Complicações no quadro de Bolsonaro põe projetos em “banho maria”

Era de prever e o boletim médico divulgado no final desta tarde veio confirmar: havia um otimismo imprudente e uma boa dose de pressa nos anúncios de alta de Jair Bolsonaro depois da intrincada cirurgia por que passou há uma semana, sobretudo depois que as complicações de sábado mostrou que a recuperação não correspondia aos sonhos de um “super-homem”.

Mesmo que se confirme o novo surto otimista e venha a alta dentro de uma semana – muito duvidosa para quem está sendo drenado e com sinais de infecção – é obvio que é, como não poderia deixar de ser, pela natureza da cirurgia, muito invasiva numa área extremamente propensa a infecções, um alto grau de restrição de atividade e contatos terá de ser mantido.

O fato é  que, pelo menos durante mais uma quinzena, Jair Bolsonaro vai governar “por correspondência” e poucos duvidam que sua mensagem de hoje ao Congresso não tenha sido “psicografada”, recebendo no máximo uma leitura superficial no Albert Einstein.

Verdade que, mesmo em plena higidez, Bolsonaro teria dificuldades de expressar-se de modo organizado e concatenado, mas está impedido não apenas de falar, mas de ouvir.

Donde não é demais arriscar que os arroubos do texto levado a Rodrigo Maia e Davi Acolumbre tenha pitadas agressivas da dupla Ônyx Lorenzoni-Carlos Bolsonaro. o único, além da mulher, que pode ter contato pessoal com o presidente.

Aliás, no texto  se faz a grosseria inominável de não fazer constar o nome de Hamilton Mourão, o vice-presidente.

Cria-se agora a seguinte situação: se ao “pacote do Moro” corresponde uma figura que, até por dar-lhe o nome, tem condições de abrir algum pequeno diálogo e assumir a defesa das propostas. na questão de previdência não se pode esperar o mesmo de Paulo Guedes.

Bolsonaro em pessoa terá de fazer a defesa das propostas amargas e se, mesmo em condições normais, isso lhe seria difícil, interditado ficará pior ainda.

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26 respostas

  1. O “otimismo imprudente” eu entendo que se deve ao Mourão já bafejando no cangote do capitão para tomar seu lugar. O titular tenta, desesperadamente, mostrar que ainda está no páreo, mesmo se arriscando a comprometer o pós-operatório, como parece já estar acontecendo.

    1. Verdade, muito acredito dessa piora, se deve ao surto de pânico do clã Bolsonaro, que obrigou o titular a voltar ao trabalho, à toque de caixa, sem nenhuma condição física……..

    1. Só que antes era verborragia fecal, Guanabara… É tão bom ele, quer dizer, seus assessores para assuntos aleatórios, continuarem escrevendo e/ou postando twitteres em seu nome… Denota claramente quem o comanda. Abraço.

  2. O que ninguém explica e sequer fala é porque a cirurgia para retirar a bolsa leva tanto tempo, se não me engano mais do que após a própria “facada”. Se estou errado desculpe-me, mas tem muita coisa para ser explicada aí.

    1. Estranho, muito estranho… abdome é uma coisa complicada. Lá embaixo é uma “fossa” , e quando se começa a mexer desta forma é imprevisível. Lembram do Tancredo? Tá certo, ele tinha 75 anos, mas… a fossa é a mesma.

    2. Simples. Sempre que o intestino delgado é manipulado, e isto acontece em qualquer cirurgia abdominal, há o risco de “grudarem-se” dois segmentos do mesmo (as chamadas bridas ou aderências). Tais aderências levam ao estreitamento e impedimento do trânsito fecal, o que acarreta necessidade de sua eliminação em uma cirurgia seguinte. Mas para desfazer-se tais bridas, o processo é bem mais delicado, pois há risco elevado do intestino “rasgar” durante o descolamento manual dos segmentos grudados; por vezes, é necessário cortar e retirar o segmento aderido, e suturar o restante. Isto levou ao tempo prolongado, pois, pelo que foi anunciado, havia um número considerável delas. Se retiraram muito intestino, a extensão do texto dos tweets vai diminuir (rs). Saudações!

  3. Bastou um boletim médico sem propaganda, mais técnico, para os bolsominions entrarem em pânico. Parece que eles estão começando a perceber que o estado de saúde do Bozo não é o que eles gostariam que fosse. Por outro lado, os integrantes do governo, que possuem restrições ao Coiso, ainda não conseguiram avaliar as possíveis atitudes dos seguidores em caso de seu afastamento por um prazo mais prolongado e com as restrições atuais. O correto seria o vice assumir, de maneira plena, a presidência até que fique claro o real estado de saúde do interno.

  4. Moro é hipocrisia 4.0. O cara está num governo de milicianos e diz que mandou um projeto de lei para endurecer o combate ao crime organizado. Dissimulado na melhor das hipóteses.

  5. É bom que o editor do blog e os leitores leiam atentamente o artigo publicado ontem, pelo jornalista Mauro Lopes, no portal Brasil247. Lopes faz uma analogia entre a situação do Bozo e a de Tancredo Neves, em 1985. Considero obrigatória a leitura desse artigo.

  6. …Eita, que quando terminar toda essa palhaçada de golpe após golpe vai faltar pelotão popular de fuzilamento pra tantos e tantas canalhas, canalhas, canalhas desde junho de 2013…

    :.:

  7. quem está governando é o 02 fingindo ser o 00 isso é inadmissível em qualquer lugar, menos nos bananais latino-subamericanos.

  8. Deus não atende o que me convém. ELE só faz o que LHE convém.
    É a sorte do BOLSOBOSTA .

  9. Vice escolhido às vésperas, patente superior, sem convivencia, autônomo nas idéias, cçaro, dá paura no titular. Mas o bom senso diria que deveria estar no comando até que ele se recuoerasse, nem que fosse só para ir ao palacio bater ponto.

  10. Frases colhidas em papo de boteco: 1) Vão acabar enviando o Bozo para os EUA; 2) Até domingo o hospital solicita à família a autorização para desligar os aparelhos; 3) Já deve ter pastor preparando sessão de “Deus cura” para essa semana ainda; 4) Vamos vê-lo sair andando, pela porta da frente; 5) Já tem rabecão de plantão; e 6) Venceu a facada, vai vencer o bisturi também.

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