
Só o ‘lavajatismo’ da imprensa brasileira que a informação escandalosa dada ontem pelo Procurador Geral da República, Augusto Aras: 38 mil cidadãos brasileiros têm seus dados pessoais acumulados nos computadores da “Operação Lava Jato”:
“Em todo o MPF [Ministério Público Federal], no seu sistema único, tem 40 terabytes. Para o funcionamento do seu sistema, a força-tarefa de Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados, que ninguém sabe como foram colhidos”
Ninguém sabe como foram colhidos é uma forma eufemística de dizer que foram obtidos sem a devida autorização judicial e, portanto, de forma ilegal.
Estamos diante de um escândalo de proporções inauditas: procuradores da República, muito bem pagos pelo dinheiro público e acobertados por suas carteirinhas de “fiscais da lei” praticando as mais grotescas ilegalidades , há anos, com as credenciais que lhes foram dadas por dois Procuradores Gerais da República – Rodrigo Janot e Raquel Dodge – para, em tese, esquadrinharem os desvãos da corrupção.
O Sr. Aras está na obrigação de apontar à Justiça quem foram os criminosos que fizeram isso, para uma punição que não pode ficar restrita ao “faz-de-conta” dos castigos corporativos, das censuras e advertências.
É crime e dá cadeia.