Tales Faria: Só faltou a briga de galo, Será?

Imperdível a leitura do bem-humorado – se é que a desgraça o permite – artigo de Tales Faria, no UOL, sobre as irrelevâncias a que se dedicou publicamente o sr. Jair Bolsonaro nos 100 dias iniciais de seu mandato.

Basicamente à chamada “pauta de costumes”, como esta súcia de energúmenos pretende governar sobre o comportamento dos indivíduos. E à anúncios mirabolantes, inexequíveis, mas na medida para gerarem polêmica.

Faz uma lista singela : facilitar a posse de armas pelos cidadãos; terminar com o horário de verão; inaugurar colégios militares; suspender a instalação de pardais nas rodovias; polemizar sobre a transferência da Embaixada em Israel para Jerusalém; ameaçar com uma aliança com os EUA para ações violentas contra o venezuelano Nicolás Maduro; determinar a retomada das comemorações do golpe de 1964 (esvaziadas pelos próprios militares); declarar que o nazismo é de esquerda; homenagear o guru Olavo de Carvalho durante visita aos EUA; instituir um novo modelo de carteira de motorista; mudar a capa dos passaportes, tirando a menção ao Mercosul…

Não sei se Jair Bolsonaro tem tantas semelhanças com Jânio Quadros que, ao menos, não era um serviçal de neocolonização do Brasil, mas é inconteste que o bolsonarismo tem muitas semelhanças com o janismo, na sua sanha moralizadora, pela qual se abandonava a razão e aderia-se a um puritanismo enlouquecido.

Mas Tales, meu amigo, poderia ter achado outra comparação que não a da proibição das rinhas de “briga de galo” proibidas por Jânio, talvez a inócua proibição do uso de biquínis nas praias, atendendo às “senhoras católicas”. A briga de galos – garoto, ainda assisti a uma, na roça, clandestina – era um espetáculo de crueldade que valia banir.

No caso de Bolsonaro talvez tenhamos de dar graças por ela não ter sido restabelecida. Afinal, a turma dele é a do tal MMA, que faz com gente, em rinhas,  o que se fazia com bichos.

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10 respostas

  1. —-“bolsonarismo tem muitas semelhanças com o janismo, na sua sanha moralizadora—–”
    DOIS IMORAIS PREGANDO MORAL,aliás todo pregador de moral, por regra ,não costuma praticar o que prega.

  2. —-“bolsonarismo tem muitas semelhanças com o janismo, na sua sanha moralizadora—–”
    DOIS IMORAIS PREGANDO MORAL,aliás todo pregador de moral, por regra ,não costuma praticar o que prega.

    1. No caso do Jânio, até onde se sabe, o moralismo tropeçava na garrafa. Quanto a esse verme que ocupa o Planalto com seus três oligofrênicos, o caso é de delinquência. A propósito: onde está o Queiroz? De que gabinete partiu a ordem para assassinar Marielle? Quando vão trazer a público o resultado da investigação competente, feita pelo Serviço de Informações do Exército, que já sabia, dez dias depois, quem mandou matar, quem transmitiu a ordem e quem a executou?

  3. Nossa, é verdade. A pauta de Bolsonaro é voltada para a glorificação da violência e do preconceito, da adoção de um moralismo hipócrita, do aniquilamento das liberdades individuais, da imposição dos valores da extrema direita e da consequente perseguição e extermínio dos que se oponham ao governo, mesmo que de forma banal, como por exemplo postando críticas inconsequentes nas redes sociais.
    A principal política do governo para “consertar” o país é o genocídio dos pobres, iniciado pelo governo golpista com o congelamento dos gastos em saúde e educação e com a reforma trabalhista e continuada pelo governo atual, com as políticas de armamento da população, liberação da polícia e do exército para matar, a iminente reforma da previdência, a iminente aprovação do estudo em casa (que resultará no fim do ensino público gratuito), o arrocho do salário mínimo, a criminalização das manifestações políticas e outras “medidas” que virão e serão justificadas pelo mercado, pelos governistas e pela mídia, como necessárias para a retomada dos investimentos no Brasil.
    Em pouco tempo, o Brasil se transformará em um dos piores países do mundo para se viver. Para júbilo dos psicopatas da extrema direita. Os seis milhões de judeus mortos pelos nazistas serão fichinha quando comparados com os milhões mortos em consequência das políticas da extrema direita para “consertar” o Brasil. Moro e Bolsonaro se unirão a Hitler e outros demônios que marcaram sua passagem por esse mundo da pior forma possível.

  4. A globo chegou a um acordo comercial com o bolsonaro: o tratamento mudou, agora é prestigiar o moço.
    Quanto terá custado?
    E bem na hora da avaliação dos cem dias.
    A demonstração de força da globo valeu um ótimo negócio.
    E prova quanto são corruptos os otávios guedes do “jornalismo” da globo.
    E o ste nunca vê como temos empresas políticas no jogo eleitoral.

  5. O Janio podia ser moralista, ele não tinha ligação com milícias,funcionários fantasmas. que moral tem essa família?Pior que eles só nós brasileiros que elegemos e aceitamos a quadrilha toda que tá aí

  6. Rinha de galo foi uma febre nos anos 30. Havia um galo preto e branco q se destacava em Belo Horizonte, imbatível. Logo o povo o associou ao Atlético. Virou mais q a mascote, quase um 2° nome (se não for o 1°). Mas rinha de galo é sanguinária, sanguinolenta, uma aberração, um prazer perverso, uma estupidez similar às touradas. Jânio nessa fez o certo. Mas só que não… A lei não pegou. Existem rinhas hoje pelo Brasil inteiro. Os galos campeões valem muito dinheiro e nem falar na quantia movimentada com as apostas. Envolvem até bem postos das sociedades locais e a vista grossa das autoridades como no jogo do bicho. Aliás, se reparamos bem veremos q esse culto à imbecilidade que nos assola q existe hoje em dia está presente até na escolha de ‘esportes’ q banalizam a violência. Existem hoje em dia na imprensa até especialistas em porradas dadas e porradas recebidas que comentam tudo com todas as tecnicalidades. Tudo normalíssimo! Mas o Jânio tb condecorou o chanceler cubano (acho q Cuba ainda tava fazendo doce e ainda não tinha dito claramente q seria comunista) o q não deve ter ter caído bem no meio da milicada mesmo q ela não soubesse ainda de toda a verdade.

  7. Pelamordedeus, não dêem idéia pra esse governo de desocupados, incompetentes e malucos, Deste caldo de mangas, goiabas e laranjas pode sair de tudo.

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