O “pró-Lazaro” e o ‘método Pilatos’ de Bolsonaro

O Brasil virou uma piada trágica.

Em pouco mais de uma hora, 857 pessoas ressuscitaram, segundo o Ministério da Saúde.

Como o presidente diz que é Messias mas não faz milagres, não dá para acreditar que se tenha iniciado o programa “Pro-Lázaro”.

Mas o “método Pilatos acima de tudo” está em pleno vigor, porque ele foi, mais ou menos ao mesmo tempo, ao Facebook para lembrar “à Nação que, por decisão do STF, as ações de combate à pandemia (fechamento do comércio e quarentena, p.ex.) ficaram sob total responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos.”

A fraude (este é o nome) escancarada na contagem de doentes e mortos não é só um atentado à verdade e aos deveres constitucionais do poder público.

É um crime que impede que se saiba a real situação da pandemia e tomar medidas que reduzam a perda de vidas.

É um crime contra as pessoas que, por isso, perderão suas vidas.

É um crime contra a imagem do país no exterior e contra nossa capacidade de inspirar confiança, inclusive econômica.

Tudo isso para, de novo, o governo Bolsonaro ser obrigado a fazer, pela Justiça, o que se recusa a fazer espontaneamente.

 

 

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15 respostas

      1. A família de minha mulher é muito grande. Moram entre Brasília e Goiás. Pois bem, já morreram 13 vítimas do vírus, sendo que 7 bolsonaristas. Os últimos, na semana passada, um casal já bem avançado em anos, ele com mais de 80, estiveram pouco antes no curral que todo dia toma bênção ao desqualificado

  1. Imagem do país ? Ainda temos imagem com esse governo ? E QUAL o país que tem moral para nos condenar ? Os EUA e aliados escondem seus mortos nas guerras, para não acontecer como no Vietnam. E se temos um presidente abjeto devemos ao golpe dado com o apoio americano.
    Não adianta desespero por causa da Covid, porque o que estamos passando se deve unicamente ao governo, que não mudou nem mudará sua posição. Governo este que foi escolhido nas urnas pelo povo brasileiro, apesar de todas as barbaridades ditas durante a campanha.

  2. Pois é isso mesmo,que o BOSTANARO,sempre propôs.Morrerem muitos,pra ele reinar sozinho.Mas não sabe ele,que os dele é que vão morrer em maior número,por segui-lo.

  3. Talvez com o olhar do tempo,muitas pessoas vejam que estiveram atirando no alvo errado.
    Não é o demente genocida quem está levando esse massacre em frente,ainda que seja a cara colocada para levar porrada.
    OS DELINQUENTES DE FARDA SÃO OS CULPADOS ,PORQUE É —–O GOVERNO DELES——
    Quanto mais demoremos a perceber isso,mais tempo será perdido,mais esforço será jogado fora.
    Na mídia massiva eles ainda são quase semi-deuses,os “jornalistas” toda vez que são obrigados a fazer uma crítica a essa organização,se acomodam na cadeira ,penteiam seus cabelos e não conseguem disfarçar seu constrangimento.
    Não verei nesta vida a solução dessa ferida aberta ,que sangra contínuamente ,sem parar.
    Imensa inveja dos argentinos que solucionaram e fecharam essa cloaca.

    1. Com Dilma, invocaram ao “conjunto da obra”. O desgoverno bozo deve ser uma “obra prima” para eles.

  4. Sr. Fernando Brito. Tudo bem. Pergunto: Não seria a hora de relaxar o
    isolamento social e voltarmos às atividades? Pergunto isso porque as
    ruas das principais cidades do mundo, inclusive do Brasil, que antes
    eram tomadas apenas por grupelhos de extrema-direita, agora também são
    ocupadas por protestos anti-racistas e antifascistas, protagonizados
    sobretudo por grupos de esquerda. E o vírus evidentemente não distingue
    cor ideológica ou lado político. O argumento nosso de esquerda de não ir
    para a rua era para pouparmos vida a partir da não disseminação do
    vírus, mas agora também estamos indo para as ruas. Como compatibilizar o
    discurso de isolamento social com protestes anti extrema-direita?
    Abraços.

