era assim: se tinha visão estratégica, Brizola não era um calculista, muito menos frio.

As coisas iam acontecendo e ele, certo ou errado, farejava os caminhos, alguns exatos, outros não, mas todos coerentes.

O impacto daquele texto – minto, não do texto, mas de Brizola obrigar a Globo a ler uma mensagem sua – também não teve nada de planejado, mas resultou do inconformismo que ele, com seu exemplo, injetou em alguns de seus companheiros.

Um pouco antes de sua segunda eleição, Brizola passou a ser atacado, sistematicamente, com artigos em O Globo, escritos – ou apenas assinados – por um certo Alcides Fonseca, um ex-deputado estadual eleito do nada pelo PDT e que se bandeou para a oposição a Brizola e, daí, para a poeira da história.

Por orientação do querido amigo Nilo Batista, Brizola passou a pedir, um por um, direito de resposta em O Globo. E, ao pedir, tinha-se já de oferecer o texto, e a tarefa me cabia, porque os anos e anos escrevendo com ele os “tijolaços”  me fizeram absorver um pouco do estilo e da alma inconfundíveis.

Dr. Nilo começou a vencer as causas, alguns artigos foram publicados e o “Fonsequinha” , como era chamado,  foi despachado do jornal.

Já no Governo, em 1992, Brizola dá uma entrevista, dizendo que por toda a sabotagem que a Globo fizera à Passarela do Samba, o prefeito da cidade, Marcello Alencar deveria negar à emissora a exclusividade da transmissão do Carnaval.

Foi o que bastou para que o jornal O Globo publicasse um editorial violentíssimo contra Brizola – o título era “Para Entender a Fúria de Brizola”, acusando-o  de senilidade, “declínio da saúde mental”, e por suas relações, sempre institucionais, com o Presidente da República, Fernando Collor.

À noite, o Jornal Nacional reproduziu, na voz de Moreira, o texto insultuoso.

Naquela noite, Brizola conversou com dois advogados: Arthur Lavigne e Carlos Roberto Siqueira Castro, seu chefe da Casa Civil no governo estadual.

No dia seguinte, Siqueira me chamou e disse que Brizola tinha me encarregado de fazer o texto de resposta, que teria de ser apresentado ainda naquela tarde. Falei com ele, que se mostrou completamente cético em relação ao resultado do pedido judicial e, como fazia quando se sentia assim, despachava o auxiliar: “olha, Brito, você fala com o Dr. Siqueira e façam como acharem melhor.”

Lá fui eu fazer o texto: tinha que ter três minutos, não podia ter “compensação de injúria” – isto é, devolver na mesma moeda os impropérios – e tinha de sair rápido, porque era uma sexta-feira (7 de fevereiro) e havia prazo judicial.

Chamei dois companheiros de velha cepa, que  me auxiliavam na Assessoria de Comunicação do Governo, o Luiz Augusto Erthal e o Ápio Gomes, para cumprirem um dupla função: anotar o que eu ditava e “segurar” a minha “viagem”.

Porque – começo aqui as difíceis confissões, que não são um segredo porque uma boa meia-dúzia de companheiros sabem disso – quando eu tinha de escrever pelo Brizola, eu não escrevia, “incorporava” . Parece coisa de doido? Não, e ele próprio sempre dizia: o bem escrito é o bem falado. E, na hora destes textos carregados, era assim que eu fazia, ditando, falando no ritmo dele, com o milhar de vírgulas e os períodos longos com que se expressava.

Era um exercício extenuante, massacrante, do qual não raro eu saía às lágrimas, mal conseguindo falar, de tão embargada a voz.

Qualquer redator publicitário jogaria fora o que saía disto, e com razão.

Porque não era um texto jornalístico ou publicitário.

Era o Brizola, não eu.

Feito o primeiro texto, mandamos ao Dr. Siqueira que fez algumas correções de bom-senso e um veto.

Eu não podia devolver o “senil” com que Marinho brindara Brizola. Mas isso eu tinha de devolver, ah, tinha.

E aí saiu uma obra de engenharia redacional.

“Quinta-feira, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar editorial de ‘O Globo’, fui acusado na minha honra e, pior, apontado como alguém de mente senil. Ora, tenho 70 anos, 16 a menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que os use para si.”

Na verdade, eu tinha escrito “encanecidos”, mas o bom-senso do Erthal me travou: pô, Brito, ninguém mais sabe  o que é encanecido. É verdade, mas é o que o velho teria dito.

Bem, o texto foi para o Tribunal sem que Brizola  lesse o que ele estava “dizendo” na resposta.

Foram dois anos e um mês de espera pela Justiça.

Brizola levantava a sobrancelha, cético, quando Lavigne e Siqueira Castro, teimosos e dedicados,  diziam que íamos ganhar.

Passou tanto tempo que, dos 70, Brizola já tinha 72 anos e Marinho, 88.

No final do dia 9 de março chega a notícia da vitória no Superior Tribunal de Justiça, mas ainda havia um recurso possível e um “notificaram a Globo ou não notificaram?”. O ceticismo, confesso, era maior que a ansiedade.

