FHC, Gilmar e o “esqueçam o que escrevi”

O jornalista Frederico Vasconcelos, que mantém o blog Interesse Público na Folha, ironiza, sem usar adjetivos, o comportamento de Fernando Henrique Cardoso e do Ministro Gilmar Mendes.

Fred, como é conhecido, extrai trechos do artigo publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” pelo ex- presidente, com lamúrias pelo STF ter acolhido os embargos infringentes, “recurso de que só os doutos se lembravam e sabiam dizer no que consistia”, diz que isso caiu sobre a opinião pública “como ducha de água fria”.

O jornalista traz, então, trechos do voto de Celso de Mello, lembrando que o douto Fernando Henrique deles deveria se lembrar, pois os tentara extinguir, quando Presidente, propondo a sua supressão, em projeto de lei do Executivo.

E corta na carne, com uma faca gentil:

Talvez por elegância ou esquecimento, o decano (Celso de Mello) não mencionou que o seu vizinho de plenário, ministro Gilmar Mendes, que votara pela rejeição dos embargos infringentes, foi um dos autores do projeto que pretendia abolir esses recursos no STF.

Em seu currículo, Gilmar Mendes registra que, “na condição de Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil (abril de 1996/janeiro de 2000) participou da elaboração, coordenação ou revisão dos projetos e estudos legislativos e constitucionais do Governo Fernando Henrique Cardoso”.

“É um dos autores, junto com Ives Gandra Filho e Sálvio de Figueiredo Teixeira, do texto do Projeto de Lei no 4.070/98 do Poder Executivo, que resultou na Lei no 9.756/98, que introduziu importantes mudanças na legislação processual civil”.

Ou seja, Gilmar Mendes “esqueceu” – e certamente não por elegância, mas por conveniência e escasso espírito jurídico – o que ele próprio escreveu e recebeu a chancela presidencial de FHC.

Quem sai aos seus não degenera, não é verdade?

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10 respostas

  1. FHC quer camuflar um fato acho que inedito: a opiniao publica esta mais estarrecida com o julgamento, do que com o crime!

  2. Em se tratando de Ministro da Suprema Corte e de Ex-Presidente do Brasil, esperava-se pelo menos a dignidade de reconhecer o previsto em Lei.

  3. Este Sr. tem o mesmo semblante de um humorista da Praça é Nossa, que se me lembro bem faz o papel de político enganador que só quer cuidar de seus interesses. Faz bem o jeito.

  4. O que mim orgulha, são pessoas que passaram o que passaram, sofreram o que sofreram, mais não se venderam, Lula, Dilma e voce que mim lê, temos orgulho do que nossos filhos e netos e todas as outras gerações lerão sobre esses anos e outros que virão sob o nosso comando. Nossa infância não foi nos jardins dos palácios governamentais como as infância de Aécio, Eduardo Campos, ACM Neto, ou servindo de lambe botas dos poderosos junto aos organismos da ditadura ou dos poderes por ela intituidos. O proprio FHC, que se auto intitula exilado politico, como exilado se era ele filho e neto de militares que sempre estiveram no poder. Esquecam o que escrevi.

  5. O bobo da corte de Clinton e o seu impopular e incompetente dependente não merecem a perda de meu precioso tempo nem do meu livre pensamento.

  6. o povo não é bobo e nem precisa por abaixo a rede globo. basta ver os últimos resultados de emprego, renda, desempenho da indústria e as vendas no comércio. o resto são desejos mal direcionados e que devem dar até engulhos nos próprios urubus.

  7. Continue sempre sorridente, mande beijos para a turmam do andar de baixo e veja todas as exposições de gordinhas sexies que quiser, minha (nossa) presidenta. Retribuo seu beijo.

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