    1. O argumento de distanciamento social, companheiro, não é das esquerdas. Este também não é apenas um argumento, mas é a única indicação médica para tratamento da doença provocada pelo coronavirus Covid-19. Repito: indicação médica. Por que é praticado pelo pessoal de esquerda? Em primeiro lugar porque é uma conduta de acatamento aos conhecimentos científicos (a Terra é redonda; as vacinas evitam sempre a instalação de doenças em pessoas sem imunidade para os males a que se propõem; o desmatamento aumentam o aquecimento global; os agrotóxicos – veja o nome – causam alterações orgânicas; Jesus Cristo não sobe em goiabeiras; etc). Em segundo lugar porque quem sai à rua com toda a probabilidade estará carreando o vírus para dentro de casa, porque não é só a máscara que protege, mas pelas mãos também o vírus se transmite. Na rua, você encosta a mão em milhares de locais, onde o vírus sobrevive e está à espreita por matéria orgânica, onde pode se replicar. Você está de máscara e coça o nariz ou um olho: pronto, o vírus entrou. Chega em casa: joga toda a roupa no chão e toma um banho completo? Praticamente ninguém faz isso. Aí você já transmitiu o vírus para seus familiares: tossindo, respirando forte, falando ou espirrando. E as esquerdas são mais éticas: não querem prejudicar os outros. Você viu nas manifestações que nos pequenos grupos de apoio ao Bolsonaro a maioria estava sem máscara. O que está acontecendo nos estados e nos municípios é a extrema pressão do poder econômico (comércio, indústria, bancos, etc.) e do poder do governo federal (em não ajudar o pequeno empreendedor) para acabar com o distanciamento. É muito cedo; o pico deverá chegar lá por fim de setembro ou outubro, fim do inverno, e quando a taxa de transmissão permanecer abaixo de 1 por mais de um mês. Esta taxa é o que mede a INFECTIVIDADE, ou seja a capacidade de transmissão viral, que difere de cada vírus e também com a continuidade da doença. O vírus da gripe Influenza H1N1 tem uma taxa de infectividade ou transmissão de 1,2 a 1,6 pessoas. Já o Covid-19 tem uma taxa de 2,79 no início da epidemia. Por esta razão o distanciamento deve ser mais intenso. Se não há mais hospedeiros para a manutenção da vida dos vírus, esta taxa de trasmissão vai diminuindo gradativamente. Aí, uma pessoa não transmite mais para 2,79 pessoas porque não há mais tanta gente na rua, e a taxa vai baixando. No momento em que a taxa é menor do que 1, na média, a transmissão começa a decair, até o ponto em que o vírus não se transmite mais: é o fim da epidemia, no caso da pandemia. Outra razão para manter o distanciamento é a medida da letalidade, expressa em porcentagem do número de mortes em relação ao número de casos. A letalidade para o vírus da gripe H1N1 em estudos internacionais e publicados na revista New Scientist é de 0,02% (menos com certeza para o Osmar Terra, que finalmente parece que se calou, depois de errar todas); os dados que se tem até agora mostram que a letalidade deste coronavirus está entre 0,5 a 1%, ou seja, muito maior. Então, meu amigo, ainda não temos vacina nem algum remédio específico contra o Covid-19. O que se deve fazer? Matá-lo, fazê-lo desaparecer através dos remédios preventivos: evitar a sua disseminação. Antes que ele nos mate. As indicações do que fazer estão sobejamente informadas pela imprensa. Neste ritmo em breve o Brasil suplantará os USA, para nossa desonra. O que falta para não continuarmos assassinando cruelmente nossos irmãos? O que falta para evitarmos o genocídio dos mais de 14 milhões que moram precariamente em favelas?
      Fundamentalmente um presidente da república que ame o país e sua gente. Getulio, Brizola e Jango não estão mais aqui. Dos políticos atuais só vejo Lula capaz de dar um jeito no pandemônio que Bolsonaro criou. A volta de todo o pessoal do Ministério que saiu de vergonha. A criação de um conselho no Ministério com os ex-ministros dos governos Lula/Dilma mais Nicolelis, pessoal da Fiocruz e outros verdadeiros cientistas, com amplo poder para decidir onde e quando o distanciamento poderá ser realizado, e em completa sintonia com os secretários de saúde dos estados, também com completa autonomia. A expulsão com cipó de aroeira de toda a equipe econômica do governo e a troca por economistas não financeiristas. O congelamento provisório por no mínimo seis
      meses da dívida pública federal (que chupa mais de 40% do orçamento) e realocação deste orçamento para financiamento de todas as micro e médias empresas, que são as maiores empregadoras, no sentido de continuar o pagamento dos salários de seus empregados que deverão permanecer em distanciamento social. A emissão de moeda (para não se mexer nas resevas cambiais num primeiro momento; e foda-se a inflação) necessária para se emprestar via BNDES para caixa das empresas maiores que provarem eficazmente não terem reservas para continuar pagando salários para seus empregados também em distanciamento (é provável, como os grandes empresários são muito imbecis e até as resevas colocam em ações na bolsa, que suas empresas estejam mal; eles, nunca). Enfim, Luciano, o artigo está grande demais e o Fernado vai perder os cabelos que lhe restam. Mas são palavras fruto do desgosto de um velho médico passando pelo que jamais pensou em ver repetido. Abraço.