No próprio dia 15, terça da semana seguinte, quando o texto foi ao ar, não críamos – nem eu, nem Brizola – que aquilo iria acontecer.

Tanto que nem montamos esquema algum para gravar o Jornal Nacional, senão o de um videocassete doméstico.

E foi o que se viu e que ficou na história.

Termina o texto, toca o telefone: ‘Olha, Brito, que maravilha. Nós acertamos o tiro no cu de um mosquito”.

E assim foi. Não fiquei aborrecido, ao contrário. Porque era nós, mesmo: era o Brizola introjetado em mim que escrevera.

Elogio mesmo – e maior não poderia haver – foi o de Roberto Marinho, falando ao querido amigo Neri Victor Eich, da Folha, por telefone, no mesmo dia do terremoto:

“Que nunca mais se reproduza isso. O direito de resposta teve o tom de Brizola.”

Teve sim.

Foi a última vitória de Brizola, em vida e em memória, despertando consciências que não se acovardam, não se ajoelham e não gaguejam, como a dele, a minha e a sua.

Até hoje, a não ser pelos testemunhos dos personagens desta história,  a ninguém tinha revelado estes detalhes. Faço-o agora, porque já são história e porque só aumentam o tamanho de um homem a quem eu devo grande parte do que sou.

Um homem que era tão grande que  estar à sua sombra foi também – e é para sempre –  estar sob sua luz.

 

Direito de Resposta

‘Todos sabem que eu, Leonel Brizola, só posso ocupar espaço na Globo quando amparado pela Justiça. Aqui citam o meu nome para ser intrigado, desmerecido e achincalhado perante o povo brasileiro.
Quinta-feira, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar editorial de ‘O Globo’, fui acusado na minha honra e, pior, apontado como alguém de mente senil.
Ora, tenho 70 anos, 16 a menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que o use para si.

Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos, que dominou o nosso país.

Todos sabem que critico há muito tempo a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações. Mas a ira da Globo, que se manifestou na quinta-feira, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípios. É apenas o temor de perder o negócio bilionário, que para ela representa a transmissão do Carnaval.

Dinheiro, acima de tudo.

Em 83, quando construí a passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar de todas as formas o ponto alto do Carnaval carioca. Também aí não tem autoridade moral para questionar. E mais, reagi contra a Globo em defesa do Estado do Rio de Janeiro que por duas vezes, contra a vontade da Globo, elegeu-me como seu representante maior.

E isso é que não perdoarão nunca.

Até mesmo a pesquisa mostrada na quinta-feira revela como tudo na Globo é tendencioso e manipulado. Ninguém questiona o direito da Globo mostrar os problemas da cidade. Seria antes um dever para qualquer órgão de imprensa, dever que a Globo jamais cumpriu quando se encontravam no Palácio Guanabara governantes de sua predileção.

Quando ela diz que denuncia os maus administradores deveria dizer, sim, que ataca e tenta desmoralizar os homens públicos que não se vergam diante do seu poder.

Se eu tivesse as pretensões eleitoreiras, de que tentam me acusar, não estaria aqui lutando contra um gigante como a Rede Globo.
Faço-o porque não cheguei aos 70 anos de idade para ser um acomodado.

Quando me insulta por nossas relações de cooperação administrativa com o governo federal, a Globo remorde-se de inveja e rancor e só vê nisso bajulação e servilismo. É compreensível: quem sempre viveu de concessões e favores do Poder Público não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesma.

Que o povo brasileiro faça o seu julgamento e na sua consciência lúcida e honrada separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram servis, gananciosos e interesseiros.’

Leonel Brizola

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54 respostas

  1. “Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos, que dominou o nosso país.” (Leonel Brizola)

    Famiglia Marinho, corrupção e cinismo: tudo a ver.

    1. Este comentário viola as Regras de Uso: “…que apresentem conteúdo que possa ser interpretado como preconceituoso ou discriminatório a um indivíduo ou a um grupo de pessoas …” ao utilizar o termo famiglia, comum para designar organizações criminosas como a Máfia, em referência a conhecida família de empresários da comunicação brasileira.
      Atc
      Dilter

    2. Caro Luís, uso o espaço para ALERTAR AO FERNANDO BRITO, que o post atual -07/03/16-
      “A exploração imoral que revela a armação sobre Lula e a busca do confronto” ao clicar nele aparece “este” de aniversário do Direito de Resposta do Brizola…Algo estranho no TIJOLAÇO…VERIFICAR, obrigado!

  2. O mais impressionante e lamentável é que, passados vinte anos, todos os adjetivos usados por Brizola para qualificar a Globo continuam extremamente atuais.

  3. acertar o cu de um mosquito,e pontaria de fazer imveja, so mesmo o velho Brizola, E isso que o povo Brasileiro tem que ter. sempre acertando os CUZ de mosquitos. PSDB. DEM.PPS.

  4. Daí não entender o silêncio pragmático da Dilma. A briga pelo direito de falar , de informar a verdade à população ,educa e politiza . Calar-se desinforma e despolitiza . Penso que o dano , principalmente para formação da cidadania da juventude , é enorme , diria irreparável , para a nova geração. De novo , o velho Briza para refrescar nossa memória .

  5. Caro fbrito que belo texto, imagino como isto glorifica tua alma ter feito parte deste grupo que criou esta obra historica, parabens hoje o jantar e por minha conta.hehehe

  6. Todos cobram uma postura assim Dilma..Mas ela não tem o carisma do velho..E principalmente ela houve o LULA

  7. Golbery tá se revirando no inferno, pois o petismo veio para ser não só a melhor esquerda do Brasil, como transformar todos os demais em lixo político, velharia de um passado que precisa ser esquecido

  8. Advogados ativistas publicam íntegra de entrevista à Veja
    publicado em 15 de março de 2014 às 21:58

    por Advogados Ativistas, no Facebook, sugerido pelo leitor André

    A revista Veja entrou em contato com os Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista. Apesar de ter sido avisada que não falamos com este veículo de comunicação, a publicação insistiu e nos mandou algumas perguntas, deixando claro que a matéria sairá com ou sem as nossas respostas.
    Os jornalistas que realizam um trabalho sério têm a nossa admiração e respeito, o que se traduz na ótima relação do grupo com eles. Porém, é intolerável que publicações mal intencionadas queiram, mais uma vez, desinformar, mentir e difamar aqueles que realizam trabalhos relevantes.
    Portanto, achamos por bem responder publicamente as perguntas que nos foram enviadas, para que uma possível matéria que cite os Advogados Ativistas já tenha seu contraponto. Segue abaixo:
    Veja: Como surgiram os Advogados Ativistas?
    AA: Advogados Ativistas sempre existiram, apenas uma parte deles se uniu.
    Veja: Há lideranças?
    AA: Não.
    Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?
    AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.
    Veja: Quais são suas bandeiras?
    AA: Não carregamos bandeiras.
    Veja: O que é necessário fazer para participar?
    AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.
    Veja: Hoje há quantos advogados ativistas?
    AA: O suficiente.
    Veja: Os senhores atuam apenas em São Paulo ou em outras cidades brasileiras? Se sim, em quais?
    AA: Através da internet somos capazes de levar informação para qualquer lugar.
    Veja: Em redes sociais do grupo há publicações, como fotos de protestos em cidades como o Rio de Janeiro. Vocês viajam para atuar em causas fora da cidade?
    AA: Advogados Ativistas possuem amigos em muitos lugares. Se for preciso viajar, viajaremos.
    Veja: Como vocês se mantém?
    AA: Somos advogados, ora.
    Veja: Quanto tempo do dia se dedicam ao ativismo?
    AA: Não o quanto gostaríamos, mas quando o fazemos a dedicação é total.
    Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?
    AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil.
    Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?
    AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu.
    Veja: Os senhores declararam que sofreram intimidação na OAB-SP no último protesto em São Paulo, de que forma isso aconteceu?
    ]AA: Sofremos intimidação de um grupo inexpressivo, o qual falou indevidamente em nome da classe. Como explicado pelo Presidente da Ordem, a atitude destes não reflete o pensamento da entidade. Assunto superado.
    Veja: Advogados ativistas já deram declarações de que a OAB-SP não está cooperando com o trabalho de vocês e se portando de maneira governista. Como é a relação entre os senhores e a entidade? Os senhores publicaram um artigo afirmando que a entidade criminaliza a ação de vocês. De que maneira isso acontece?
    AA: A política de relação com outros grupos ou entidades é discutida internamente. No entanto, informamos que o Presidente da OAB/SP, em conjunto com o Presidente da Comissão de Prerrogativas, apresentaram nota pública em defesa de nosso trabalho, disponibilizando, inclusive, amparo emergencial caso cada um de nós tivesse seu ofício prejudicado.
    Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?
    AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal “Bolsa Manifestação”.
    Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?
    AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.
    Veja: Os senhores declararam que já sofreram ameaças de morte. Pode descrever em quais situações e como essas ameaças se deram?
    AA: A investigação está em andamento. É um trabalho para a polícia.
    Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?
    AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.
    Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?
    AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.
    Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?
    AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).
    Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?
    AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defendê-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário.

    FONTE: http://www.viomundo.com.br/denuncias/advogados-ativistas-publicam-integra-de-entrevista-a-veja.html

    1. Cuspindo no prato que comeu?
      Criança fazendo birra com a Mae?
      Tadinhos eles nao sabem que so existem por causa da Veja, Globo, Folha …

  9. Pingback: Anônimo
  10. Eu lembro muito bem do BRIZOLÃO, aliás eu conversei com ele na praça José de Alencar em fortaleza na oportunidade iria acontecer o comicio das diretas, aonde eu indagava a ele quando ia acontecer a expansão das universidades, porque o que se via na época era uma onda de especulação sobre a privatização do ensino superior, e ele me dizia que iria lutar para implantar o ensino tecnico, no Rio com a implantação do CIEPS, foi bom era dos mais assediados tinha cheiro de povo,

    1. Pois é, Carlos. Como o grande Brizola não conseguiu se eleger presidente, foi preciso esperar que outro grande brasileiro, também com cheiro de povo, se tornasse presidente para que fosse feita a expansão das universidades públicas federais. Um tempo precioso perdido pela educação brasileira.

