Japão, exemplo dos ‘verticalistas’, entra em emergência nacional

A turma da obtusidade bolsonarista (perdão pelo pleonasmo) perdeu o seu “mito” de que não era preciso o isolamento social para combater o novo coronavírus.

O primeiro-ministro Shinzo Abe, depois de muitas pressões, estendeu para todo o país o estado de emergência sanitária, antes restrito a algumas regiões. E que defendia o tal “isolamento vertical” apenas para idosos e pessoas com comorbidades como hipertensão e diabetes.

Abe tomou a atitude depois de ter vazado para a mídia uma projeção não divulgada do Ministério da Saúde japonês prevendo que as mortes poderiam atingir a marca de 400 mil se não fossem tomadas medidas de mitigação.

Mesmo que o Japão até agora tenha um número de casos relativamente pequeno, com cerca de 8.500 infecções e 136 mortes na quinta-feira, eles estão armando suas defesas.

E, ao contrário daqui, não têm kamikases no governo.

 

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

4 respostas

  1. A Suécia, que também havia adotado o “isolamento vertical”, teve que mudar de atitude diante da eminência de explosão de casos e de mortes. Já são 1.333 mortos e mais 996 em condição grave.
    A Bélgica é o país com maior mortalidade entre todos os países (excluídos os vilarejos independentes de San Marino e Andorra), com 419 mortos por milhão de habitantes. Mais do que Espanha (409) e Itália (358). E nada se comenta, sobre a Bélgica, que é a sede da União Européia, nem no Brasil nem na mídia internacional.
    Quando se verifica o número de testes por milhão de habitantes, Itália, Espanha e Alemanha tem quase a mesma proporção. A diferença é quando começaram os testes. Enquanto Alemanha começou a testar cedo e não teve um colapso do seu sistema de saúde, Itália e Espanha começaram a testar muito tarde. Esta também é a razão da explosão de casos e mortes nos EUA e o Brasil anda na mesma rota.

  2. O mundo vai mudar depois da pandemia? Pode ser que não, mas o próprio sistema financeiro internacional já antevê que providências hoje consideradas “excêntricas” poderão ter que ser adotadas. Em um surpreendente editorial de 03 de Abril intitulado “O vírus revela a fragilidade do contrato social”, o jornal Financial Times, um dos maiores porta-vozes do SFI, avalia que, na perspectiva da pós-pandemia, “a redistribuição estará novamente na pauta; os privilégios dos idosos e ricos estará em questão. As políticas até recentemente consideradas excêntricas, como renda básica e impostos sobre a riqueza, terão que estar na mistura.” https://www.ft.com/content/7eff769a-74dd-11ea-95fe-fcd274e920

  3. O (menestrel das Alagoas) Teotônio Vilela já falava, existe uma aliança tríplice contra o planeta: Japão, Inglaterra e EUA. Estão juntos até nas burrices. Agora temos também Israel, que aliás não divulga o que está acontecendo lá com o corona vírus.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *