Ainda querem falar que “estamos em recuperação”?

A queda da economia norte-americana no último trimestre só é comparável ao crash da bolsa em 1929 e à da desmobilização de milhões de soldados e de milhares de empresas com o fim da 2ª Guerra mundial.

9,5% menor que a do trimestre passado- que já registrara queda de 5% – e inacreditáveis 32,9% na comparação anual, a perda na produção de bens e serviços, embora esperada, embute uma tendência ainda mais sombria para a economia mundial, que não vai contar com EUA e Europa para animá-la até, pelo menos, o final do ano.

O repique dos casos e das mortes entre os norte-americanos não dá a menor esperança que o terceiro trimestre seja algo mais que medíocre, certamente com alguma recuperação do ultratombo do 2° trimestre, mas ainda assim entre 15 e 20%.

Só no trimestre passado, despareceu da produção dos EUA o equivalente ao que produz toda a economia brasileira ao longo de um ano (US$ 1,8 trilhão). Os pedidos de seguro desemprego seguem subindo na ordem de 1,5 milhão por semana, sem contar com os “auxílios-pandemia” do Governo Federal deles.

É claro que isso vai se refletir por aqui, e não é à toa que o governo Trump está fazendo qualquer negócio para salvar dos ‘belts”, cinturões de produção agrícola, como é o caso da exigência que aumente-se a cota de isenção da exportação para cá no etanol, derivado do milho, noticiada por Lauro Jardim, em O Globo, como “uma mãozinha” de Bolsonaro à eleição de Donald Trump.

Mas o coro dos contentes aqui teima em dizer que a economia está em recuperação, iludindo as peassoas com dados positivos que não passam de suspiros depois dos gritos.

 

 

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5 respostas

  1. Lá em Minas tem um Ditado interessante que diz assim: A alegria das vistas é furar os olhos. Então tá né! A economia está se recuperando e o Bozo de acordo com a Fake news (dada publicidade por um certo Pasquim) que diz que o o prestígio do Bozo tá em alta! E ele pensa na reeleição. Falta combinar com os Russos.
    E o “gado” dá o maior “Repolho”. Quero ver é o momento que esta turma olhar na geladeira e não tiver nada pr comer, então dirão: Nossa como fui burro!

  2. Não bastasse a REALIDADE pré crise, os dados e estatísticas, as tendências e projeções dadas como certa pra este século ..e tem gente AQUI que diz que devemos nos unir aos EUA, principalmente os nossos estrategistas geopolíticos do EXERCITO de Brancaleone ..francamente..
    EM tempo, HUAWEI se tornou a MAIOR produtora de celulares do MUNDO (passou Apple e Sansung) ..e no BRASIL o Itamarati colocou em SIGILO qq correspondência que trate de 5G e HUAWEI, ..agora só os nobres da corte poderão tomar ciência do assunto que diz respeito ao POVO brasileiro

    1. A nação brasileira foi traída em várias instâncias. O Judiciário, guardião da Constituição, decidiu rasgá-la. As Forças Armadas, guardiãs da soberania nacional, optaram por submeter o país à condição de colônia dos EUA. O alto empresariado, responsável pela produção de bens e serviços, decidiu viver de renda, tributando os mais pobres.
      Enquanto perdurar esta situação escabrosa, não haverá país e afundaremos na miséria, na violência, na barbárie. E não pense que isto é um acidente. Não é. Isto está de acordo com o plano traçado na Casa Branca e executado por muitos canalhas aqui aplaudidos pela mídia oligárquica como heróis do “combate à corrupção”, os homens de bem.

      1. Você me desculpe, mas as Forças Armadas nunca defenderam nossa soberania. Eles sempre defenderam os interesses das elites, quando não do Brasil, do exterior.

  3. Simplesmente assustador. Realmente não vai ser fácil o que vem por aí. E o pior é que o BR sob Temer e Bolsonaro segue se atrelando aos EUA. Imagina se esse tombo tivesse sido na China, o desastre que teria sido para nós.
    Fico preocupado que o Brasil segue em marcha batida pra ser um fazendão (infelizmente sob o PT se fez muito pouco pra conter este processo) e cada vez mais vulnerável a qualquer crise que venha de fora.
    A esperança é que assim como surgiu Vargas após 29, surja um novo movimento desenvolvimentista neste século. Vai ser nossa terceira e talvez última chance (a primeira foi com Bonifácio no século XIX, onde perdemos a batalha para os escravocratas agrários).

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