  11. fernando nesse ano em que comemoramos o brizola e me parece voce como a figura oculta do grande politico,em sua fase derradeira,voce poderia publicar,os textos dos tijolaços da época,eu os lias com imenso prazer.fato que muito me ajudou na formação politica.

    1. Paulo, eu era – apenas e orgulhosamente – um colaborador de Brizola. O Ápio, a quem me referi, tem uma coleção dos mais de 600 textos, catalogada e organizada. Um dia teremos recursos e tempo para fazer uma edição, com os mais significativos e com a sua localização nos fatos políticos da época, que ajude a compreensão e todos.

  12. até mesmo os inimigos mais terríveis do petismo, como Golbery e Tuma, reconheciam que Lula seria não só o maior presidente da história do Brasil como o único e autêntico líder da nova esquerda mundial. E Brizola não viu isso, perdeu o rumo da história, virou passado inútil, pois se não fosse Lula nunca teria havido sequer abertura, como sempre deixou claro Golbery e turma.

    ========

    http://www.youtube.com/watch?v=RxYbd7Tvi7U#aid=P-4F_tNz5fE

  13. Bom dia,

    Na CBN hoje Míriam leitão em seu pronunciamento postado na CBN as 8:32 de hoje no site no link: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/miriam-leitao/MIRIAM-LEITAO.htm

    as 2 minutos e 50 segundos ela afirmou que o Salário Mínimo cresceu muito, devido a indexação com o Crescimento do PIB, então finalmente ela admitiu que a Economia Brasileira cresceu muito também nos últimos anos!

    Aos 2:20 minutos ela alfineta FHC o vice de Aécio, falando dos Brasileiros que se aposentaram cedo demais.

  14. A pergunta que não quer calar!

    Quando o PT, há 12 anos no comando do país, irá proporcionar uma imprensa decente ao povo brasileiro?

    O PT, não criando condições para que o cidadão fique informado e cobre os governos, é cúmplice desta situação.

  15. Obrigada Fernando Brito! Que bela historia a sua, Brizola sempre! E quem sabe um dia os Tijolaços tambem, pois sao textos historicos da maior importancia e como tal devem ser conhecidos e contestualizados!

