O dragão do mar

Enviam-me um trecho, bem pequeno, da fala de Lula na reunião da direção do PT, hoje.

Vi outros, não é o caso de discuti-los aqui, pois se trata de questão do partido, do qual não sou filiado e que tem seus próprios foros de discussão.

Mas a este, reproduzo, porque me é algo caro e tema de muitos passeios pela História que faço com meu filho adolescente, surpreso que fica com tanta coisa que na escola não contam.

Foi assim com o simun e o siroco no Vozes D’África, com os Lanceiros Negros da Revolução Farroupilha, com o Recife das revoluções libertárias de Manoel Bandeira, com os 40 mil, um terço dos paraenses, mortos na Cabanagem e com o Chico da Matilde, o jangadeiro cearense que não mais aceitava transportar escravos para os navios, oito anos antes da Lei Áurea, o Dragão do Mar de Aracati, que Aldir Blanc ressuscitou em João Cândido, nas águas da Guanabara.

Histórias que, como no magnífico samba da Mangueira deste ano, a História não conta.

Mas que se passa e que fica, debaixo da poeira, para alguma hora emergir.

Como um dragão a apavorar quem não tem olhos para ver nem coração para sentir.

 

 

 

 

 

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28 respostas

  1. EM 2016 EU DIZIA QUE ESTÁVAMOS LUTANDO ERRADO E ELES FARIAM SUAS MALDADES CONTRA O BRASIL E SEU POVO VIRAREM LEIS.
    NO COMEÇO DO ANO DISSE QUE MINHA MILITÂNCIA ERA POR LULA LIVRE POR QUESTÃO HUMANITÁRIA NÃO MAIS POR QUESTÃO POLÍTICA POIS NOSSO VOTO NÃO VALE NADA,SE NÃO GOSTAM CASSAM,FATO HISTÓRICO.
    EU NÃO FALO EM ELEIÇÃO,ELEIÇÃO NÃO SALVA O BRASIL E RESGATA DIREITOS,FALO QUASE SÓ MAS FALO REVOLUÇÃO.
    URNAS NÃO ME ENGANAM MAIS,PALANQUES REAIS OU VIRTUAIS NUNCA MAIS.
    ESSA “DEMOCRACIA” EU REGURGITO E DEFECO EM CIMA!

    1. Dois. Ficou bem claro que democracia é uma falácia, uma cortina de fumaça, é a tal democracia burguesa que não resolve bulhufas, não toca no que tem que ser tocado, não transforma o que tem que ser transformado, não educa de verdade, não cria verdadeira cidadania nem igualdade.

      1. Mas como não sei como viveríamos permanentemente em revolução, não conheço – e nem ninguém!!! – nada melhor do que o regime democrático!!! Teremos sempre seres humanos no comando, muito diferentes entre si.

        1. Sim, eu sou fã da democracia, mas não desta. Imagino que democracia realmente representativa, com participação direta, cujos parlamentares representem os interesses reais da maioria e não dos donos do agronegócio, empresários, clãs políticos e ricos pastores vai demorar e talvez só possa acontecer quando – e se – a humanidade der o próximo passo civilizatório que terá que passar inexoravelmente pelo fim dos bancos – representam o maior roubo de energia humana do planeta, roubo legalizado, que impede que a humanidade evolua no sentido de mais igualdade e uma verdadeira representatividade política. O sistema financeiro sequestra a política, as instituições e os processos eleitorais, além de roubar a riqueza produzida pelos países e pelas pessoas. Impossível ter uma democracia real enquanto os bancos existirem. Aliás, é urgente que a esquerda comece a explicar que não existe, se é que um dia existiu, neoliberalismo, porque o que acontece é que o que leva o nome de neoliberalismo é ASSALTO, só isso, puro e simples ASSALTO, gangsterismo mundial promovido pelo 1% que concentra a renda do planeta, que usa o governo dos EUA como “arma de assalto”, como diz um amigo. O governo dos EUA se transformou numa arma de assalto. Como hoje os bancos são também donos das maiores corporações e de grandes empresas de mídia, “está tudo dominado”, como dizem.

          1. Ôba! Nos encontraremos daqui a um milênio na democracia sem sistema financeiro! :)
            Na próxima ‘encadernação’ eu quero vir gaivota, depois volto como gente pra ver o que é que deu. Se ainda houver planeta, rs. Aliás, a democracia tem que ser pra tudo – pra gente, pros bichos, pra natureza, ar, água, tudo tem que ser representado e respeitado nos seus direitos, né?

          2. Encontro Marcado!!! A Terra eu não sei, mas daqui a um milênio eu estarei em algum lugar. Mas acho que não vou me lembrar deste post.

          3. Eu posso voltar um albatroz…Lindos passeios… Não seria mesmo???

          4. O sistema atual se alimenta da desigualdade, por isso vive criando desigualdade. Uma democracia num sistema assim é uma democracia de redução de danos, não de promoção do cidadão e do ser humano.

      2. Não temos e temos democracia, a crise atual é a da democracia liberal tradicional, porque eleições como a de Lula e de Evo provaram que os artifícios midiáticos e jurídicos que sempre foram usados nas eleições para manter poderes nas mãos das classes dominantes não funcionam mais com eficácia plena. Tentam novas formas de golpe, a da Dilma foi incrível, destruíram boa parte do país para jogar o poder nas mãos de um típico corretor, fizeram e aconteceram na eleição, teve candidato que morreu e a substituta foi incinerada pela língua do povo e depois chamada aos EUA para desistir em favor do honestíssimo Aécio, que subiu como um foguete nas pesquisas e mesmo com o apoio do Ronaldo e do Chororó não conseguiu se eleger. Finalmente a ditadura de Pinochet chega ao fim e depois de trinta anos vai nascer um novo Chile, fizeram de tudo, estupraram e mataram, e não conseguiram segurar a barra. E agora tentam na Bolívia a volta da quartelada tradicional que também vai dar com os burros n’água, porque os índios usam telefone celular. Ninguém no mundo tem democracia ideal, democracia não é um objeto com forma definida, é apenas uma ideia eternamente em construção.

    2. “FALO QUASE SÓ MAS FALO REVOLUÇÃO”
      Você não está sozinho, também acho que só uma REVOLUÇÃO (um Banho de Sangue) resolverá o nosso Brasil.

    3. Nossa ! Você é um verdadeiro vidente, previu tudo antes de todos. Rsss Menos, menos… Já começou a preparar a revolução ?

    4. Estou com você. Se não há democracia é preciso conquista-la e se para isso for necessário a violência, que seja. E se para manter a democracia for necessário uma disposição revolucionária pronta para defende-la com violência se necessário for, que seja.

      1. O Brasil é o único país do mundo cuja independência não foi fruto de uma revolução. Logo: não somos ainda independentes. O Pocicarpo Quaresma fez um belíssimo texto, e correto até hoje. Mas algo melhor não precisa ser inventado, já existe. Espero andar de bicicleta com ele (logo, logo, que os 80 estão chegando) no dia em que todos os meios de produção estejam nas mãos dos trabalhadores e que não precisemos mais vender nossa força de trabalho a nada e a ninguém, nem ao capital e nem à qualquer troika ou partido.

  2. Lula fez hoje na Bahía uma defesa não apenas do Partido dos Trabalhadores mas da própria importância da existência de um grande partido político para a luta, a transformação da sociedade e a importância da defesa da DEMOCRACIA representativa – que a gente despectivamente chama de “burguesa” (gostaria e preferíria mil vezes de ter de enfrentar a “burgueses” e não a “gângsteres”). E não se tratou de um discurso laudatório, em tom professoral (que é tudo que Lula mais naturalmente evita e o faz tão forte e sincero como líder político) mas sim de um discurso e uma análise realista do partido e da realidade brasileira.

    Foi, por isso também, um chamado de atenção para uma série de valores e instrumentos que nós, militantes, simpatizantes e eleitores do PT ou de outros partidos de esquerda não se dão conta. E, mais ainda, que muitas lideranças do PT e dos outros partidos de esquerda que ou não se dão conta ou pior que deixam de lado em função de interesses imediatos, intestinos e paroquiais. Insisto: se nós não nos damos conta da importância desses valores e da importância do partido como instrumento de luta, não cabe a menor dúvida que nossos adversários sabem da sua importância e, por isso mesmo, dedicam-se diuturnamente, desde de sempre e usando todos os seus recursos e meios para destruí-los.

