Militares bolsonaristas ou militares a governar?

Helena Chagas, n’Os Divergentes, e o professor de Ciência Política e Economia , William Nozaki, na Fórum, levantam a hipótese que a nomeação do GGeneral Walter Braga Neto para a Casa Civil tenha sido mais uma imposição dos militares sobre Jair Bolsonario do que uma escolha deste para reorganizar seu governo.

Ainda que algo diferentes, as observações de ambos têm procedência e os fatos que virão pela frente vão demonstrar se o presidente está se cercando de militares ou deles está sofrendo um cerco.

Há alguns fatos a serem considerados.

Listo, sem maiores explicações, apenas para que se veja a soma que produzem:

O general Heleno, tido e havido como o grande trunfo militar de Bolsonaro – até mais que Hamílton Mourão, que perdeu prestígio já antes da montagem do governo, adota um tom a cada dia mais exasperado, próprio de quem está inseguro e precisa mostrar-se valente.

O general Villas Boas, pela saúde em estado muito precário, apagou-se como mentor da ala castrense.

Santos Cruz, mais próximo da tropa que os três citados, teve de aceitar a defenestração que “Carluxo” construiu e deixar o Governo.

O último general a entrar no ministério antes de Braga Neto, Luiz Eduardo Ramos Batista embora da ativa, faz um tipo mais politiqueiro, bonachão, “oba-oba” e administra um impossibilidade: a relação com o parlamento, que Jair Bolsonaro destruiu, a ponto de implodir o próprio partido, o PSL.

Braga Netto é, mais do que qualquer outro militar no Governo, pessoa da mais completa confiança de Edson Leal Pujol, comandante do Exército. Seu perfil de coordenador e planejador induz à ideia de que seus poderes irão muito além do quarto andar do Palácio do Planalto.

É possível que, até, para os gabinetes dos ministérios da Esplanada.

Seria, neste caso, o grande coordenador das ações de governo.

Mas há outra característica no general que lhe empresta um grande poder: por ter sido interventor na Segurança Pública no Rio de Janeiro durante um ano, é quem mais tem conhecimento de com quem e como trabalham as milícias.

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36 respostas

  1. Aos bostas Moro, Guedes, Damares, Weintraub, Heleno, Ernesto, Onyx, Antonio, Salles, junta-se uma centena de milicos burros e se tem a receita perfeita para um governo de bosta. Poderiam participar do Master Chef Internacional.

  2. Mas, como vc disse posts atrás, se os militares entram na política, a política entra nos quartéis.
    O que é muito perigoso.
    O que preocupa é como eles vão se comportar durante as eleições para presidente.
    Perderão seus cargos pacificamente, se perderem ?

    É uma questão preocupante.

    1. A família Bolsonaro entrou nos quartéis pelo andar de baixo. Bolsonaro não perde uma formatura de cadetes, sargentos e cabos das três armas. Há muito tem o domínio da tropa. E a tropa tem smartphones. E também tem amigos bombeiros, PMs, guarda municipal, vigia de banco, segurança de supermercado, de boate, de…. Etc.
      Todos atuam nas redes como eu e você. A diferença é que são muitos e acreditam no mito. Ponto.

      1. E o que esse pessoal faz quando tira a farda pouco se sabe.
        Sim. Bozo está formando um exército paralelo nas barbas de todos.

        1. Não é atoa que liberaram o porte de armas e principalmente a compra de munição. O 03 do pinto pequeno toda hora fala em guerra civil.

          1. Acompanho atentamente a questão e considero esta possibilidade uma ameaça real.

        2. Schutzstaffel
          Conhecer história, infelizmente não é fácil para muitos. Os motivos são diversos e não quero entrar nesse assunto. Porém acessar a Internet e a Wickpedia é muito mais fácil. Vamos procurar WAFFENS SS. ou Schutzstaffel. Suas origens, as camisas pardas, etc. Qualquer semelhança espero, do mais íntimo do coração, que seja simples casualidade. Sinceramente.

    2. E um idiota da bandnews disse que isto não importa. Importa é PIB e crescimento. Ou seja, se for democracia (e milico não combina com ela) ou golpe não importa. Não atoa foram apoiadores do golpe de 16.

      1. Na hora que este idiota da band for demitido, vc verá inúmeros jornalistas de esquerda o apoiando.

        Os oficiais superiores querem se dar bem. E a maneira que eles encontraram de conseguir isto, foi levando o bozo ao poder. Eles desejam ter os mesmos benefícios de juízes e membros do MP. É simples assim.

  3. Nada vai mudar na incompetência e entreguismo deste desgoverno. É só mais uma boca rica a mamar na teta do Estado.

  4. William Nozaki: “Segundo se tem noticiado, Adriano Nóbrega era peça chave para o esclarecimento das relações entre o clã Bolsonaro, a morte de Marielle Franco e a ação de milicianos. Talvez os serviços militares de inteligência e defesa tenham informações impublicáveis sobre esse acontecimento, o que colocaria as Forças Armadas em outro patamar diante dos bolsonaristas.”