      1. Obrigado pela resposta. Mas fiquei com a impressão de que ela não responde a pergunta. Por isso, reformulo: Não deveríamos condenar, ou desestimular, as manifestações de rua antibolsonaristas nesse momento de pandemia (ou qualquer manifestação de rua) como as do último domingo, porque não respeitaram o isolamento social, medida médica para a não disseminação do vírus? Como compatibilizar o correto apoio da esquerda para as medidas de isolamento social propostas pelas autoridades sanitárias (OMS por exemplo) com os protestos antigoverno, antibolsonarista, antifacista, anti-racista? A esquerda não contribuiu para a quebra do isolamento social? Não dá corda para os bolsonaristas que pedem o fim do isolamento social e a retomada regular das atividades? Diriam eles: ir pra rua protestar contra o governo pode, trabalhar não pode.

  5. Que este comentário seja lido pelo colega Beltrame, presidente do CONASS
    Beltrame, além das iniciativas de geração de dados epidemiológicos por outras fontes que não as do Ministério da Saúde, cujas alterações já foram substancialmente informadas por gestores lá de dentro, inclusive o general de plantão, é imperioso que se tome atitudes concretas contra este atentado deletério a um órgão público de tamanho porte e importância. Afinal, o fascista Bolsonaro, os maus militares como ele (sic Ernesto Geisel), que agora não querem apenas explodir os quartéis mas toda a estrutura administrativa do governo federal, não donos da coisa pública; os bens e as ações publicos pertencem ao povo. Circulam nas redes públicas inúmeras hipóteses e considerações sobre o caminho a tomar, mas até agora nenhuma de caráter profundamente prático. Dirijo-me a você, que está na posse de um cargo com muito poder, além de bem assessorado juridicamente, para intentar uma medida pragmática e baseada em texto legal. Como o ato de falsear os dados é criminoso, cabe uma ação pública contra o responsável pelo Ministério, o tal general e todas as demais pessoas, acima ou abaixo do cargo, como incurso em crime previsto claramente no Código Penal, Artigo 313-A: “INSERIR OU FACILITAR, O FUNCIONÁRIO AUTORIZADO, A INSERÇÃO DE DADOS FALSOS, ALTERAR OU EXCLUIR INDEVIDAMENTE DADOS CORRETOS NOS SISTEMAS INFORMATIZADOS OU BANCOS DE DADOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA…”. Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos e multa. Não podemos continuar aceitando passivamente as irresponsabilidades destes imbecis que se acoitaram no governo, e precisamos responder com veemência às suas vilanias. Não esqueçamos a ciência, a terceira lei de newton, que diz que “toda ação gera uma reação de mesma intensidade e sentido contrário”. Aos criminosos, os rigores da lei.

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