  16. O relato de Fernando Brito (http://tijolaco.com.br/blog/?p=15421) sobre “o tiro que acertamos no cu de um mosquito” – no dizer de Leonel Brizola, a improvável vitória judicial que obrigou Cid Moreira a ler o seu direito de resposta contra a TV Globo, há exatos 20 anos – abre um baú de recordações e revelações que não se pode mais deixar fechado.
    Aquela foi sem dúvida uma das mais espetaculares façanhas políticas e jornalísticas em que tive o privilégio de participar – modestamente, é verdade – ao lado de um dos mais competentes e íntegros profissionais de imprensa que conheço. Durante uma boa dúzia de anos vivi a aventura de colaborar com Fernando Brito, como seu fiel escudeiro, na assessoria de imprensa do Brizola, dentro e fora de seus dois governos no Estado do Rio.
    Partilhamos lutas e sonhos numa posição da trincheira difícil de se estar, lutando contra inimigos poderosos, tentando romper, mesmo que em pequenas brechas, a muralha de cinismo, hipocrisia e mau jornalismo erguida pela grande imprensa ao longo desses últimos 50 anos para tentar impedir o reencontro do povo brasileiro com a sua história. Na esteira dos anos de chumbo, a mídia e as elites criaram os anos de silêncio, cassando a palavra de líderes como Brizola (lembro de um casuísmo do TSE nas eleições estaduais de 1986 que chegou a proibir a presença dos governadores – leia-se Brizola – na propaganda eleitoral gratuita, quando Darcy Ribeiro disputava o governo fluminense contra Moreira Franco).
    Aí entraram os tijolaços e as nossas quixotescas tentativas de buscar pelas vias judiciais os espaços que nos eram negados na mídia. Estas, na maioria das vezes, esbarravam no facciosismo do judiciário, depois de nossas respostas serem solenemente ignoradas dentro das redações. Eu mesmo cumpri algumas vezes o papel – apenas formal – de entregar pessoalmente na redação de O Globo textos que dali iam diretamente para a cesta do lixo, antes que os enviássemos aos tribunais.
    Cabia ao Brito compor esses textos, ora ao lado do Brizola, mas muitas vezes a duas mãos apenas. E não só os tijolaços e os pedidos de direito de resposta, mas muitas peças de campanha e manifestações políticas que levavam a assinatura do Chefe. O processo era exatamente como descrito por ele em seu artigo. Uma sintonia perfeita com o estilo discursivo e o pensamento político de Brizola o levava a incorporá-lo. Sem qualquer insinuação metafísica, parecia mesmo ser tomado por ele.
    Brito não apenas redigia, com o nosso auxílio, pois nesses momentos preferia discursar, cabendo-nos a tarefa de transcrever, com um ou outro debate sobre algum ponto do texto. Ele o sentia. Gerava-o sofregamente. Experimentava a dramaticidade daquela argumentação empírica, como o próprio Brizola a definia, às vezes até às lágrimas.
    Recordo que, às vésperas da eleição presidencial de 1989, naquela que nos parecia, e era, a última grande encruzilhada histórica deste país, ele vomitava um artigo para ser publicado em O Dia na própria data do pleito. Lembro da última frase, que fechava o artigo mais ou mos assim: “Hoje, quando saíres de casa, olha para os olhos de teus filhos, de teus netos, me dê a tua mão e vamos juntos em busca do nosso destino…”. Na sala do Edifício Orly, onde ficava o nosso bunker, nossos olhos marejavam enquanto Brito corria, soluçando, para o banheiro.
    Não, ele não era um ghost writer qualquer. Era, na verdade, a única pessoa capaz daquilo. E, a meu ver, por três razões conjugadas: primeira, por seu grande talento de redator; segunda, e mais importante, pela incorporação do pensamento, da identidade e da fidelidade política do próprio Brizola; e, terceira, sem a qual as duas anteriores de nada serviriam, por merecer a confiança absoluta do Chefe. Coisa para bem poucos dos que serviram a Brizola ao longo de sua trajetória.
    Vivemos e choramos até hoje os nossos fracassos. Naqueles idos de 89 sentíamos como se fôssemos a última linha de defesa da histórica bandeira política do povo brasileiro – o Trabalhismo. Vi o grande Doutel de Andrade prantear, pouco antes de morrer, repetindo insistentemente: “A nossa geração fracassou!” Vi Darcy, também antes de partir, confessar os seus fracassos: “Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.
    Muitos de nós, como eu, ficamos em determinado momento desesperançados e ensimesmados. Precisávamos encontrar nossos caminhos, e para jornalistas como eu, Apio Gomes, Osvaldo Maneschy e outros companheiros da mesma trincheira de Fernando Brito, dificilmente eles poderiam passar novamente pelas redações dos grandes jornais. Mas ao olhar para o que ajudamos a fazer há 20 anos, fica a sensação de que aquela fenda na muralha de cinismo continua aberta, minando essa estrutura iníqua até que ela um dia caia de podre.
    Os vários arquivos que reproduzem no YouTube o direito de resposta conquistado por Brizola contra a TV Globo em 1994 somam centenas de milhares de exibições e continuam sendo visualizados a cada dia por mais pessoas. E quantas das muitas mentiras da Globo levantadas contra Brizola naquela época ecoam ainda hoje? Foram sepultadas para sempre no limbo da história.
    Ao rever a cara de bunda do Cid Moreira (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fWt9R8oCDnQ) passo a pensar menos nos nossos fracassos e mais em uma das grandes imagens do Brizola, o único talvez que nunca admitiu o fracasso – a da lenha guarda-fogo. Ele dizia que nós, trabalhistas, somos como aquela tora mais grossa da fogueira do gaúcho no pampa, que guarda uma centelha de chama no seu interior mesmo quando não se vê. Durante a noite, a fogueira parece ter-se apagado. Mas, pela manhã, o gaúcho se levanta e assopra as cinzas, fazendo rapidamente levantar novamente o fogo necessário para a sua jornada.

  17. Que belo e verdadeiro texto, Brito! Oxalá surja outra oportunidade para você atualizá-lo para que seja lido novamente e desta vez na voz estridente do William Bonner. Só que sem mais muita audiência, já que a Globo vem despencando ladeira abaixo em audiência e credibilidade como um jornal nacional. No próximo não esqueça de mencionar que o povo clama para que ela mostre o DARF ou confesse de vez que é contumaz sonegadora de impostos. Mais uma vez parabéns pelo brilhantismo das palavras e das idéias.

  18. Estou sem fôlego! Nem me lebrava mais dessa matéria. É uma alegria ver que apesar das dificuldades, é possível transformar, ainda que seja uma mudança quase invisível. O que nos fica da atitude de Brizola, é que não podemos desanimar, nem nos intimidar pelas dificuldades. Precisamos sim, perseverar sempre e, na medida do impossível divulgar as ações positivas que acontecem aqui e ali. Muito obrigada por me fazer lembrar.

  19. NAQUELA EPOCA TINHA POLITICO DE VERGONHA. HOJE, TODOS ELES, SE ACOVARDAM DIANTE DO QUE A GLOBO E JOAQUIM BARBOSA DIZEM.

  20. Brito, tenho muito orgulho de, como subsecretário teu, no segundo governo Brizola no Rio de Janeiro, ter escrito parte do “direito de resposta” dele ao Roberto Marinho – a seu pedido. Quem me conhece, sabe disto e do meu orgulho porque há anos falo nisto e sempre explicando que o texto é seu, mas com minha a minha modesta contribuição. E a do Erthal também. Você esqueceu?