    William Nozaki: “Nesse sentido, chama a atenção um relato descrito recentemente no livro “Tormenta: o governo Bolsonaro, crises, intrigas e segredos”, segundo a autora, o general Heleno teria impedido a demissão de Sérgio Moro sob a alegação de que o governo acabaria. Se verdadeiro, tal indício comprova que o militarismo e o lavajatismo são duas forças coesionadas, por interesses internos e externos.”

    1. Certamente.
      Moro é a garantia deles de ficar mais 4 anos no poder. A Rede Golpe sabe disso e blinda Moro.
      Moro segura toda a galera do golpe.

  5. Salvadores da pátria, ou salvadores deles mesmo, pelo resultado ora visto estão é se salvando financeiramente, um dia a casa cai aí sem anistia por favor. Anistia é a mãe do próximo golpe.

  6. Todos sabem que os militares tem uma posição muito bem definida, a constituição que o diga. Quando eles saem a governar um país como o nosso o risco político que assumem é muito grande e perigoso.
    Se eles se propõem a participar de um governo e um ministério como o do bolsonaro, fica muito claro que eles não avaliaram de maneira correta a situação. Tem tudo para saírem lá na frente sem bônus e com um grande ônus.
    O governo PT foi o único que teve resposta positiva no seu jeito de governar dentre dezenas de outros que se saíram muito mal. Alguns com o auxílio oneroso da imprensa, enganaram nas manchetes mas não na população, tipo psdb.
    É um engano, e pior, ideológico, (e aí esta história que o “inimigo” político é corrupto é mais velha que o mundo)( tão ideológico que eles nem avaliam o bolsonaro) esta tomada de poder. Só tem um destino, que no caso do governo bolsonaro é certo, dar muito mal.
    E quem disse que militar tem um mínimo de capacidade para governar um país? Não tem. Nenhuma instituição tem.
    Poder-se-ia dizer alguns vão gozar a mordomia atual em troca do desprestígio futuro da instituição, e não estão nem aí?
    Qual a importante ação dos militares? Está na constituição.
    O que não impede que se algum militar tiver senso político venha participar da política. Será sempre bem-vindo.

  7. O Mourão quer dissociar a atuação de militares no governo com as forças armadas, prevendo que um fiasco daqueles não atingirão estas. Doce ilusão.

  8. Quando não tiverem mais de onde sugar do povo e da riqueza do país, quando tiverem vendido todo o patrimônio da nação e suas riquezas minerais, quando tiverem suas contas no exterior repleta do sangue e do suor do trabalhador, entregarão a faca e o queijo a quem ainda estiver vivo por aqui e se mudarão para seus palácios de cristal com seus parasitas de plantão.

  9. .
    A pergunta a ser feita para não deixar nenhuma dúvida é : TERÍA ACONTECIDO O GOLPE SEM A PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS FARDADOS ????? ( lembrar tuits do Vilas Boas nas horas críticas,as condecorações dos entreguistas ao criminoso moro,e muitos fatos mais)
    Me resulta incomprensível que ainda existam dúvidas a respeito da fundamental participação dessas LACRAS DE UNIFORME no estupro da Democracia ,a mando e obedecendo os interesses do império.
    Portanto eles só estão assumindo o filhote que geraram com seu trabalho de traidores da Nação.

  10. não vi sentido no raciocínio apresentado. O General é nomeado com os militares com o pé na porta do governo. É coordenador e planejador. Não conseguirá coordenar porque os demais não aceitarão sua liderança. Mais um a ser cozinhado e a ser acomodado em um governo que terá mais um de seus setores paralisado.

  11. Bem, agora não há mais como falar que este não seja um governo de militares. Aliás, governo DOS militares. Será que eles vão mudar o curso do governo? Ou vão arriscar serem inculpados pelo mais desastroso e anti-nacional governo que o país jamais teve?

  12. O Governador da Bahia disse agora que não sabia da operação que matou o Adriano. Isso suscita uma enxurrada de indagações que o jornalismo investigativo deve tentar responder. Se o governador não sabia, estão o secretário de segurança da Bahia também não sabia? Ou o secretário sabia, e não comunicou a seu chefe? Se o secretário sabia de uma operação de tamanha importância e não comunicou a seu chefe, então temos um caso raríssimo de inacreditável negligência, inacreditável, mesmo. E porque a primeira reação oficial do governo baiano foi tentar minimizar a importância de um fato que jamais poderia ser minimizada, ao tentar qualificar o Adriano como apenas mais um bandido comum que morreu? E supondo-se que o secretário também não sabia da operação, então quem a comandou e autorizou o seu desfecho? Aliás, quem estava no comando no local? Quantos eram e quais eram os policiais cariocas que dela participaram? Quem atirou à queima roupa no Adriano? Era baiano ou carioca? Quem acionou o gatilho do tiro de misericórdia em seu pescoço? Quem lhe deu a coronhada na cabeça, evidentemente depois dele rendido, para que ficasse quieto? E a mílicia da Bahia, continua existindo? Quanto poder e quanta influência ela tem?

