UOL confere: em agosto, derrubada de mata foi de 1.000 m² por segundo!

O UOL checou dados do desmatamento verificado pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, cujo diretor, Ricardo Galvão, perdeu o cargo depois que Jair Bolsonaro não gostou dos números apurados pelo satélite.

E que, de acordo com a apuração do site não são mesmo para gostar, mas para apavorar.

Só neste ano, estima-se que o desmatamento na região aumentou em 67,2% se comparado ao mesmo período do ano passado. Julho foi o mês mais díspar até então, com uma alta de 278% em relação ao mesmo período de 2018.

Grave, sim.

Mas mais grave é a informação que vem no final da nota, revelando como isso está se acelerando espantosamente: só nos três primeiros dias de agosto foram desmatados 135 km² de mata, o mesmo que em dois meses inteiros de 2011.

Isso quer dizer foi derrubado o equivalente a 40% da área da cidade de Belo Horizonte ou a 19 mil campos de futebol, em apenas três dias: quinta, sexta e sábado.

Considerando 12 horas de luz por dia, 528 campos de futebol por hora, ou quase nove deles por minuto.

Ou se quiser, um bom lote de 20 m por 50 m por segundo! Sim, 1.000 metros quadrados antes de você piscar os olhos.

Que nome se pode dar a esta proporção senão o nome de “amazônica”?

Não, o desmate da Amazônia não começou com Bolsonaro, mas está patente que se turbinou com seu governo.

O que se está fazendo não é “soberania nacional” no aproveitamento das terras amazônicas, é crime mesmo.

Não adianta dizer que a Amazônia é imensa: você derruba um casa, às vezes, derrubando só um pedaço dela.

A ninguém, mais que aos brasileiros, interessa uma exploração racional da Amazônia.

O Saara também é grande e, economicamente, não vale nada.

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10 respostas

  1. “O Saara também é grande e, economicamente, não vale nada.” Lembrando que onde hoje fica o Saara no passado distante já houve uma floresta luxuriante, talvez tanto quanto a Amazônica, mas que sabe-se-la por quais desastres ambientais desapareceu ao longo dos anos, séculos ou milênios.

  2. Nossa bandeira jamais será a mesma.
    Nem vermelha, como brada o gado que se arrasta atrás de seus líderes odiosos.
    Nem verde, pois a natureza será de tal forma devastada que só restarão desertos secos e envenenados atrás.
    Nem azul, pois antes do deserto, haverá muito fogo. Fumaça e cinzas tóxicas subirão fazendo o céu e os rios negros, onde a fome, a miséria e a doença dizimarão aqueles que resistirem.
    Nem amarela, pois na penumbra e em meio à fumaça da natureza moribunda, sorrateiramente saquearão todas as riquezas.
    O branco, já tinha ido antes de tudo começar, pelo gado odioso que seguia o ignóbil.
    Nada mais restará a não ser um imenso e silencioso deserto cinza, com ocasionais clarões e sons de tiros ao fundo.
    Sem água e pasto, o gado morreria vagarosamente, mugindo, em seus derradeiros berros:
    “Mito! Mito! Mito … mito..

    1. Mas antes será vermelha. Vermelha do fogo, da brasa de Brasil. Do fogo consumindo tudo e todos. As florestas, os livros, as universidades, os trabalhadores, o povo pobre e remediado, as pequenas e médias indústrias, os pequenos e médios comércios. Tudo será transformado depois da brasa em cinzas. A terra será salgada, inútil para o gado e para novas plantações. E assim o país que seria o “país do futuro” será entregue a sanha predadora para o usufruto do que restar, somente matéria prima inerte. Os minerais do solo e subsolo são o que restará, depois da destruição e matança de todos os seres vivos que aqui algum dia viveram.

  3. Lembro quando alguns anos atrás, quando o Brasil mais precisava de energia, um bando de “artista” globais patetas faziam protestozinho contra a construção da Usina de Belo Monte, por causa dos impactos ambientais. Pois bem, hoje, dia 15, seguindo essa proporção de 45 km2 por dia, então somente em agosto, deve ter sido desmatada uma área 30% maior do que a ocupada pelo lago da usina. Até o final do mês, a área desmatada deverá ser a equivalente a 2,5 Belos Montes. E cadê esses patetas agora, caladinhos?

  4. Existem os desarranjos pelo aquecimento global, mas vale notar que os verões têm sido cada vez menos chuvosos, pelo menos no Rio de Janeiro.

    Há uma teoria que a transpiração da Floresta Amazônica é barrada pelos Andes, que redireciona essa umidade para a Região Sudeste.

    É observável que na mesma latitude do Sudeste brasileiro, há regiões desérticas na África e na Austrália.

    A ganância não apenas destrói a biodiversidade, mas prejudicarão as atividades agrícolas do Sudeste.

    Talquei, Jair Anticristo Boçal Nato?

  5. O Brasil está a oferecer ao mundo todas as provas de que a ignorância é muito perigosa. Deveria haver um teste para quem quisesse disputar a presidência da república, um teste simples de conhecimentos gerais. Estaríamos assim protegidos de tais desastres ambientais.

  6. Fui inventar de ler os comentários na matéria do UOL.
    Meu deus do céu, o que tem de gente tão ou mais burra que o bozo, acusando o UOL de tudo, jogando a culpa no PT… Dá vontade de fugir dessa galáxia.

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