  21. Amigos Erthal (e Brito), corretíssimo o seu texto sobre os idos de 90, no Palácio Guanabara, quando trabalhávamos ao lado de Brito no 2º governo Brizola, no Rio de Janeiro. Matávamos leões todos os dias, enfrentando o dragão da maldade da grande mídia nacional – especialmente as Organizações Globo do Dr. Roberto, amiga dos vencedores de 64 e arqui-inimiga do Leonel. Época em que Brizola recorria ao programa radiofônico “Com a palavra o Governador”, transmitido pela Rádio Tupi (ou rádio JB?) diretamente do Palácio Guanabara, onde ele passava a limpo os assuntos acumulados – todos – em uma coletiva transmitida diretamente da salinha de imprensa do Palácio Guanabara, em frente ao jardim dos fundos. Brizola se estendia nas respostas, falava de tudo, e essas falas (que em parte transformei em livro) gerava mais de 30 releases abordando assunto diferentes temas, todos relevantes para a população brasileira e do Rio de Janeiro, mal informada pela mídia, releases estes produzidos em tempo real e transmitidos a todas as redações do Rio de Janeiro, e sucursais importantes, pelo nosso grande Dikson, operador de telex; e também transmitidas por Fax, pelo nosso bom Jayme. //// Não havia um jornal, rádio ou estação de tevê do Estado do Rio de Janeiro – e sucursal da mídia nacional, que não recebesse nosso material prontinho, bem escrito, e atualíssimo. Nos esmerávamos nesse trabalho, produzíamos material jornalístico de qualidade, levando a palavra de Leonel Brizola sobre o que estivesse acontecendo no momento, para todos os veículos de comunicação. O problema é que praticamente não saía nada em lugar nenhum, exceto no “Jornal do Commercio” , “O Fluminense” e jornais pequenos. Na mídia do interior, que sempre abastecíamos também, o tratamento era um pouquinho melhor. Na grande mídia, nada, nem uma linha. A Globo era mestre em mandar equipe. Mas só para filmar, nem se dava ao trabalho de mandar repórter. Era relatório mesmo talvez para um telespectador único, o próprio Dr. Roberto Marinho ou quem ele pagava para ver o que Brizola estava falando e “bolar” a próxima sacanagem a fazer com ele, já que Brizola não tinha desistido de ser candidato à presidência da República – e também já tinha dito, em campanha, que se eleito fosse, na primeira hora do primeiro dia como governante, faria uma revisão da política de concessão de canais de rádio e tevê no Brasil. /// Como recentemente a Cristina kichner fez, na Argentina, //// . Eu brincava sempre, como responsável por esse trabalho hercúleo de produção de conteúdo, junto com Brito, é claro que era o meu chefe – repetindo uma máxima que tinha aprendido com o grande jornalista e publicitário Wagner Teixeira – em 1982 autor da frase-chave da campanha ‘Brizola na cabeça’ – na hora de enviar o material por telex e fax, por favor, não deixem de fora “nem a rádio Solimões!”. Lembra Erthal? A rádio Solimões era rádio de Nova Iguaçu, não sei se ainda existe, que chamávamos de rádio perereca, porque era pequeninha diante das gigantes em audiência como Globo, Tupi, Nacional e Jornal do Brasil, grandes AM. Não tinha blog, não tinha internet ainda. /// Nossa equipe de produção fazia verdadeiras maratonas nesses dias produzindo textos e partilhando com a mídia o conteúdo das falas de Brizola. Tínhamos uma equipe muito boa e ela incluía o Drummond, ex-editor da Rádio Jornal do Brasil; o Marcos Gomes, ex-titular do programa “Encontro com a Imprensa”, também da Rádio JB, hoje editor da Rádio Nacional; o Gentil Lima, pra lá de experiente; o Mario Russo, acho que hoje editor do ‘Jornal do Comércio’ do Rio de Janeiro, um texto leve e facílimo de ler, um senhor redator com faro apuradíssimo de repórter; o veteraníssimo Marcos Reis, competentíssimo, com quem aprendi que um bom texto jornalístico pode ser escrito em menos de 10 minutos mas atrás dele precisa ter anos e anos de muita experiência; o Antonio Oséas, que veio da Riotur, como o Apio Gomes, também super competente e rápido; o Bento, também advogado, que cuidava dos rádio releases (com trechos de gravação) junto com Joé (ex-rádio JB), também responsável pela escuta dos noticiários de rádio; e mais a imensa galera de gente que incluía as secretárias, funcionários diversos, motoristas, contínuos, garotada do convênio com a Febem: Rosa, Glória, Marcinha, Graça, Suely, Tupi, Gracinha, Coelho, Rubens, Sérgio e mais um monte de gente que lembro que estava lá conosco mas esqueci o nome. Sem falar na turma da fotografia – como o Almir, o Ailton, o Clóvis, e tinha mais gente lá, /// Pois é, Erthal/Brito – estou dizendo isto tudo porque – lembra também – fazer texto para direito de resposta era obrigação nossa naqueles dias. Em época de eleição fazíamos direto, era