IBGE comprova que salário-mínimo não é prejuízo, é lucro.

Saíram hoje os números da Pesquisa Anual de Serviços do IBGE.

E os resultados desmontam a tese de que a mão de obra – e seus encargos – são o vilão da baixa produtividade brasileira.

O valor adicionado (valor dos produtos menos custos de produção) das empresas cresceu 11,7% ao ano, em média, já corrigidos pela inflação.

O número de pessoas empregadas, 8,2%.

O que, explica, em boa parte, a queda forte no desemprego.

Os salários, também deflacionados, subiram míseros 2,8% ao ano, em média.

Como resultado de tudo isso, a produtividade das empresas brasileiras subiu 3,2%, a cada 12 meses.

Ou 13% num período de quatro anos, de 2007 a 2011.

Justamente um dos períodos da história brasileira onde o salário mínimo mais cresceu.

Passou de 350 reais, em janeiro de 2007, para R$ 545 em dezembro de 2011 (em janeiro passaria a R$ 622, seu maior salto, mas isso não entra nessa conta).

Subiu, portanto, 55,7%, contra um IPCA de 30,16%, o que representa ganho real de 19,6%.

As empresas, claro, se defenderam em cima dos salários mais altos, com reajuste em valores abaixo do mínimo.

Nunca, na história do Brasil, aumentos de salário mínimo foram obstáculo para o crescimento da economia, do emprego e, também, dos lucros das empresas, porque ele retorna em consumo e atividade econômica.

Esta história de atribuir o “Custo Brasil” a um povo indolente, que ganha muito por trabalho pouco -e conversa escravagista de uma elite que não compreende eficiência senão como o conforto da casa-grande.

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