Giannetti, o Fraga da Marina, promete “tarifaço”, corte na indústria e volta de imposto

pimentinha

Não é à toa que há empresários “repensando” a conveniência de uma “casamento” definitivo com Marina Silva.

Enquanto para os bancos ela promete um mar de rosas, inclusive com o fim do crédito direcionado para o financiamento imobiliário – e também o rural – como aponta Paulo Moreira Leite (cf. página 61 do texto: “reformularemos o mercado de crédito, de tal forma que, gradualmente, se eliminem os direcionamentos de crédito”), para a indústria a proposta  de Eduardo Giannetti, seu guru na economia é que as atividades industriais passem por um  – palavra dele – “desmame” do Estado.

Tradução: redução ou fim das desonerações tributárias e contração do crédito público, especialmente o do BNDES.

Ou uma tradução ainda melhor (ou pior): desemprego maior no setor que mais vem sofrendo com a crise.

Mas a entrevista de Giannetti, dada ao Valor, reproduzida e comentada pelo Nassif –  é igual àquele anúncio de vendas na TV: “isso ainda não é tudo!”.

Ele promete um choque tarifário, sem muita maquiagem: “vale a pena fazer o que precisa ser feito rapidamente. Em relação a preços administrados, por exemplo, se não convencer de que o que tinha que ser feito foi feito, a expectativa do que falta fazer vai alimentar a expectativa de inflação futura, o que dificulta fazer as expectativas convergirem de novo para o centro da meta.”

E acena com a volta da CIDE no preço da gasolina, criada no Governo Fernando Henrique Cardoso e zerada por Dilma. É a mesma proposta feita pelos  notórios tucanos Elena Landau e Adriano Pires aos usineiros, como forma de permitir que seus preços continuem a ser competitivos no etanol.

Claro que Giannetti não chega a assumir que isso será um aumento da carga tributária. Diz que outros impostos podem ser retirados, mas não diz quais.

O “guru” econômico de Marina investe contra tudo, menos contra o altar: nem uma palavra sobre o sistema bancário, o grande bezerro a mamar nas tetas do Estado.

Aliás, em matéria tributária, Giannetti deixa mesmo que o folclore de defender um “imposto sobre flatulência animal” – nos moldes da fracassada ideia da Nova Zelândia (leia aqui, na BBC) seja o seu lado heterodoxo.

No resto, a regra é clara: pasto para os bancos, chicote para a produção.

Porque será que fico me lembrando daquela turma de economia que grudou no Collor, louca para fazer o Brasil de “parquinho” de suas invenções?

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13 respostas

  1. Meu medo é que os economistas comecem a filosofar. Marina está bem cercada de “economistas”: Neca, Gianneti, Lara Resende. Que tchurma, não? Haja Brasil pra aguentar essa turma.

  2. Quanto mais o pessoal da Osmarina do Itaú fala, mais difícil fica para sustentar o discurso do “novo na política”.
    Marina está derretendo.
    Dilma 13 – no primeiro turno.

  3. Soltar as rédeas das tarifas de energia e combustíveis, criar ainda um imposto em cima, logo no que afeta os custos de TODA atividade econômica. E liberar também o Banco Central para definir os juros que o MERCADO FINANCEIRO, que é diretamente beneficiado pelo aumento da taxa de juros, achar “mais adequados” para conter a inflação. Sem contraditório.

    Os juros são a despesa pública mais alta, o que o Giannetti e a Marina vão sempre omitir quando falarem em corte de despesas públicas.

    Parece que a Marina veio mesmo pra ensinar ao FHC com quantos paus se faz um neoliberalismo.

  4. Não é somente a Blá que sofre de desvios mentais,esse além de maluco e burro,somente restou-lhe no intelecto,a falta de vergonha!Ao propósito do que dizem os hoje oposição,Blá e Arrocho de que o governo é uma quadrilha de ladrões e que os IMPOSTOS SÃO ROUBO,o povo que sabe que quem rouba de ladrões,os impostos,tem cem anos de perdão,prefere votar nos LADRÕES,segundo eles por que não tem o que propor,todo o mundo é ladrão,votar nos ladrões de cá e não nos LADRÕES DE LÁ.Os ladrões dos Bancos-Agiotas,que apoiam Blá e o Arrocho-Claudio,esses sim,com JATINHO FANTASMA DO CORRUPTO-DEFUNTO CAMPOS,querem é roubar o país,para levar para os E.Unidos,pátria desses cafajas!

  5. Olá Fernando!

    Queria apenas apontar o comportamento da página do G1 neste momento.
    Fica claro o objetivo da midia! E de uma maneira tão escancarada que chega a ser vergonhoso.

    http://imgh.us/g1_6.jpg

    Olha a diferença das manchetes, com os outros três candidatos atacando(até o Pastor Everaldo!! Acho que um nanico nunca teve tanto espaço) e a Dilma como se tivesse na defensiva.

  6. Fico cá pensando com meus botoes: meu deus o que eles não farão com os mais de trezentos bilhões de dólares que a gente tem de reserva,quando conseguirem enganar o povo brasileiro, sera que em vez de termo-mos 300 bilhões de reservas seremos devedores dos mesmos trezentos nos próximos quatro anos de governo da tucarina?????. Deus nos livre, sai de reto satanás!!!!!!!!!!!!.

  7. O pior de tudo isso é, que eles sabem “vulgo Economistas”, que caso Marina venha ganhar as Eleições eles podem deitar e rolar, afinal, quatro anos passam rápidos e cientes da volta do PT, entre eles prevalece a celebre frase da direita Brasileira, o POVO que se foda.

  8. Jornal GGN – O jornal O Globo, que nesta eleição despende certa energia na tentativa de passar a limpo algumas declarações disparadas por presidenciáveis, publicou, nesta terça (9), uma reportagem sugerindo que Marina Silva (PSB) mente sobre o apoio na votação da CPMF.

    Ao contrário do que afirma publicamente, Marina não votou a favor da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira nas duas ocasiões em que teve a possibilidade, em 1995 e 1998, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 2002, quando Suplicy articulou a aprovação do projeto, ela não registrou o voto.

    Marina tem citado esse episódio para exemplificar a atitude de um parlamentar que não faz “oposição por oposição”, algo que espera ver em um possível governo do PSB no plano federal. Ela diz que durante o governo FHC, apesar de o PT ser contrário à medida, ela apoiou a CPMF.

    O Globo aproveitou a oportunidade para resgatar em seu site a votação de Marina enquanto senadora da República. As informações foram obtidas a partir de registros do Senado. Além de rejeitar a CPMF, Marina também votou contra a criação da Anatel, a quebra do monopólio estatal e o modelo de concessão para exploração de petróleo e a reforma administrativa. De licença médica, ela não registrou voto na reforma da previdência. Em 2000, deu cartão vermelhor à Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Marina apoiou apenas projetos na área social em bandeiras compartilhadas por seu partido, como a criação do Fundef e a chamada Emenda 29.

    De acordo com O Globo, a assessoria de Marina foi questionada sobre a contradição e não se pronunciou sobre o assunto.

  9. “De volta para o passado.” Já vi esse filme, só que na tela é bem mais interessante do que ao vivo e os atores podem ficar brincando de voltar para o futuro.

    Mas voltar aos tempos de FhC, Sarney, collor de melo?

    Isso seria “De volta para o inferno”.

    Deus nos livre dessa malvadeza.

  10. Pra aqueles que não viram! O DÉCIMO programa eleitoral da Dilma exibido em 9 de setembro, terça-feira à noite, conseguiu o que parecia impossível. Abordou o tema CORRUPÇÃO e superou TODOS OS DEMAIS! Demonstrou de forma didática e esclarecedora como se faz para combater a corrupção. Vai direto ao ponto e lista ações concretas tomadas nos últimos anos, como a aprovação de legislação específica sobre o tema, e os órgãos responsáveis pela fiscalização e a investigação em nível federal: PF, CGU, COAF, Ministério Público. Dilma foi dura e sincera na abordagem, mas sem ofensas de caráter pessoal, desmontou a hipocrisia tucana e de seu candidato, Aécio Neves, no debate público a respeito de corrupção. Afinal, o governo de FHC foi omisso e “varreu a sujeira para debaixo do tapete” nomeando um Engavetador Geral da República. E num recado direto a candidata Marina Silva, deixa claro que não é com “salvadores da pátria” que a questão será resolvida, mas SIM com o fim da impunidade. E, novamente, aborda e desmascara a polêmica proposta de Maria Silva que propõe a Independência do Banco Central e a associa aos “desvios das riquezas da nação para o bolso de uns poucos privilegiados” com decisões econômicas erradas. O programa termina listando uma série de investimentos e programas federais em São Paulo e no Brasil. Em resumo, A-R-R-E-B-E-N-T-O-U! Vai que é tua Dilma! Veja em https://www.youtube.com/watch?v=YEk6f9RpnOM

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