O que faz diferença no embate Moro versus Bolsonaro

Por mais que o negue, formalmente, dizendo que era apenas uma “visita de cortesia”, a presença de Sérgio Moro na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, cujo chefe está na mira de Jair Bolsonaro, é mais um movimento no xadrez de hipocrisia que jogam o ministro da Justiça e o presidente, está óbvio. Como foi – e muito mais ousado – a divulgação do relatório da PF apontando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como beneficiário de crimes com doações eleitorais da Odebrecht.

Os dois, claro, se preocupam em dar sinais abstratos de unidade, embora nem a velhinha da Taubaté, acredite nisso.

A unidade que existe é, apenas, resultado da maré vazante de ambos e Jair Bolsonaro é muito mais capaz de entender o “farinha pouca, meu pirão primeiro” que Sérgio Moro.

Não quer e não vai ficar com o estigma de ter “traído” Moro, mas espera, ansiosamente (e até com alguma dificuldade em conter-se), o primeiro erro do seu até agora ministro para colar-lhe o rótulo.

Conta, para isso, com o impasse em que está Moro.

Deixar o governo para cair nos braços abertos de João Doria – a Folha, hoje, trata abertamente disso – seria a adesão evidente à etiqueta de ambição política. Simplesmente sair, porém, também significaria submergir da mídia e só colocar a cabeça para fora nas águas lamacentas em que está metida a Lava Jato, após a revelação de seus intestinos pelo The Intercept.

O assédio de Doria é e será intenso, porque percebe que nada pior para seus planos que ter de enfrentar o bolsonarismo em seu território e nas órbitas de São Paulo, como o Paraná.

O fator decisivo para o desfecho deste episódio é a mídia, mais especificamente a Globo, contra a qual os minions e seu chefe levantam uma nova onda de ataques, cada vez mais violentos, como no episódio Merval Pereira.

Este é o perigo que apavora Moro: o de se ver colocado diante de um ultimato global: “ou ele ou eu”.

Faz (e muita) diferença.

 

 

 

 

 

 

 

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17 respostas

  1. Acabou o financiamento privado de campanhas políticas. Vamos torcer para que em breve acabe também a miopia do Tribunal Superior Eleitoral.

    1. Acabou para o PT e para os demais partidos de esquerda.
      A campanha de Bolsonaro se refestelou com dinheiro de médios e grandes empresários. Nem vou falar da caixa preta que são os bancos.

  2. Globo, torquemada araucariano e bozo-miliciano-pai são farinha do mesmo saco; o que os une é o desmonte do Estado Social, a privataria, o vira-latismo e o entreguismo. Perceber “antagonismo” entre esses criminosos e ORCRIMs é cegueira deliberada ou auto-engano; o torquemada araucariano está sendo frito/cozido em fogo brando, mas não porque o bozo-miliciano-pai seja “um gênio, mau e calculista”; na verdade um e outro não são inteligentes como as maltas e matilhas que os idolatraram/idolatram pensam nem burros ou idiotas como os cirandeiros/ongueiros/identitários de uma falsa esquerda pensam e vociferam; quem comanda o aparato de “inteligência” é o Deep State estadunidense; os milicos golpistas, vira-latas e entreguistas de Pindorama são reles usuários de versões obsoletas desse aparato que lhes são entregues pela matriz, com o fito de bisbilhotar a vida dos cidadãos, perseguir e criminalizar movimentos sociais e reivindicatórios e impedir o surgimento de uma esquerda combativa revolucionária na terra brasílis.

