Banco Central: o poder sem voto

O Estadão republica uma nota do The Wall Street Journal anteontem.

O título é curiosíssimo e revelador:

Três motivos pelos quais Obama pode não escolher Yellen para comandar o Fed

A Yellen em questão é Janet Yellen, vice-presidente do Federal Reserve, o banco central americano.

E quais são os problemas?

O primeiro, é ter ideias próprias.

O segundo, a de “não ter fortes ligações políticas”, segundo diz o comentarista econômico do WSJ, David Wessel, mesmo tendo trabalhado como assessora econômica de Bill Clinton.

E o terceiro é ser “dovish”, isto é, privilegiar a luta contra o desemprego ao combate à inflação.

Vejam que “defeitos” terríveis, não é?

Sim, porque o mercado exige que o “banco central independente” lhe seja completamente dependente.

Pouco importa quem esteja no Governo, se o poder da economia estiver nas mãos de alguém “confiável” ao sistema, capaz de, se necessário, optar por seu lucro ao bem-estar social daquela ralé, os cidadãos-eleitores.

O concorrente de Yellen é Larry Summers, ex-Secretário do Tesouro dos EUA e ferrenho defensor da desregulamentação do mercado financeiro.

E que, quando reitor da Universidade de Harvard – Janet é de Yale – causou polêmica dizendo que a falta de mulheres nas ciências exatas poderia ter origem biológica, pelas aptidões cerebrais.

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