Lula: o capital quer que Bolsonaro destrua os direitos sociais

Em entrevista a Mino Carta e Sérgio Lírio, há um trecho que, infelizmente, não constou integralmente das transcrições publicadas pela Carta Capital.

Recomendo que se ouça, no vídeo publicado no Youtube, a partir dos 18 minutos, em que Lula, ao falar dos interesses em jogo hoje no Brasil toca no ponto em que, afinal, o governo Bolsonaro tem sido bem sucedido: o de desmontar todas os direitos sociais que o Brasil – mal ou bem, lentamente e de forma precária, é verdade – deu no sentido de transformar-se numa nação desenvolvida”.

Este projeto, o da destruição, é o cerne do mecanismo de opressão que tudo o que se faz, da economia até a segurança pública, no Brasil de hoje.

Deixe separada a entrevista para assistir com tempo, no final de semana, é muito boa. Mas estes três minutos são essenciais para que a gente não deixe de ver as águas profundas em que estão por baixo da pantomima bolsonariana.

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10 respostas

  1. Uma dica: a entrevista dura perto de duas horas, mas pode perfeitamente ser vista por inteiro em uma hora – sem perda alguma – em velocidade 2 no Youtube. Para tanto, basta clicar no icone de ‘Detalhes’ (a roda dentada) na parte de baixo e à direita do vídeo, clicar em ‘Velocidade de reprodução’ e selecionar ‘2’. De uma forma geral, pelo ritmo usual da fala dos brasileiros, a velocidade dupla pode ser usada em praticamente todos os vídeos dos sites e blogs progressistas em português, o que é uma grande vantagem para os que assistem.

  2. O Guedes disse o que disse do sobre a mulher do Macron para tentar agradar o Bolsonaro um pouquinho, depois que foi assumido publicamente pelo mercado como muito mais poderoso que o “mito”. Bolsonaro percebeu que o projeto de destruição bolado pelos carcarás do sistema financeiro vai cavar sua própria ruína. Quando todas as funções vitais do país estiverem paralisadas, para que o Guedes saia pelas ruas recolhendo seu butim e vendendo tudo aos estrangeiros por preço vil, então o povo vai querer jogar o Bolsonaro no primeiro incinerador que encontrarem. Ele será o supervilão execrado para todo o sempre

    E ele começa a entender isso. Tentou agora mesmo testar a possibilidade de sair da sinuca sufocante da lei do teto de gastos, para dar um mínimo de alento à máquina pública. Bolsonaro mostrou um inesperado e não previsto desejo de governar, e imediatamente os abutres que se juntam nas árvores em volta à espera do falecimento do país caíram em cima dele, como se ele estivesse pondo em perigo o grande plano de destruição que se comprometeu a cumprir.

    A partir do recuo que foi então obrigado a fazer, o Bolsonaro vai entender perfeitamente que o Guedes é muito mais poderoso que ele, porque está diretamente sintonizado com os grandes abutres. Mas se o Bolsonaro puder raciocinar, vai encontrar uma boa saída para salvar sua pele. E esta saída seria chamar dois ou três assessores de economia leais a ele, como se faz nos EUA. Se não puder fazê-lo oficialmente, poderia fazê-lo informalmente. Tais assessores, além de virem a desbastar o poder do Guedes, afinal encontrariam uma saída técnica-jurídica para explodir o teto dos gastos, com a ajuda e o aplauso da maioria do Congresso. Bolsonaro poderia fazer um mínimo de benefício ao país, afastando-se do afundamento completo do Titanic.

    1. Impressão minha ou voce está com peninha do bozo??
      Dando “dicas” para o bozo se sair bem na fita??
      O que voce pretende?? Ou é um bolsominion disfarçado??
      Eu quero que eles se matem, TODOS!

      1. Não estou com peninha do bozo. Estou tentando pensar politicamente, e apenas vejo, na surpreendente tentativa dele de acabar com o teto dos gastos, uma brecha que pode resultar numa séria rachadura do bloco governista, com a possibilidade, mesmo que remota, do bozo entrar por um desvio e se afastar do caminho que foi traçado pelo capital para que ele percorresse. Não seria a primeira vez que tal coisa aconteceria. Na ditadura, também os militares em certo momento deixaram a trilha da destruição nacional “aconselhada” pelos americanos e entraram por um atalho desenvolvimentista e de defesa da soberania.

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