  3. URGENTE: Senhores governadores dos estados amazônicos:
    O fogo na Amazônia poderá resultar num desastre ecológico mundial sem precedentes envolvendo florestas. Apaguem o fogo custe o que custar. Façam o possível e o impossível para salvar a floresta. Pensem no Rio Amazonas. Façam remanejamento de verbas orçamentárias, peçam ajuda às outras nações e até dinheiro emprestado, se for preciso, mas ajam antes que seja tarde demais .
    Observem a foto em que Bolsonaro se veste como Mazzaropi e tentem enxergar o nível de loucura do homem que governa o país. Pela reunião que ele teve com vocês deu para perceber que se depender dele a floresta vai perecer. Não tem condições da floresta estar pegando fogo e ele falar em exploração de terras indígenas e ficar fazendo críticas numa reunião em que a Amazônia deveria ser o único foco. É um absurdo que ele tenha dado prioridade a outro assunto. Se a floresta for destruída ela vai ter que ser reflorestada e, com certeza absoluta, a Amazônia será internacionalizada.
    Comparem a questão com os testes nucleares como fez Reinaldo Azevedo ontem. Testes nucleares sao rechaçados pela comunidade internacional. Nações como a Coreia do Norte e o Irã estão sendo duramente perseguidas porque nenhuma nação tem direito de, em nome da soberania, ameaçar o mundo. Essa é a justificativa das grandes nações, embora elas mesmas conservem, hipocritamente, armas nucleares. O problema é que elas são poderosas e o mesmo argumento poderá ser usado contra nós. A Amazônia é patrimônio universal sim. Nós temos absoluta obrigação de protege-la já que a maior parte dela está no nosso território. A situação atual é tão grave que não está descartado que o próprio ministro do meio ambiente esteja envolvido secretamente na orquestração do dia do fogo. O ministro é mal intencionado. Lembre-se que o mandato de um governante passa, mas ele pode deixar um rastro de destruição de proporções incalculáveis para o país. Não esperem a boa vontade sincera do governo federal uma vez que ele está sob o comando de uma pessoa que não está no perfeito controle de suas faculdades mentais. Razões para um impeachment de Bolsonaro não faltam, mas, independentemente disso, ele tem que ser afastado por insanidade mental. Vocês governadores precisam assumir o controle da situação. O tempo urge. Os generais vão se arrepender de estarem dando apoio a Bolsonaro, especialmente, nesta questão.

    P.S: Eu sou sensitiva. Isso não é coisa que se deva alardear. Mas eu tenho obrigação de alertar vocês.

    1. Sugiro a leitura do artigo ‘Qual é a relação entre árvore e água’. Fonte: juntospelaagua.com.br

    2. Soube agora que o ministro Ricardo Sales está internado. Isso aí é para se ‘humanizar’ ministro? O senhor já está antevendo o barulho do trovão? Ou está sentindo peso na consciência pelos bichos que estão ardendo em chamas na floresta?

    3. O problema senhores governadores é que o presidente foi na TV em rede nacional falar para a população que vai fazer todos os esforços para proteger a floresta. Mas na hora das ações efetivas como as que teria que tecer na reunião com vocês ele veio falar da exploração de terras indígenas. Esse discurso dele soa como uma autorização tácita para os interessados detonarem a região amazônica. Enquanto vocês apagam o fogo de um lado criminosos estarão colocando fogo do outro lado. Se não se fizer nada, esse será o resultado do discurso irresponsável desse louco que tomou o poder no Brasil com fake news.

  4. Para mim, Moro não tem saída. Está morto.
    Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come.
    Mais do que merecido.
    Tem que se dar por feliz se não acabar preso, já que provas para condena-lo não faltam.
    Ironias do destino: um juiz que condenou um réu sem provas, vai ser condenado com pelo menos cem provas.

  5. Será que Moro não está esperando os eventuais vetos (principalmente os não vetos) à lei de abuso de autoridade como desculpa para sair do desgoverno?
    Se Bolsonaro deixar (e deixará) de vetar alguns itens, Moro poderá sair atirando, acusando Bolsonaro de trair a “luta contra a corrupção”. Ele abandona Bolsonaro e fica bem com a sua base. Seria o divórcio entre a Lava Jato e o bolsonarismo.

    1. FODAM-SE o MORO SALAFRÁRIO, BOLSOBOSTA e todos que fazem parte dessa PUTARIA DESGOVERNADA !

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