Além do Covid-19: hospitais lotados provocam milhares de mortes

O The New York Times produz hoje uma importante e preocupante reportagem sobre o número crescente de mortes no mundo – além das provocadas pelo novo coronavírus.

Dados recolhidos pelo jornal em 11 países mostram um total de 28 mil mortes além da média histórica para março e abril, mesmo excluídas aquelas provocadas pelas complicações do Covid-19.

É claro que isso reflete a absorção pelo combate à pandemia dos espaços e do pessoal dedicado, normalmente, ao atendimento e acompanhamento das demais doenças. Consultas foram suspensas e exames adiados sine die.

São, portanto, mortes que se devem, embora não etiologicamente atribuíveis ao vírus, à situação epidêmica.

Veja o quadro comparativo do NYT sobre as mortes de 2020 comparados à média histórica.

 

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10 respostas

  1. Hoje mesmo um conhecido meu de 89 anos disse que só conseguiu marcar consulta para setembro. Ele tem um grave problema nas pernas, cujo nome não lembro, que provoca inchaço e dores.
    Essa pandemia vai provocar, nos países sérios claro, uma revolução na saúde. Além da ampliação dos sistemas é preciso pensar em alternativas para pandemias até piores do que a Covid. O atendimento em massa é algo complexo e de difícil solução. Sempre haverá um limite, é preciso pensar como lidar com isto.

  2. Se o número de mortes por outras causas também aumentou, talvez muitas dessas mortes que não foram consequência direta do corona vírus tenham sido indiretamente provocadas por esse vírus. Se alguém morre de ataque cardíaco, por exemplo, não vai ser testado para o vírus, mas talvez estivesse infectado e o ataque tenha sido provocado pelo estado mais debilitado de seu organismo devido à infecção pelo vírus..

    1. Concordo.
      Todos os tipos de óbitos passam a sofrer, em alguma medida, influência da pandemia. Por exemplo, pessoas alguma forma de depressão pode, por pavor ao vírus, vir a tirar a própria vida – ou situação ainda mais grave.
      E é improvável que ocorrências do tipo sejam computadas.

  3. No Brasil não deve ser diferente, é óbvio.
    Cadê a mídia tradicional para investigar e denunciar essa situação ?

  4. Agora você extrapola esse número para o mundo de verdade. Aquele formado por países miseráveis, super habitados e precários, para não dizer miseráveis. Imagine o número de mortos por desatendimento e precarização da Saúde. Imagine o Brasil. Imagine o nível social da imensa maioria desses mortos.

  5. Na prisão de Cummins, em Arkansas, de ~2200 detentos, 850 estão infectados, e na prisão de Marion, em Ohio, de ~2500 detento, 1950 estão infectados com o coronavírus. Não é difícil perceber a bomba-relógio que são as penitenciárias brasileiras, já por si caóticas.
    Mas o juizeco mequetrefe agraciado com o cargo de ministro da justiça pelos serviços prestados aos inimigos do Brasil, nega-se a liberar aqueles detentos que não oferecem risco à sociedade. Mesmo aqueles que pertencem a grupos de risco.

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