    Um partido de esquerda, forte, democrático, pluralista, socialista e distribuído por todo o territorio nacional, um território de dimensões continentais com mais de 200 milhões de habitantes, na periferia do mundo, na América Latina, como o PT é algo que poucos países hoje podem contar. Mesmo nas chamadas democracias avançadas vejam a situação do Partido Trabalhista inglês, ou quase extinto Partido Socialista Francês, o Social Democrata alemão ou mesmo o secular PSOE espanhol, depois de anos de desgate e depois da deriva neoliberal (chamada “terceira via”, ou ironicamente agora “nem-nem”, “nem de esquerda e nem de direita) ou mesmo a enorme dificuldade que vem enfrentado novas formações como o Podemos espanhol de Pablo Iglesias, isso para não falar nos antigos partidos comunistas europeus que eram fortíssimos e que simplesmente desapareceram ou se transformaram em anões depois da debacle do fim do Socialismo Real, que sabemos não conheceu a experiência democrática.

    Um partido feito de muitas derrotas e muitas vitórias. Um partido que enfrentou as composições, as maquinações e as imposições de um “transação democrática” que distava bastante de nossas demandas (por exemplo, Diretas Já em oposição a Aliança Liberal, uma Assembleia Constituinte em lugar de um Congresso Constituinte. Um partido que lutou bravamente e conseguiu uma série de vitórias que ajudaram a escrever uma Constituição Cidadã, com todos os seus avanços. Um partido que enfrentou a debacle do fim do socialismo real e soube manter suas convicções socialistas, populares e solidárias e soube enfrentar a primeira onda neoliberal dos anos 90. Um partido que conquistou importantes vitórias primeiro deputados e vereadores logo prefeituras e governos estaduais e finalmente a presidência da República. Um partido que conseguiu demonstrar que é possível um outro caminho que foi um sucesso. Um partido que desde sua fundação sofre uma campanha sistemática de criminalização e demonização. Um partido que enfrenta uma das elites mais predatórias, mais venais, mais corruptas, mais prepotentes, mais mesquinhas, mais canalhas, mais antinacionais e mais antidemocráticas da América Latina.

    Isso não é uma defesa apologética do Partido, que como reconhece seu principal líder, está longe da perfeição (aliás como qualquer experimento humano) que tem uma série de problemas, que tem uma série de defeitos, que cometeu uma série de erros, e erros de diferentes natureza. E nem tudo isso que foi dito é um salvo conduto para nenhuma liderança ou setor do partido. Deveria ser lido não como um elogio, mas como um sinal de alerta, realista, mas um sinal de alerta. Da mesma forma que ainda não inventamos algo que substitua a roda, na política no Brasil ainda não inventamos nada ainda melhor que o PT. Mas o dia que alguém inventar algo melhor do que a democracia, os partidos e o PT, subo nela imediatamente como quem ganha uma bicicleta nova.

  3. O Ceará era uma província pobre, que não produzia açúcar nem ouro. A base popular do estado até hoje segue sendo predominantemente indígena. Por isso havia por lá poucos escravos negros, quase todos escravos domésticos. Depois da lei Eusébio de Queiroz, de 1850, que proibia o tráfico de escravos da África para o Brasil, a demanda deste tipo de mão de obra pssou a se dar dentro do território nacional, e depois de esgotar a compra de escravos em outras praças, terminou por despertar a cobiça dos senhores cearenses que não resistiam à tentação de vender seus escravos domésticos por altos preços para as plantações de café em São Paulo. Aquilo revoltou os barqueiros que levavam pessoas da praia para os navios ancorados na costa. E o líder desses barqueiros, o Dragão do Mar, resolveu que não levariam mais escravos para os navios paulistas. Este foi o estopim para que o presidente da província, Sátiro Dias, declarasse a libertação de todos os escravos do Ceará, no dia 25 de março de 1884, quatro anos antes do Brasil fazê-lo. Por isso o Ceará é chamado de Terra da Luz. Lula, por ter libertado milhões de escravos, bem merece este nobre epíteto.

