São Paulo e Rio têm de parar, e já

Depois do fracasso do “mega rodizio” uma tolice, aliás – o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, dá sinais de que a situação na maior cidade da América do Sul chegou ao desespero, ao anunciar um “feriadão” de seis dias para os paulistanos.

E, de fato, tem razões para isso:as projeções feitas pela Universidade de Washington – antes que achem as nossas, aqui, “comunistas” – é de que 36.800 pessoas morram no estado até agosto.

Pode ser efetivo, mas dependerá de que haja medidas restritivas a aglomerações em áreas de lazer e de comércio popular.

Porque não é só inibir o trânsito de veículos e de cidadãos, mas retirar-lhes as razões para que saiam de casa, porque a confusão provocada por Jair Bolsonaro e outros de que as pessoas têm mesmo de ir para a rua.

Não é diferente no Rio, onde as previsões da universidade norte-americana são proporcionalmente até mais altas que as para São Paulo (21 mil mortes).

A foto que ilustra o post, de Gabriel Monteiro ( Agência O Globo), com uma multidão de pessoas no domingo de sol, no Aterro do Flamengo é injustificável.

Hoje, na Zona Oeste, nas agências da Caixa há, de novo, imensas aglomerações de pessoas, transformadas que foram em centros de contágio pela incapacidade do Governo Federal.

Os dados de isolamento social se reduzem todos os dias e cada “buraco” que se abre é o início de outro e de outro…

Não adianta mais fazer apelos e pedidos para que as pessoas não circulem. É preciso agir, e já, para impedir que a curva de contágio condinue se elevando, e amanhã, todos verão, vamos tocar as mil mortes diárias.

 

 

 

 

 

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9 respostas

  1. O prefeito de Belo Horizonte,resumiu tudo.Somente os COMUNISTAS,não querem morrer.Os outros,querem,pois acham que irão pra o céu.Também,não são ATEUS!

  2. O que poderia ter durado apenas 2 meses vai se estender por uns 6 graças à incompetência e teimosia do “mito”.

  3. Discordo dessa proibição de que as pessoas possam ir à praia ou fazer exercícios e atividades físicas em locais abertos. A saturação do sistema público de saúde ocorre devido ao neoliberalismo e desmonte do Estado Brasileiro e não tem relação com o SARS-Cov (novo coronavírus) e doenças causadas por ele. É preciso prestar atenção às estratégias e engenharias de controle social e da percepção. No Brasil Wilson Ferreira, no blog Cinegnose, é quem tem feito as melhores análises.

  4. É preciso considerar um aspecto muito relevante. A falta de suporte financeiro do governo federal para as pessoas em situações de extrema desigualdade econômica. Neste 18 de maio o próprio governo publicou que já foram gastos 36 bilhões de reais com os créditos das primeiras parcelas do auxílio de 600. Muito pouco. No entanto, para o setor financeiro, foram liberados 1 TRILHÃO e 200 BILHÕES de reais. Sem dinheiro para essa parte da população carente ela fica refém da única alternativa: sair às ruas para tentar arrancar algum auxílio ou algum dinheiro para suprir a necessidade da fome que já atinge o nível de desespero. A mídia pouco cobrou ao governo mais agilidade na disponibilização do crédito. Nos primeiros dias do agravamento da pandemia até os mais argutos liberais reivindicavam políticas Keynesianas, e ex-ministros da economia e ex-presidentes do Banco Central em governos de direita se juntaram aos desenvolvimentistas para cobrar a abertura do Tesouro Nacional para socorrer pessoas e a economia. Talvez por isso o Congresso tenha aprovado tão rápido o tal Orçamento de Guerra, separando as contas ordinárias daquelas que seriam alocadas no suporte dos auxílios ao combate da pandemia e na manutenção de caixa para os setores fortemente afetados, principalmente os autônomos, os micro e pequenos empresários. Neste 18 de maio noticiou-se o início do pagamento da segunda parcela da ajuda de 600 reais, não por acaso, 40 dias depois da primeira – mais de um mês. E os pagamentos serão liberados ao longo dos próximos 15 a 20 dias, dependendo da modalidade de classificação que se criou para denominar as várias categorias de auxiliados. Por outro lado, na mesma notícia, veio junto uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, que dá conta de que 60% dos micro e pequenos empresários ainda não conseguiram a ajuda prometida em várias linhas de crédito. O resumo da ópera passa por exigências descabidas dos que buscam o auxílio, avaliações de imóveis como garantias, juros altos, não respostas a pedidos feitos, enfim, uma sucessão de exigências burocráticas que não levam em conta o desespero e a situação de “guerra” cujo orçamento especial veio para esse fim. Há quem diga que possa ser deliberado para forçar o desespero da população e a busca por alternativas, produzindo assim um gigantesco descumprimento das quarentenas e do isolamento social, bem ao gosto do nefasto ocupante do Planalto com sua ladainha de volta ao trabalho e ou a prescrição de cloroquina. O cenário é verdadeiramente de guerra, de uma guerra insana de todos contra todos porque os dias vão passando e nada é solucionado, tudo é complicado ao extremo, e a burocracia estatal todos sabem que é exímia em criar confusão e balbúrdia quando a ordem secreta é impedir que as políticas prometidas e até concedidas cheguem às pontas, cheguem ao cidadão, e no caso, também às empresas de pequeno porte responsáveis pela maior parte do emprego ofertado no país, principalmente na área de prestação de serviços. A preocupação inicial já se transformou em agonia e está próxima de atingir o nível de cima, o do desespero. Infelizmente, não é essa a pauta da mídia, preocupada com a exploração de escândalos novos e o requentamento dos antigos, embolando tudo numa linguagem pra mais confundir do que para informar a população. O Brasil vive – com certeza – duas pandemias, a do coronavírus e a do desgoverno. Só pra registrar, fato paralelo, a guerra fratricida entre governadores estaduais e o federal, originada na estupidez do Bolsonaro num cabo de guerra sem fim, reflete diretamente na ausência de respiradores, EPI’s, máscaras, insumos diversos, leitos para enfermaria e UTI’s, e no enorme aumento dos sepultamentos coletivos e esgotamento dos serviços funerários. Não conheço na leitura da história do Brasil um tempo tão cretino, cruel, covarde, confuso, estúpido e indigno como esse.

  5. Feriadão de seis dias em SPaulo? Agora é que os paulistanos vão para as cidades do interior infectá-las. Grande ideia!!

  6. A dificuldade em decretar isolamento social necessário diz muito sobre o subdesenvolvimento do país. Se o Estado não pode ou não quer dar aos cidadãos a renda e a assistência suficientes para mantê-lo em casa com dignidade, então não pode impor que ele se isole, porque é seu direito sair para procurar comida e, por extensão, até se divertir também, já que está mesmo lá fora por necessidade.

    O culpado de tudo é o governo subdesenvolvido e neoliberal, duas palavras que quando combinadas geram o monstro do atraso com todas as suas terríveis consequências, tanto econômicas quanto sociais. Ele pilha a suada riqueza que o país acumulou em curtos tempos de gestão lúcida e democrática. Ele se submete aos interesses externos, mesmo que isso seja flagrantemente danoso aos interesses internos. Ele não reconhece direitos de cidadania à maioria da população e não reconhece o direito do país à independência externa e à soberania plena.

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