Paulo Guedes anuncia em Davos que o Brasil renuncia a qualquer projeto de desenvolvimento local, ao dizer que abrirá as compras governamentais a empresas estrangeiras, sem sequer a exigência de que se instalem aqui.
É o fim para pequenos e médios fornecedores, que sobrevivem com a venda de quantidades de produtos que, para os estrangeiros, não justificam sequer a necessidade de abertura de escritórios ou filiais locais.
É verdade que o Acordo de Compra Internacional, ao qual Guedes promete que o Brasil vai aderir estabelece salvaguardas opcionais para pequenos negócios ou setores da economia fortemente dependentes de compras governamentais.
Mas é o contrário do que o ministro da Economia anunciou, ao propor que a abertura seja irrestrita, para Estados e Municípios, pequenos ou grandes.
A ideia, claro, pressupõe uma forte derrubada em tarifas e impostos de importação pois, como é claro, empresas que não se instalam no Brasil não vão produzir e nem mesmo montar seus produtos aqui.
Diz O Globo que o volume de comprar públicas chega a 78 bilhões. Calcule a quantidade de dinheiro que, nestas compras, vão deixar de irrigar nossa economia.
Emprego zero, portanto, basta-lhes manter vendedores-lobistas por aqui.