  4. O Ceará era uma província pobre, que não produzia açúcar nem ouro. A base popular do estado até hoje segue sendo predominantemente indígena. Por isso havia por lá poucos escravos negros, quase todos escravos domésticos. Depois da lei Eusébio de Queiroz, de 1850, que proibia o tráfico de escravos da África para o Brasil, a demanda deste tipo de mão de obra pssou a se dar dentro do território nacional, e depois de esgotar a compra de escravos em outras praças, terminou por despertar a cobiça dos senhores cearenses que não resistiam à tentação de vender seus escravos domésticos por altos preços para as plantações de café em São Paulo. Aquilo revoltou os barqueiros que levavam pessoas da praia para os navios ancorados na costa. E o líder desses barqueiros, o Dragão do Mar, resolveu que não levariam mais escravos para os navios paulistas. Este foi o estopim para que o presidente da província, Sátiro Dias, declarasse a libertação de todos os escravos do Ceará, no dia 25 de março de 1884, quatro anos antes do Brasil fazê-lo. Por isso o Ceará é chamado de Terra da Luz. Lula, por ter libertado milhões de escravos, bem merece este nobre epíteto.

  5. Lula fez hoje na Bahía uma defesa não apenas do Partido dos Trabalhadores mas da própria importância da existência de um grande partido político para a luta, a transformação da sociedade e a importância da defesa da DEMOCRACIA representativa – que a gente despectivamente chama de “burguesa” (gostaria e preferíria mil vezes de ter de enfrentar a “burgueses” e não a “gângsteres”). E não se tratou de um discurso laudatório, em tom professoral (que é tudo que Lula mais naturalmente evita e o faz tão forte e sincero como líder político) mas sim de um discurso e uma análise realista do partido e da realidade brasileira.

    Foi, por isso também, um chamado de atenção para uma série de valores e instrumentos que nós, militantes, simpatizantes e eleitores do PT ou de outros partidos de esquerda não se dão conta. E, mais ainda, que muitas lideranças do PT e dos outros partidos de esquerda que ou não se dão conta ou pior que deixam de lado em função de interesses imediatos, intestinos e paroquiais. Insisto: se nós não nos damos conta da importância desses valores e da importância do partido como instrumento de luta, não cabe a menor dúvida que nossos adversários sabem da sua importância e, por isso mesmo, dedicam-se diuturnamente, desde de sempre e usando todos os seus recursos e meios para destruí-los.

    Um partido de esquerda, forte, democrático, pluralista, socialista e distribuído por todo o territorio nacional, um território de dimensões continentais com mais de 200 milhões de habitantes, na periferia do mundo, na América Latina, como o PT é algo que poucos países hoje podem contar. Mesmo nas chamadas democracias avançadas vejam a situação do Partido Trabalhista inglês, ou do quase extinto Partido Socialista Francês, ou do Partido Social Democrata alemão ou mesmo ainda do secular PSOE espanhol, fragilizados e desacreditados depois de anos de desgate e depois da “deriva” neoliberal (chamada “terceira via”, ou “nem-nem”, “nem de esquerda e nem de direita”, ao invés de ir “além” acabou por ficar aquém) ou mesmo veja a enorme dificuldade que vem enfrentado novas formações como o Podemos espanhol de Pablo Iglesias com seus “círculos” e “marés”, isso para não falar nos antigos partidos comunistas europeus que eram fortíssimos e que simplesmente desapareceram ou se transformaram em anões depois da debacle do fim do Socialismo Real, que sabemos não conheceu a experiência democrática.

