Caso das concessões de TV é mera conversa fiada

Algo ser notícia depende de ser um fato – ocorrido ou possível – ou, mesmo impossível, se sugerido por alguém com responsabilidades públicas.

No caso da manchete da Folha, sobre a pretensão do governo de endurecer as regras de renovação de concessões de radiodifusão, a simples leitura da reportagem mostra que – ao menos por enquanto – tudo não passa de mera “cascata”.

Primeiro, além de exigir uma impossível maioria hostil à Rede Globo no Congresso, para mudar as regras de regularidade fiscal, excluindo empresas com débitos legalmente parcelados, é algo que cairia em qualquer tribunal da esquina.

Depois, para cassar uma concessão de rádio ou TV, exige-se 2/5 do Congresso, em votação nominal. Não é mero poder presidencial.

Portanto, sugerir algo sem a menor viabilidade política é mera busca de propaganda, dizendo querer o que não é possível.

O texto é escrito sem o menor senso crítico e diz absurdos como 0 de que “no Brasil, não cabe ao presidente decidir sobre renovações de concessões de rádio e TV. A Constituição delegou essa função ao Congresso, para evitar abusos como o que ocorreu na Venezuela.

Quer dizer que a Constituinte fez isso em 1988 para evitar o que fez Hugo Chávez anos depois de chegar ao poder, em 1999?

Isso é que é antevisão!

Está certo que, semana de Natal, haja pouca notícia. Mas elevar um factoide destes à categoria de manchete, valha-me Deus.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

8 respostas

  1. “Há método na loucura”, dizia Hamlet observando a loucura da mulher amada e desprezada. Uma enxurrada de factoides, de fakenews e de boatos tem o objetivo de desviar a atenção para assuntos menos importantes ou sugerir o pior para instituir o menos ruim. Todos os políticos e governantes fazem isto e os fascistas não passam um dia sequer sem provocar polêmica e escândalo. A estratégia é agitar.

  2. Todas as asneiras que o bozo e seus filhos dizem sempre tiveram um só alvo, que é desviar a atenção das massas para o que realmente importa: caso Marielle, laranjal, rachadinha e ouras coisas que eles fizeram no verão passado. A estupidez é tão grande que o número de bolsominions arrependidos é cada vez maior. Até o energúmeno do Nando Moura pulou do barco. Não se dá corda para indivíduos com tendências suicídas, mas, no caso, quanto mais corda, melhor. Não esqueçamos do Hitler que, ao sentir a derrota, preferiu a fuga mais curta…

    1. Nando Moura não pulou do barco, foi jogado aos tubarões.Vivia puxando o saco do Olavo de Carvalho e esse o escrachou.

  3. O capitão tapado inventou uma vacina para não participar dos debates na Globo por ocasião da próxima campanha presidencial: brigar com a Globo. Até porque facada além de perigoso nao cola mais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *