Não é a Ustra que Jair homenageia, mas ao que quer que pensem que é

A homenagem – mais uma – de Jair Bolsonaro ao coronel Brilhante Ustra mostra que o atual presidente não para de trilhar o caminho da radicalização ideológica como estratégia de marketing.

Afinal, o que ele ganha ao fazer a apologia da tortura e do assassinato político?

É mais que a simpatia dos sexagenários ou septuagenários saudosos do regime militar.

Bolsonaro já a tem, não precisava desta cena constrangedora, internacionalmente, inclusive.

O objetivo é outro, o de homenagear a si mesmo.

Que ser o símbolo do que não é – do regime militar – no qual nenhum papel desempenhou, como tenente ainda nos cueiros, em sua brevíssima trajetória nos quartéis.

Por isso o chama de “herói nacional”, porque quer que as pessoas acreditem que é ele quem se dispõe a “prender e arrebentar”, a por na cadeia ou na cova quem discordar das opiniões que expele.

Como, ao contrário do que acontecia no início dos anos 70, não vivemos sob uma ditadura (ao menos, não ainda), Bolsonaro não pode fazer o que Ustra fez.

Mas pode sinalizar, como faz, que é o que desejaria.

Ele é Ustra, é Johnny Bravo, é Trump, é o Mito.

Tem sempre de ser alguém por absoluta incapacidade de ser alguém.

 

 

 

 

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17 respostas

  1. Faz sentido e funciona. Mesmo tendo sido expulso do exército (e depois reintegrado e aposentado, talvez por ter sido eleito), ele é a referência de quem apoia regimes militares.
    Mas esse estratagema, como vários outros que ele faz, também se presta a banalizar a violência e o desprezo pelos direitos humanos, fazendo com que os mais fracos de cabeça aceitem isso como normal em uma sociedade.

  2. Ele é Ustra, é Johnny Bravo, é Trump, é o Mito…é um RETARDADO MENTAL, pai de outros QUATRO RETARDADOS MENTAIS…

  3. Tenho a mais sincera preocupação com as pessoas que seguem, que admiram, que apoiam a família-monstro. São muitas, estão muito perto de nós, continuaremos próximos quando esse tsunami passar. Como conviver? Como não sucumbir à barbárie?

    1. Isolei-me de todos. Não aceito mais conviver com gente que insiste em apoiar ou sequer tentar justificar tamanha monstruosidade. Praticamente não tenho mais amigos. Eram amigos? Não.
      Eram mentirosos, cruéis, egoístas, maus.
      Resisto praticamente sozinha. Não tolero nada que cheire a fascismo.

  4. Fernando,
    Atrás de Bolsonaro sempre tem um ardil.
    O ardil do “herói nacional”, o assassino, torturador, criminoso, bandido condenado é fazer a esquerda atacar as forças de segurança, leia-se polícias civil, militar e militares linha-dura do exército.
    Esse é o reduto do Bozo. É lá que ele mantém o “apoio popular”. É nesse ambiente que o candidato a ditador tem orgasmos.
    É o 1% do 1%, do 1% do 1%, mas tem informações, armas e o mandato do Bozo.
    Estamos vivendo tempos perigosos e sombrios.
    Ustra é o herói do Bolzonaro, o incompetente que não tem projeto para o Brasil, a não ser mentir e jogar as forças policiais contra seus opositores, leia-se, esquerda.
    O cara é um cafajeste, cretino e limitado.

    1. Como disseram, a tatica é irrita-lo de tal modo que ele chegue a babar ter convulsoes e ate perder a consciência. Contamos com a colaboraçao dos jornalistas e suas perguntas pertinentes

  5. Bolsonaro está apenas a usar a imagem do Ustra para manter a mística de que ele, Bolsonaro, é o supra-sumo do ignóbil, do malcriado, do odioso, da crueza e do abominável. Ele vive desta mística, foi com ela que se elegeu muitas vezes deputado, e ele certamente tem medo de abandonar esta aura infamante que tanto lhe favoreceu até hoje. Precisa recarregá-la de vez em quando.

  6. O mito é um bosta n’água! Como diz a música do G. G.: “Não mais que um pedaço de tábua, a boiar sobre as águas, sem destino nenhum!”

  7. Não é crime a apologia ao crime ou ao criminoso?
    Isto não coloca no presidente no lugar de quem comete crime?
    E cassaram a Dilma por “pedalada fiscal”…
    Tem alguma justiça este país, tem judiciário?

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