verdadeira uma linha de produção porque os textos -resposta tinham que ser escritos em cima do que os adversários de Brizola diziam na tevê, no horário eleitoral, e ser entregue no dia seguinte cedinho para que os advogados do partido – no rito sumário da justiça eleitoral – dessem entrada na Justiça. Em época de eleição, vivíamos em clima de guerrilha. //// O que não foi o caso do direito de resposta que se tornou o mais famoso e hoje tem, no Youtube, mais de 1 milhão de visitas. O direito de reposta do Brizola ao Roberto Marinho. ///// Estou dizendo tudo isto, amigo Erhtal, por conta dos 20 anos do direito de resposta do Brizola a Roberto Marinho que, nem sabia, se completaram no dia 15 do mês passado, segundo li no Tijolaço do Brito, ontem. O seu texto, Erthal, li hoje, agora de manhã, dia 16/4, um mês depois da publicação do post original do Brito . Pois quero dizer, ao vivo e a cores, que fiquei um pouco magoado lendo, ontem, o texto do Brito sobre o assunto. Porque há coisas na vida que a gente faz e tem orgulho delas. É o caso desse direito de resposta específico, que foi ao ar em rede nacional, no JN, pela voz do Cid Moreira com cara de bunda. Ele disse, em entrevista, que foi o momento mais difícil da vida dele, como ancora do Jornal Nacional. // Pois eu, ao longo desses anos todos, também sempre tive orgulho em dizer a meus amigos, a meus alunos quando dava aulas, que escrevi, junto com Brito, o texto desse direito de resposta assinado pelo Brizola. Sempre disse isto e é verdade. Os Tijolaços que saiam nos grandes jornais nessa época, com certeza eram escrito a quatro mãos pelo Brizola e pelo Brito. Muitas vezes também vi Brito ditando textos para você exatamente como descreveu. Algumas vezes também anotei textos do Brito, até passados por telefone e sempre admirei a capacidade dele de fazer textos na cabeça e ditá-los. Eu não sei fazer isto. Brito sabe. Além dele produzir textos com uma velocidade incrível, sempre muito bons. Na minha vida profissional – que é extensa – conheci dois redatores com essa capacidade: Fernando Brito e Mario Rola, com quem trabalhei no “Globo”, sob a chefia de José Augusto Ribeiro, que era o nosso editor no início da década de 80. Voltando aos “Tijolões” dos anos 90, Brito e Brizola produziam o texto, Brito reunido com Brizola na casa dele, em Copacabana, e Apio Gomes fazia o arremate, a revisão primorosa do escrito, antes que ele fosse transformado em fotoletra e distribuído aos jornais. Apio não deixava passar nada errado no texto. Sou testemunha, como você e todos nós da equipe, que Brito, Brizola e Ápio gastaram incontáveis noites e finais de semana, neste trabalho. /// Mas no caso específico desse direito de resposta, o que o Cid Moreira leu na tevê Globo no Jornal Nacional, lembro que antes disso acontecer, muito antes mesmo, se não me engano levou três anos para a justiça decidir que Brizola teria direito a responder a Roberto Marinho, no Jornal Nacional, no mesmo espaço que foi usado para ataca-lo, Brito entrou na minha sala lá na casinha da Secretaria de Imprensa , no caminho do posto do Banerj, ao lado do anexo do Palácio Guanabara, e pediu que eu lesse e acrescentasse o que achasse que estava faltando. O texto estava ótimo, muito bom mesmo, mudei porquíssima coisa. Mas mudei alguma coisa. Brito quis minha opinião, acho, porque da turma também tinha a experiência de ter trabalhado muitos anos no Globo, conhecia bem a casa. Por isso, amigo Erthal, minha pequena retificação ao seu comentário aqui, no Tijolaço do Brito. Os Tijolões eram escritos por Brizola e Brito, mas naquele direito de resposta, amigo, tem pitaco meu. /// É bom lembrar também, Erthal, que quando o Brito começou a fazer o blog Tijolaço, ainda no tempo em que ele assessorava o deputado Brizola Neto, sem assinar os posts que fazia, chamei a atenção dele para que passasse a assinar os textos que fazia, até porque as pessoas estavam achando que o deputado é que estava escrevendo o que ele, anonimamente, no inicio, estava escrevendo. Porque nesta altura em que estamos da estrada da vida, amigo Erthal, esquecer as coisas faz parte e podemos achar natural essa gringuice de ser ‘ghost writer’. Isto não é mais para a gente. Acho que Brito me ouviu, tanto que passou a assinar e hoje o Tijolaço, do qual sou leitor. //// Sempre achei, como eu dei pitaco no texto do direito de resposta do Roberto Marinho, que você tivesse feito o mesmo. Pelo que você disse, você não participou. Pelo jeito, foi só o próprio Briza, Brito e eu. Escrevi isso tudo, amigo Erthal, para lembrar ao Brito que dei a minha modesta contribuição nesse marco importante da luta do grande Brizola contra “o mais velho”, o Dr. Roberto e suas Organizações Globo.

