Saudades do Vélez?

O ministro da Educação, Abraham Weintraub virou bedel? Não, não se engane.

Anuncia que vai cortas verbas da universidades onde ocorrer “balbúrdia”.

Diz que “balbúrdia” é “sem-terra e gente pelada dentro do campus”

Sugere-se dar um rebenque e botas altas para o sr. Weintraub e mandá-lo dizer isso nas universidades norte-americanas onde “rola” daí para “pior”, como sabe qualquer um que tenha assistido aos filmes da “Sessão da Tarde”.

Ou que o MEC inicie um programa de eventos “sérios”, como conferências sobre a “Terra Plana” ou “a influência das roupas azuis e rosa na definição da sexualidade”.

Frequentei a universidade em plena ditadura e nem naquele tempo se cogitou em transformar reitores em “polícia de costumes”.

Entre outras coisas, porque, além de absurdo, é completamente inútil.

Mas não é isso, apenas isso, o que ocorre.

Weintraub sabe disso e apenas busca dar uma capa “moral” ao que pretende, de fato: arruinar o sistema universitário público.

Não é um louco, é um criminoso, como observa sabiamente o jornalista Luís Costa Pinto.

Pior do que seu antecessor, Ricardo Vélez, essencialmente um imbecil.

A reação de insubmissão dos estudantes e professores, que ele espera despertar, será o sinal para uma onda de “dedurismos” dentro da comunidade acadêmica, é previsível.

Gente que se apresentará como fossem paladinos da moralidade e defensores das verbas, bons tolos que são, porque verbas não haverá.

O ministro da Educação sabe bem as lições do nazismo: é preciso por a culpa  no “inimigo interno”.

Nem que sejam as meninas que pintam os cabelos de roxo.

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19 respostas

  1. Esse ministro deve ter feito sua tese acadêmica sobre “a influência das antenas dos insetos nos meios de comunicação”. Gente, que período é esse que estamos vivendo? Isso não é a volta à Idade Média. É a volta à Idade das Cavernas (com perdão ao Homus Eretus).

    1. O ministro é um qualquer. Nem adianta decorar seu nome. O importante é sua missão, destruir o ensino público no país. A destruição no campo da educação e da cultura é fundamental para o projeto imperial de impedir que qualquer nação periférica com grande potencial bote a cabeça para fora do subdesenvolvimento.

  2. não é espanto pra ninguém que os subistitutos de doidos dementes seriam ainda piores,
    tremo só em pensar quem iria subistituir Damares da Goiabeira

  3. “Balbúrdia” é a palavra que encontraram para substituir a palavra “baderna” que a repressão gostava de usar tempos atrás, quando a universidade era invadida, atacada e dominada pelos milicos golpistas de 1964 e seus capangas da polícia. Fleury, Erasmo Dias e outros energúmenos violentos eram as estrelas da época. Mas assim mesmo e apesar deles, a ditadura caiu de podre e começou a redemocratização.

  4. Onde está agora aquele professô-dotô de Federal aqui do Sul que em setembro de 2016, disse textualmente:
    “O golpe não me afetará, estou no topo da carreira…”. Afetará agora professô?
    E nós que fomos a 13 manifestações pró Lula, Dilma e democracia desde 2015. Com cadeira de rodas. pensando apenas em viver nossos últimos anos de vida num país digno, com oportunidade para gente pobre e talentosa. Chance que não tivemos plenamente.
    Estamos com um pé fora do país, seja lá para onde for… E não queremos que nossos filhos e netos se curvem e convivam com esses desgraçados.

  5. Fernando, postei lá no grupo da UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro, na qual leciono. Depois te conto a reação dos aprendizes de tiranetes que aparecerão aqui nos últimos 2 anos.

  6. Isto é o governo bozo.
    Será assim durante quatro anos e prosseguirá ad eternum se estes idiotas forem reeleitos por outros idiotas como aconteceu em 2018.
    Para se manter no poder eles têm de inventar babaquices todo santo dia para distrair a turba.
    Enquanto isso, escondem da população a verdadeira situação de caos em que o Brasil se encontra desde 2013.
    O Brasil estará completamente arruinado em menos de dois anos.

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