    Um partido feito de muitas derrotas e muitas vitórias. Um partido que enfrentou as composições, as maquinações e as imposições de um “transação democrática” que distava bastante de nossas demandas (por exemplo, Diretas Já em oposição ao Colégio Eleitoral, uma Assembleia Constituinte em lugar de um Congresso Constituinte). Um partido que lutou bravamente e conseguiu uma série de vitórias que ajudaram a escrever uma Constituição Cidadã, com todos os seus avanços. Um partido que enfrentou a debacle do fim do socialismo real e soube manter suas convicções socialistas, populares e solidárias e soube enfrentar a primeira onda neoliberal dos anos 90, ajudando a luta dos movimentos sociais e sindicais. Um partido que conquistou importantes vitórias primeiro de deputados e vereadores, logo prefeituras e governos estaduais e, finalmente, a presidência da República. Um partido que conseguiu demonstrar que é possível um outro caminho que foi um sucesso. Um partido que desde sua fundação sofre uma campanha sistemática de criminalização e demonização. Um partido que enfrenta uma das elites mais predatórias, mais venais, mais corruptas, mais prepotentes, mais mesquinhas, mais canalhas, mais antinacionais e mais antidemocráticas da América Latina como demonstrou o Golpe e a Contra Revolução dos Canalhas, Canalhinhas e Canalhões.

    Isso não é uma defesa apologética do Partido, que como reconhece seu principal líder, está longe da perfeição (aliás como qualquer experimento humano) que tem uma série de problemas, que tem uma série de defeitos, que comete uma série de erros e erros de diferentes ordem e natureza. E tudo isso que foi dito não deveria ser lido como um salvo conduto ou para a certeza da obediência cega por parte de nenhuma liderança ou setor do partido. Deveria ser lido não como um elogio, mas como um sinal de alerta, realista, mas um sinal de alerta. O Partido dos Trabalhadores não é apenas das lideranças e dos militantes, mas também dos milhões de simpatizantes e eleitores dele. Da mesma forma que ainda não inventamos nada que substitua a roda, na política do Brasil ainda não inventamos nada ainda melhor que o PT. Mas o dia que alguém inventar algo melhor e mais eficaz do que a democracia, os partidos e o PT, subo nela imediatamente com a alegria de quem ganha uma bicicleta nova.

  6. O Ceará era uma província pobre, que não produzia açúcar, nem café e nem ouro. A base étnica popular do estado até hoje segue sendo predominantemente indígena. Por isso havia por lá poucos escravos negros, quase todos escravos domésticos. Depois da lei Eusébio de Queiroz, de 1850, que proibiu o tráfico de escravos da África para o Brasil, a demanda deste tipo de mão de obra passou a se dar dentro do território nacional, e depois de esgotar a compra de escravos em outras praças, terminou por despertar a cobiça dos senhores cearenses que não resistiam à tentação de vender seus escravos domésticos por altos preços para as plantações de café em São Paulo. Aquilo revoltou os barqueiros que levavam pessoas da praia para os navios ancorados na costa. E o líder desses barqueiros, o Dragão do Mar, resolveu que não levariam mais escravos para os navios paulistas. Este foi o estopim para que o presidente da província, Sátiro Dias, declarasse a libertação de todos os escravos do Ceará, no dia 25 de março de 1884, quatro anos antes do Brasil fazê-la. Por isso o Ceará é chamado de Terra da Luz. Lula, por ter libertado milhões de escravos, bem merece este belo epíteto, ainda mais pelo que fez por nossa indústria naval e nossa prospecção de petróleo em alto mar.

  7. O nosso passado é mostrado como uma farsa, história da carochinha. toda enfeitada de atos de fantasia, onde se misturam fatos e imaginação fértil. Lembra muito um filme sobre uma guerra fictícia que é lançada numa emissora para encobrir fatos indesejáveis, já não me lembro o nome do filme. Precisamos passar nossa história a limpo, como ela é, feia e bonita, sem o que construímos castelos de areia na quebrada das ondas. Só a verdade ensina a viver.

  8. Democracia? Sistema representativo? Os mantras da religião ocidental. Mas vou citar os Lanceiros Negros, cuja visão romanceada já conhecia. Agora, lendo tardiamente por falta de divulgação o Livro Revoltas, Motins e Revoluções, organizado por Mônica Duarte Dantas, tomei conhecimento dos decretos que, sob o argumento da alforria, conduziu os negros para as linhas de frente, como Lanceiros, a mais baixa posição nós exércitos, atividade das linhas de frente que os brancos não aceitavam, pois atividade para índios e negros. Ademais, sob condições, sob pena de voltarem à condição de escravos. Finalmente, chega o patrono do exército brasileiro, duque de caxias, os prende em um depósito e os queimam vivos. Nossa história.

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