  22. BRIZOLA ERA CORAJOSO , HOMEM DE FIBRA ,PRECISAMOS DE BRASILEIROS AUTÊNTICOS COMO ELE PARA DEFENDER O BRASIL ,E A PRESIDENTA DILMA DESTA FAMIGERADA RÊDE GLOBO E DESSES TUBARÕES

  23. A direita não tem escrúpulos. Tentar enfrentá-la dentro das regras é inútil. Esperar pelo julgamento da história, na verdade, é uma grande besteira depois que o mal já estiver feito. Se Pelé também não soubesse dar pontapé, não teria durado muito.

  24. Senhor Fernando.Linda recordação.Contudo acho que submeter esse DIREITO DE RESPOSTA ao povo,e que ele faça seu julgamento,devo lembra-lo que parte do povo,particularmente os da PEQUENA BURGUESIA,que ora ou outra,até manifesta algum respeito por HOMENS COMO O DR.LEONEL DE MOURA BRIZOLA,esses,os da PEQUENA BURGUESIA,cuja tarefa na vida,desde seu nascimento é sentir pena de pobre,desde que fiquem em seus lugares e PUXAR SACOS DE RICOS,e para constatar isso,basta que se olhe para suas mãos,pois os dedos deles,todos são CÔNCAVOS,para constatar que pior que as pessoas sem moral e vergonha investidas na vida pública ,são os eleitores que apoiam a CANALHA.Na verdade,apoiam graciosamente,pois não ganham nada em troca,senão o DESPREZO.Para ilustrar ,o BOSTONARO OU COCÔNARO, foi eleito por essa corja de eleitores,como muitos que postam comentários aqui.

  25. Deveríamos levar ao conhecimento de todos, principalmente os mais jovens, deste vídeo. Conhecer que realmente é a Globo Golpista. Lavamos a alma.

  26. Que pérola Brito! Como é atual, a globo continua a golpista de sempre, com seu vampirismo no Estado. Agora criando as vivandeiras dentro do próprio ninho.

  27. Que coisa mais linda, Fernando Brito. Muito emocionante.
    Que bom que você compartilha sua luz conosco. Nós, leitores seus, somos mesmo privilegiados.

  28. Salve o heroi de tantos brasileiros, gde Brizola. Salve o clube dos bolinhas !
    Salve todas as mulheres super corajosas desse mundo nesse dia 8 de marco de 2016. Salve Dilma, nossa dignissima Presidenta com um percurso de vida de deixar muito machao a ver navios ! Estamos contigo nessa travessia, vamos acabar com os canalhas que sequestraram teu governo. Salve O MAIOR DE TODOS, o Gde Lula que te escolheu por tua fibra, honestidade, competencia e coragem. Esses que te humilham hoje sao criancas pueris que acham que muito barulho e muita acao na toca dos lobos tudo resolveria. Voce tb errou e deves saber, mas creia que estamos contigo, muitos homens e mulheres que tem o coracao na mao e vergonha suficiente para nao jogar pedras naquele que injustamente e execrado. Dilma, VETA ! Nao hesite ! Faca isso em nome de todas as mulheres e criancas esquecidas, de todos os homens do bem, como Lula que te respeita tanto. Coragem Dilma Coracao Valente, pois neste momento os covardes so lembram do teu nome para te ofender ou para lamentar o que nunca nem sequer fizeram por si mesmos. O mundo da voltas e o amanha e sempre uma surpresa. Orgulho de mulher brasileira a uma gde mulher brasileira !

  29. “Nós acertamos o tiro no cu de um mosquito”. (by Leonel Brizola)
    Temos que acertar novamente o cu, só que desta vez o de três mosquitos sem nome, como sempre diz PHA.
    A famiglia Marinho tem que ter o seu cu atingido pelo pontapé democrático do povo brasileiro.

  30. Ele está fazendo falta nessa quadra da vida nacional. Divulguem! Desliguem a “grobo”! Enquanto o “sistema globo” existir não haverá democracia no Brasil.

  31. Parabéns, Fernando Brito. Só agora, depois de, nesta oportunidade, “saborear” mais de 3 vezes seguidas essa verdadeira pérola coroadora de vitória das forças progressistas sobre a ditadura midiática que assola o Brasil é que compreendi a sua verdadeira importância neste caso. Antes, passei várias vezes pelo vídeo sem saber que foi você o redator da “travessura” que há de ficar para sempre na boa memória dos que lutam por democracia verdadeira e por um Brasil e um mundo melhores, muito melhores. Realmente, cheguei a pensar que o texto era do próprio inesquecível Brizola, tal a semelhança de escrita/discurso, o que só vem a enaltecer ainda mais as suas já excelentes qualidades de redator, que tão bem conhecemos de tempos e tempos que o acompanhamos neste blog Tijolaço. E você, assim, como redator desta belíssima cacetada na Rede Goebbels (Globo) inscreveu seu nome (já há muito tempo) na História brasileira, nas lutas democráticas do povo. O texto é um primor, muito bem escrito, e serve/servirá, sempre, como reavivador do ânimo para se lutar quando se estiver já muito cansado de tudo, cansando das batalhas diárias de um cotidiano opressor em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, funcionando como agregador/estimulante da utopia contra a atual distopia brasileira. E vai ficar sempre eternizando a ele, Brizola, e a você, além das suas outras valorosas contribuições posteriores. Já está nos meus “Favoritos” de cada navegador. Mais uma vez, parabéns (redobrados, louvando quem bem merece), parabéns ! !

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