    1. E se o governador baiano não buscar respostas e esclarecimentos, vai ser acusado de responsável, como os bolsonaristas já estão fazendo

      1. Ele é responsável!! E o fato da execução ter sido realizada com a participação da polícia baiana municia a resposta da direita. “A morte do miliciano foi uma ação conjunta da polícia baiano com a do Rio. Portanto não foi execução. Logo não podemos falar em alguma participação do filho do Bolsonaro para eliminar a testemunha!!!” A desculpa perfeita.

        É bem capaz, que mandaram o miliciano se esconder na Bahia, justamente por ser um estado governado pelo PT. Se ele fosse morto no Rio ou em São Paulo não teriam condições de dar desculpas. Mas, para que a execução fosse desculpável, teria que ser num estado governado pela oposição, mas que tivesse um governador amigo. Quer melhor desculpa do que eliminar a testemunha num governo do PT?

    2. Há coisas na vida que são tão óbvias!!! A prisão do miliciano seria extremamente importante para a oposição, e principalmente para o PT. O governador da Bahia mostrou, quando inocentou os executores do Adriano e a operação policial, que tem envolvimento na operação. Tá na cara que ele sabia!! E sabia que iriam executar o miliciano. E é por isto que o PT se ferra tanto. Tem muito traíra dentro do partido!! Este tem rabo preso!!!

  13. Os militares da ativa devem estar de cabelo em pé e sem saber como sair da encrenca que arrumaram, pois emprestaram sua credibilidade a um governante eleito que saiu de suas fileiras. Agora não sabem o que fazer diante do fracasso do Capitão, pois sua ignorância e patente transforma as forças armadas em sinônimo de estultice. Aos olhos do povo fica a impressão de que se um capitão é assim tão ignorante, o que dizer de seus superiores?
    Não adianta encher o Planalto com militares em postos de comando, quando a administração pede gente preparada tecnicamente e com estratégias definidas. Berros e ordem unida não irão resolver os problemas da economia. Depois desse desastre chamado Bolsonaro, os futuros generais de nossas forças armadas pensarão duas vezes antes de entrar na política para caçar comunistas e outras lendas urbanas do neoliberalismo que povoam a imaginação de gente ignorante.

    1. Na época do Figueiredo em todo as Instituições até cooperativa eram comandadas por Militares. Alguns talvez se lembram da COAB, pois é tudo era militar até vir a derrocada.

    2. Acho que se iludem muito com os militares. A cúpula não está nem aí para o desenvolvimento do País. Eles sabem que, ao vender todas as nossas empresas, não haverá condição do País crescer. Por culpa da imprensa de esquerda, atribuímos toda a culpa ao Bolsonaro, mas na verdade, o Bozo é apenas o cara cuja função é levar a culpa. Enquanto isto, a cúpula do governo (militares e civis) enchem o rabo de dinheiro com empregos e contratos de empresas, tal como aconteceu e acontece nos governos tucanos. E depois de tudo, com a nossa Justiça, nenhum deles será preso. Ou alguém acredita na prisão do Aécio ou do Temer?

  14. Há um grande problema para Bozo &Sua trupe…a,China tá comprandotudo…a Rússia vai entrar firme nosbproximos leilões de energia petróleo …e vmcomdisse Xi Jim ping..” os chineses não aceitam xalotes” e o Putin?.. Bem, o Putin é o Putin, com AVANGARD, e os submarinos passivos.(bom lembrar que Bozo esqueceu o Maduro depois daquele papo a sós como Putin .

  15. Só consigo ver fumaça negra, de preparação de guerra, no horizonte. Recruta Zero doidinho pra ter um golpe pra chamar de seu. Preparando a casamata pra ocupar todos os espaços. Civil , neste “governo” só para abrir porta, carregar pasta e servir café

  16. O Governo Bolsonaro pode Militarizar todo o Governo, mas tem uma coisa que nenhum governo consegue se sobrepor e esta se chama “Economia” Podem ter todas as forças militares apoiando ou não um Governo que de nada adiantará se a economia estiver (e está) indo pro “saco”.

    1. Discordo. A questão é saber até que ponto a manutenção do livre arbítrio será tolerada. Caso se torne um estorvo ao modus operandi autoritário, será simplesmente anulada. Quanto à economia, para quem detém o poder por outros meios, tanto faz. Como pudemos ver na última ditadura brasileira, que viveu de pires na mão boa parte do tempo, indo ao FMI como rotina após o fim do “milagre brasileiro”. Mas sairam apenas quando quiseram, no momento em que deram por encerrado sua “missão”. Ou, mais recentemente, como no Egito, país cuja economia está esgarçada mas continua tutelado por militares, sem previsão de mudanças a médio prazo. Militares não pensam como civis, as prioridades são outras, ainda que pouco ancoradas na realidade, pois aquela em que vivem é paralela.

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