‘Ajuda’ dos EUA reduz compras de óleo da Venezuela em 335 mil barris/dia

Segundo o Wall Street Journal, embora esteja tentando aumentar as exportações para a Índia e a Europa, a Venezuela perdeu nada menos que a exportação de 335 mil barris diários de petróleo para os EUA.

O serviço de notícias Dow Jones Newswires, usando dados dos rastreadores de petroleiros, diz que as exportações venezuelanas para os Estados Unidos, por conta das sanções impostas pelo governo Trump, caíra, de janeiro para fevereiro, de 484 mil barris/dia para apenas 149 mil diários.

Ao preço do petróleo pesado daquele país, classificado como WTI – 57 dólares por barril, hoje – essa perda chega a US$ 19 milhões por dia, dinheiro mais que suficiente para comprar os parcos sacos de leite em pó e remédios que queriam mandar para lá.

Repare no gráfico produzido pela BBC como foi o mesmo quando se estimulou o gole de Estado contra Hugo Chávez, em 2002.

Quem sabe suspender estes bloqueios seja um bom caminho para começar uma negociação política?

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2 respostas

  1. A tentativa de golpe na Venezuela, mesmo que seja sucedida se tornará inútil, pois o petróleo só está sendo válido enquanto a velha guarda ainda estiver viva. As pessoas que nasceram nos anos 40 e 50 e que hoje dominam o poder e as grandes empresas estão, felizmente, morrendo, a nova geração já entendeu que a maior catástrofe humana por vir é a mudança climática. Já existem reportagens que o “boom” do xisto, que foi bastante popular entre 2010 e 2013 e que foi uma das razões da queda do preço do petróleo, está acabando, não há mais interesse de grandes investidores em novos poços. Agora que Social-Democratas como Alexandria Ocasio-Cortez e Bernie Sanders estão em ascensão nos EUA e mudando o tom da conversa política no país, uma das propostas que estão popularizando é o Green New Deal, que seria um New Deal de Roosevelt com foco na transformação energética de fontes de energia limitadas como Óleo e Carvão, para renováveis como Solar e Eólico. 2020 com as eleições presidenciais, esse tema deve conquistar as conversas dos presidenciáveis.

    O Green New Deal já é popular e já tem maioria que o apóia em todos os eleitores, de direita à esquerda. O problema que assusta o establishment dos EUA, é que o petróleo, mais precisamente o petrodolar, é que permite aos EUA manter seu domínio e poderio militar e econômico sobre o planeta. Se os EUA começarem a mudar para energias renováveis, todos irão, e as consequências para o capitalismo financeiro atual ainda são desconhecidas mas serão enormes.

    Muitos dos senadores, lobistas, deputados e governadores nos EUA são dinossauros que não irão viver para ver as consequências ao planeta de suas políticas por isso não se importam. Preferem fazer um pouco mais de dinheiro do que ver o planeta estável para as próximas gerações. Os movimentos políticos precisam convencer de que, ou mudamos para uma política de energia renovável, ou não teremos mais um planeta, para assim os eleitores de 2020 saberem em quem e que rumo seguir.

  2. O diagnóstico foi realizado: O golpe do Trump só fracassou porque a economia da Venezuela está se recuperando, graças ao preço do petróleo que foi de 30 para 60 dólares. Pois agora vão tentar fazer com que a Venezuela não venda mais seu petróleo. O Trump atrás da Venezuela parece uma cobra atrás de um sapo: Não desiste. Mas pode muito bem se estrepar. Enquanto o Trump tiver a seu lado o Mike Pompeo e o John Bolton, os dois maiores fazedores de guerras e encrencas do mundo, ele não vai desistir de tomar o petróleo da Venezuela de qualquer maneira. Mas antes disso, o Trump quer que uma vitória na Venezuela lhe sirva de passaporte para a vitória eleitoral da reeleição. E estas pessoas vivem de guerra, são obcecadas por guerra, e não têm noção de limites. Podem de repente ultrapassar a velha linha demarcatória depois da qual perdem toda a sustentação da opinião pública, mesmo depois do gigantesco trabalho de demonização global que chegou a apresentar o coitado do Maduro como um dos ditadores mais cruéis do mundo, ao lado de Papa Doc, Idi Amin e Hitler. Nos EUA, não há quem não saiba que o Maduro come o fígado de criancinhas venezuelanas acebolado, no café da manhã.

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