Crescer sem investir? Nobel de Economia para quem conseguir a proeza

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Hoje, ao divulgar a “revisão” para baixo das expectativas de crescimento do PIB para o ano que está chegando, o Banco Central registrou que  a piora na projeção para 2016 da formação bruta de capital fixo (em economês, é a medida de investimentos), que passou de queda de 8,7% para recuo de 10,1%.

“Investimento” privado, por aqui, é  só a compra por estrangeiros, a preço de banana, de empresas e de participações em empresas, nada mais. A Petrobras vendendo o pré-sal para a francesa Total, a Vale vendendo a área de fertilizantes para a americana Mosaic, a Cia. Paulista de Força e Luz sendo parcialmente entregue para a chinesa State Grid.

O BNDES emprestou 39% menos, em valores reais, às empresas de todos os portes no período janeiro-novembro deste ano.

Linhas importantes para os setores ligados à indústria e a agroindústria, o Finame (que financia  máquinas, equipamentos e caminhões, essencialmente, além de projetos de indústrias de bens de capital) registrou queda ainda maior: 49%, em um ano.

O professor Fernando Nogueira da Costa, da Unicamp, comentando uma reportagem do Valor, de onde vem o gráfico lá de cima (onde você deve considerar, para os anos FHC que o valor pago nas privatizações fez parte desta conta) diz que o menor nível de investimento da história recente do país faz a sociedade brasileira assistir (e sentir na pele) “a divulgação progressiva do custo do golpe parlamentarista no regime presidencialista”.

Permito-me discordar do professor. Ainda não viu nada, perto do que vai ser quando começarem a encarrar-se os projetos de investimento que, mal ou bem, ainda estão em curso. Porque nada de novo virá desta gente que quer um Brasil tão pequeno quanto seu atual presidente.

 

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