‘Já’ ou ‘só’ 149 votos para a Previdência? Compare as pesquisas

O Valor – como quase todo o jornalismo econômico -, torcedor “de bandeirinha” da reforma previdenciária, publica hoje a primeira pesquisa sobre o número de votos que a proposta apresentada por Jair Bolsonaro teria hoje na Câmara.

Diz que “já” tem 149 votos favoráveis, parcial ou totalmente.

Melhor seria dizer que “só” tem 149 votos, porque o número é inferior ao que tinha antes que ela fosse detalhada e que o governo entrasse na sua sucessão de trapalhadas.

Em fins de outubro, o Estadão fez pesquisa semelhante. E 277 deputados se disseram a favor de endurecer as regras previdenciárias.

Quando a pesquisa se voltava especidicamente a dois dos pilares da proposta em exame na Câmara, este número caía sigificativamente: 179, frente à idade mínima e 159, quanto a igualar o funcionalismo às regras do Regime Geral da Previdência.

Você pode ver os números do Estadão na ilustração ao fim do post.

O que muda – e muito – é o número de parlamentares contrários: a oposição dobra de tamanho com a nova pesquisa.

Passam a 144, ante números que iam de 59 a 79, conforme as questões colocadas.

Isso quer dizer que a proposta de reforma tem de conquistar 159 dos 220 “indecisos”.

E que o “não” precisa de apenas 61 deputados para não permitir que o “sim” triunfe com os 308 votos exigidos para reformar a Constituição.

Está evidente que, para ter chances, o governo precisa ceder na proposta e conceder nos favores.

Só com apelos de Twitter, Bolsonaro não leva, como se afirmou ontem aqui.

Com tuitadas e trapalhadas, até agora, só perdeu apoio parlamentar.

Aliás, você pode conferir aqui o posicionamento de cada deputado.

E a pesquisa do Estadão, em outubro de 2018:

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4 respostas

    1. As grandes mudanças do governo bozo.Esta cambada é toda vendida, basta botar grana na mão que eles fodem com o povo e o País

  1. É só jogo de cena, nenhum parlamentar quer se queimar de antemão, mas infelizmente a reforma passará fácil, tal como a extinção da CLT. O dinheiro fala mais alto e depois de 3 anos, poucos eleitores se lembrarão quem votou a favor. Não devemos perder a esperança, mas também é preciso de um pouco de realismo. Após a greve geral, todo mundo achava que a reforma trabalhista esteva enterrada: ledo engano.

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