A “máquina de guerra” da cultura bolsonarista, se é que isto é possível

O homem da Funarte que acha que rock é de Satanás não foi o último.

Ainda tinha o olavista escalado para a Biblioteca Nacional, um certo Rafael Nogueira, que acha que Caetano Veloso é um promotor do analfabetismo e – apesar dos conceitos do colega que acha o rock satânico – é adorado do Shaman e de suas letras, escritas em inglês, of course.

O time que o governo Bolsonaro formou na cultura é destes que lembram o alemão Hans Johst, autor do famoso “Quando ouço [a palavra] “Cultura’ destravo minha [pistola] Browning!”, trecho de um diálogo na peça Schlageter, homenagem a um protonazista alemão.

No nosso caso, porém, para um suicídio da inteligência.

O gajo que vai cuidar do maior acervo literário do país diz na Folha que espera que o legado de Olavo de Carvalho preencha o vazio deixado por Machado de Assis!

Junta-se a um time de desesperança: o secretário negro que acha que ser escravo foi um progresso, a reverenda Jane que cuida da diversidade cultural, o pastor Tutuca para a secretaria de Audiovisual e mais um leque de nulidades para ocupar a “máquina de guerra cultural” do fanático Roberto Alvim.

Nunca antes na história deste país a área cultural esteve entregue a gente tão obtusa, tão desqualificada, tão fanática e obscurantista.

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30 respostas

  1. No orçamento da cultura desses tempos não deve faltar alfafa e muito capim de sobremesa. Que nos perdoem os equinos e asininos mas a concorrencia está desleal. Humanóides estão ocupando os espaços. A purgação do Brasil está muito forte e demorada; o nosso pecado deve ter sido muito grande e, certamente, cometido por nossas elites.

  2. Com pessoas como estas à frente de instituições tão respeitáveis, torna-se lícito temer pela integridade do patrimônio cultural brasileiro. É preciso ficar de olho e todo cuidado é pouco. Poderemos estar a depender, para preservar nossos tesouros culturais, apenas da vigília atenta de funcionários zelosos, como por exemplo os servidores de cafezinho.

  3. Se você elegesse uma criança de cinco anos para presidente, ela botaria o Bob Esponja como ministro da cultura.

    1. E o Lula Molusco como porta-voz.
      Mas pro Brasil de hoje ta mais pra um South Park com os personagens de American Dad como protagonistas

      1. livra-te dessa repressão. Ela te adoece! open your mind, Fuja de ser:
        Cabeça dinossauro
        Pança de mamute
        Espírito de porco

      2. Quando o bozo sofreu cirurgia, os exames que estão sob sigilo e em segurança máxima em um cofre inviolável e em local não sabido, mostram que ele é ,na verdade, uma pereba que nasceu no cu de um demônio da Tasmânia híbrido ,que foi infectado por radiação atômica.
        Daí essa afinidade incrível dele com os bolsonetas ,que chamam uns aos outros de “Olho do Cu”, talvez também por inspiração do Olavo Asshole da América.

      3. Lula Molusco (a definiçãoé sua) é um absoluto e total GÊNIO diante de imbecilidade que nos assola desde a ascenção do cachorro louco, que nos envergonha no país, no continente, no mundo. O país e o presidente, antes respeitados no mundo, hoje são motivo de riso, de chacota e de pena.

  4. Infortunadamente,esse tipo de GENTE,É O RETRATO DE GRANDE PARCELA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.Não tem cérebros .Não vamos nos iludir.Mesmo aqueles,que durante algum tempo,demonstraram o mínimo grau de inteligência,FOI UM RIO QUE PASSOU,NAS NOSSAS VIDAS.

  5. Há momentos, depois da terceira ou quarta cerveja, em que eu chego a imaginar que é uma pegadinha. Quando volto à realidade e me dou conta do próprio delírio peço mais uma. Já me peguei também tentando acordar. Aí, quando fiquei cansado, desisti e fui arrumar o que fazer.

  6. Um bando de idiotas. Ouvirem Shaman é um alento. Grande banda! E mesmo cantando em inglês é música de altíssima qualidade. E nao negam suas origens.

  7. Os ratos do esgoto estão tomando conta da readlidade do nosso dia a día.
    A ascensão da quadrilha miliciana provocará tamanho dano,que levará muito tempo e esforço para refazer a civilidade que tinhamos conseguido.
    Nada que não seja merecido por grande parcela da massa que habita este país ,a burrice virou virtude e a inteligência é assassinada diariamente.Restará algo para ser resgatado?

    1. Há uns 6 meses, disse a um gerente de marketing de uma marca muito conhecida no mercado de massas, sucos e outros produtos na região sul que os danos causados pelo governo do cachorro louco ao país levariam décadas para serem revertidos. Provávelmente por respeito à minha idade, só respondeu com um “o senhor acha?”. Hoje, acredito que ele deve, sentado em sua cadeira, se é que ainda a tem, estar pensando: “não é que o velhinho tinha razão.”

  8. Reafirmando o que Nelson Rodrigues previu: se os idiotas ainda não tomaram conta do mundo, o Brasil já está sob o seu controle.

  9. A cara do paspalho! Foi aberto o campeonato para quem consegue o troféu de maior boçal deste desgoverno do Boçalnato. O páreo é duríssimo quando a gente pensa que o ultimo a assumir uma pasta é insuperável aparece outro mais boçal ainda, fazendo crer que um pior ainda há por vir.

  10. Para quem já conhece sugiro a releitura e para quem não conhece sugiro a leitura por primeira vez de um discurso sobre o fascismo proferido por Umberto Eco em 24 de abril de 1995 na Universidad de Columbia, em Nova York. As ideias apresentadas nesse discurso, que mais tarde vieram a materializar-se em dois livros: “Cinco escritos morais” e “Contra o fascismo”, discutiam as dificuldades em definir e identificar o fascismo ou melhor os fascismos e de estar atento ao reaparecimento desse fantasma.

    Umberto Eco sabia que o totalitarismo difícilmente retornaria sob a mesma forma em circunstâncias históricas completamente diferentes daquelas em que se desenvolveu no entre guerras. “Se por totalitarismo se entende um regime que subordina todos os atos dos indivíduos ao Estado e à sua ideologia, então tanto o nazismo quanto o stalinismo eram autênticos regimes totalitários. O fascismo certamente era uma ditadura, mas não inteiramente totalitária – e isso não por brandura, mas pela fraqueza filosófica de sua ideologia. (…) Mussolini não tinha qualquer filosofia: só tinha retórica. (…). Pouco adianta dizer que o fascismo continha em si, como que em estado quintessencial, todos os elementos das formas posteriores de totalitarismo. Ao contrário: o fascismo não tem quintessência alguma, ele sequer tem uma essência. O fascismo era um totalitarismo difuso. O fascismo não era uma ideologia monolítica, e sim uma colagem de diferentes ideias políticas e filosóficas, um vespeiro de contradições. Só existiu um nazismo (…), em contraste”, continua Umberto Eco, “há várias maneiras de ser fascista sem que mude o nome do jogo.

    “O termo fascismo”, continua Umberto Eco, “tornou-se universalmente aplicável por que é possível eliminar de um regime fascista um ou dois traços sem que ele deixe de ser fascista. (…) Apesar de sua natureza difusa, creio ser possível esboçar uma lista de traços típicos daquilo que gostaria de chamar protofascismo ou Fascismo Eterno. (…) “Muito embora regimes políticos possam ser derrubados e ideologias possam ser criticadas e desautorizadas, sempre existe por trás de um regime e de sua ideologia, um modo de pensar, uma série de hábitos culturais, uma nebulosa de instintos obscuros e impulsos insondáveis”.

    Umberto Eco lista 14 características típicas, arquetipos ou sintomas do que ele denomina Ur-fascismo ou fascismo eterno. Segundo ele, essas características tomadas em seu conjunto não formariam um sistema fechado, muitas características seriam mutuamente contraditórias e outras seriam típicas de outras formas de despotismo ou fanatismo que não apenas o fascismo, mas como ele diz bastava que uma delas estivesse presente para poder “fazer coagular uma nebulosa fascista”:

    1ª. O culto à tradição e o tradicionalismo é mais antigo historicamente que o fascismo ele acompanha e é comum a todo tipo de pensamento e movimento contrarrevolucionário e é uma a reação contra qualquer forma de racionalismo. Trabalha com a ideia da existência de uma verdade original ou primitiva oculta que deve ser preservada e revelada. Como consequência já não pode mais haver avanço do conhecimento uma vez que a verdade já foi toda anunciada e de uma vez o único que se pode fazer é seguir interpretando sua obscura mensagem. Formam portanto uma mistura confusa de tradicionalismo, sincretismo e ocultismo. «Sincretismo» neste caso não é apenas, como indicam os dicionários, a combinação de formas diferentes de crenças ou práticas mas que uma combinação desse tipo deve tolerar as contradições.

    2ª. O tradicionalismo implica o rechaço ao modernismo ou a modernidade. Tanto os fascistas como os nazis adoravam a tecnología, mas os pensadores tradicionalistas costumam rechazar a tecnología como negação dos valores espirituais tradicionais. No entanto, apesar de que o nazismo estivesse orgulhoso de suas conquistas industriais, seu aplauso a modernidade era apenas o aspecto superficial de uma ideología baseada no «sangue» e na «terra» (Blut und Boden). O rechaço do mundo moderno camuflava-se como condenação da forma de vida capitalista, mas concernía principalmente a repulsa do espírito [da Revolução Francesa] de 1789 (ou obviamente [da Revolução Americana] de 1776). A Ilustração, a idade da Razão, são vistos como o principio da depravação moderna. Neste sentido, o Ur-Fascismo pode definir-se como «irracionalismo».

    3ª. O irracionalismo depende também do culto da ação pela ação. A ação é bela por si mesmo, e, portanto, deve-se actuar antes de e sem reflexão alguna. Pensar é uma forma de castração. Por isso a cultura é suspeitosa na medida em que se a identifica com atitudes críticas. Desde a declaração atribuída a Goebbels («toda vez que escuto a palavra cultura, saco minha pistola») até o uso frequente de expressões como «porcos intelectuais», «vai trabalhar estudante fdp, », «morte a inteligência», «universidade, antro de comunistas», a suspeita em relação al mundo intelectual tem sido sempre um síntoma de Ur-Fascismo. O maior esforço dos intelectuais fascistas oficiais consistia em acusar a cultura moderna e a intelligentsia liberal de haver abandonado os valores tradicionais.

    4ª. Nenhuma forma de sincretismo pode aceitar o pensamento crítico. O espírito crítico opera distinções, e distinguir é sinal de modernidade. Na cultura moderna, a comunidade científica entende o desacordo como instrumento de progresso dos conhecimentos. Para o Ur-Fascismo, o desacordo é traição.

    5ª. O desacordo é, além disso, um sinal de diversidade. O Ur-Fascismo cresce e busca o consenso explorando e exacerbando o medo natural da diferença. A primeira convocação de um movimento fascista, ou prematuramente fascista, é contra os intrusos. O Ur-Fascismo é, pois, racista por definição.

    6ª. O Ur-Fascismo surge da frustração individual ou social. O qual explica porque uma das características típicas dos fascismos históricos tem sido o levantamento das clases médias frustradas, inquietas, por alguma crise econômica ou alguma humilhação política, assustadas pela pressão dos grupos sociais subalternos. Em nossa época, na qual os antiguos «proletários» estão se convertendo em pequena burguesía (e os lumpens se auto-excluem da cena política), o fascismo encontrará seu público nesta nova maioria.

    7ª. Aos que carecem de uma identidad social qualquer, o Ur-Fascismo diz que seu único privilégio é o mais vulgar de todos, terem nascido num mesmo país. É este a origem do «nacionalismo». Ademais, os únicos que podem oferecer uma identidade a nação são os inimigos. Desta forma, na raíz da psicología Ur-Fascista está a obsessão pelo complot, possivelmente internacional. Seus partidários devem sentir-se assediados. A maneira mais fácil para facer que apareça um complot é apelar para a xenofobia. Agora bem, o complot deve surgir também do interior: os judeus costumam ser o objetivo melhor, já que apresentam a vantagem de estar ao mesmo tempo dentro e fora.

    8ª. Seus partidarios devem sentir-se humilhados pela riqueza ostentada e pela força de seus inimigos e, por isso, devem estar convencidos de que podem derrota-los. Deste modo, graças a um continuo salto de registro retórico, seus enemigos podem ser demasiado fortes e demasiado débeis simultaneamente . Os fascismos estão condenados a perder suas guerras, porque são intrinsicamente incapaces de calcular com objetividade a força real de seus inimigos.

    9ª. Para o Ur-Fascismo não há luta pela vida, mas assim melhor, «vida para a luta». O pacifismo é então cumplicidade com o inimigo; o pacifismo é mau porque a vida é uma guerra permanente. Isto, porém, leva consigo un complexo de Armagedão: dado que os inimigos devem e podem ser derrotados, deverá haver uma batalha final, da qual resulta que o movimento obterá o controle do mundo. Uma solução final desse tipo implica uma consequente era de paz, uma Idade de Ouro que contradiz o princípio da guerra permanente. Nenhum líder fascista conseguiu resolver jamais esta contradição.

    10ª. O elitismo é um aspecto típico de toda ideología reacionária, como fundamentalmente aristocrático. No curso da história, todos os elitismos aristocráticos e militaristas implicou o desprezo pelos e para com os débeis. O Ur-Fascismo não pode evitar predicar um «elitismo popular». Cada cidadão pertenece ao melhor povo do mundo, os membros do partido são os melhores cidadãos, cada cidadão pode (ou deveria) converter-se em membro do partido mas não pode haver patricios sem plebeus. O líder, que sabe perfeitamente que seu poder não foi obtido por mandato, mas que foi conquistado com a força, sabe também que sua força se baseia na debilidade das massas, tão débeis que necessitam e merecem um «dominador». Dado que o grupo está organizado hierarquicamente (segundo un modelo militar), todo líder subordinado despreza a seus subalternos, e cada um deles despreza a seus inferiores. Tudo isso reforça o sentido de um elitismo de masa.

    11ª. Nesta perspectiva, cada um está educado para converter-se em um herói. Em todas as mitologías, o «herói» é um ser excepcional, mas na ideología Ur-Fascista o heroísmo é a norma. Este culto ao heroísmo está vinculado estreitamente con o culto a morte: não é uma coincidência que o lema dos falangistas fosse «Viva a morte!». A gente normal se diz que a morte é triste, mas que há de encarar-la com dignidade; aos crentes se diz que é uma forma dolorosa de alcançar uma felicidad sobrenatural. O herói Ur-Fascista, ao contrário, aspira a morte, anunciada como a melhor recompensa de una vida heroica. O herói Ur-Fascista está impaciente por morrer, e em sua impaciência, normalmente consegue fazer com que morram os demais.

    12ª. Dado que tanto a guerra permanente como o heroísmo são jogos difíceis de jogar, o Ur-Fascista transfere sua vontade de poder a questões sexuales. Este é a origem do machismo (que implica desdén para com as mulheres e uma condena intolerante de costumbres sexuais não conformistas, desde a castidade até a homossexualidade). E dado que também o sexo é um jogo difícil de jogar, o herói Ur-Fascista joga com as armas, que são seu Ersatz fálico: seus jogos de guerra se devem a uma “inveja pênis” permanente (trauma descrito na psicanalise freudiana) .

    13ª. O Ur-Fascismo baseia-se em um «populismo qualitativo». Numa democracia os cidadão gozam de direitos individuais, mas o conjunto dos cidadãos apenas está dotado de um impacto político a partir de um ponto de vista quantitativo (se seguem as decisões da mayoría). Para o Ur-Fascismo os indivíduos enquanto indivíduos não têm direitos, e o «povo» é concebido como uma qualidade, uma entidade monolítica que expressa a «vontade comum». Dado que nenhuma quantidade de seres humanos pode possuir uma vontade comum, o líder pretende ser seu intérprete. Tendo perdido seu poder de mandato, os cidadão não atuam, são chamados apenas pars pro toto “(tomar) uma parte pelo todo” e a desempenhar o papel de povo. O povo, desta maneira, é apenas uma ficção teatral. Para por um bom exemplo de populismo qualitativo, já não necessitamos a Piazza Venezia ou o estadio de Nuremberg. No nosso futuro se perfila um populismo qualitativo de Televisão ou de Internet, em que a resposta emotiva de um grupo seleccionado de cidadão pode ser apresentada ou aceitada como a «voz do povo». Em razão de seu populismo qualitativo, o Ur-Fascismo deve colocar-se em oposição aos «apodrecidos» governos. Cada vez que um político lança duvidas sobre a legitimidade de um governo ou parlamento legítimo porque já não representa a «voz do povo», podemos perceber cheiro de Ur-Fascismo.

    14ª. O Ur-Fascismo fala a «novalingua». A «novalingua» foi inventada por Orwell em “1984”, como língua oficial do Ingsoc, o socialismo inglés, mas elementos de Ur-Fascismo são comuns em formas diversas de ditadura. Todos os textos escolares nazis o fascistas se baseavam em un léxico pobre e em uma sintaxes elementar, com a finalidade de limitar os instrumentos para o raciocínio complexo e crítico. Mas devemos estar preparados para identificar outras formas de neolingua, inclusive quando adotam a forma inocente de um popular reality-show.

    Depois de ter indicado os possíveis arquétipos do Ur-Fascismo, permita-me concluir. Na manhã de 27 de julho de 1943, eles me disseram que, de acordo com as partes lidas pelo rádio, o fascismo havia caído e Mussolini havia sido preso. Minha mãe me mandou comprar o jornal. Fui ao quiosque mais próximo e vi os jornais, mas os nomes eram diferentes. Além disso, depois de uma breve olhada nos títulos, percebi que cada jornal dizia coisas diferentes e comprei um aleatoriamente, e li uma mensagem impressa na primeira página assinada por cinco ou seis partidos políticos, como Democracia Cristã, Partido Comunista, Partido Socialista, Partido de Ação, Partido Liberal. Até aquele momento, eu acreditava que havia apenas um partido para cada país e que na Itália havia apenas o Partido Fascista Nacional. Eu estava descobrindo que no meu país poderia haver diferentes partidos ao mesmo tempo. Não apenas isso: como eu era um garoto esperto, rapidamente percebi que era impossível tantos partidos surgirem da noite para o dia. Entendi, bem, que eles já existiam como organizações clandestinas. A mensagem comemorava o fim da ditadura e o retorno da liberdade: liberdade de expressão, de imprensa, de associação política. Essas palavras “liberdade”, “ditadura” – meu Deus – foi a primeira vez na minha vida que as li. Sob essas novas palavras, eu havia renascido como homem livre ocidental. Devemos prestar atenção para que o significado dessas palavras não seja esquecido novamente. O ur-fascismo ainda está à nossa volta, às vezes em trajes civis. Seria muito mais fácil para nós alguém aparecer no cenário mundial e dizer: “Quero abrir Auschwitz novamente, quero que as camisas pretas desfilem solenemente pelas praças italianas!” Infelizmente, a vida não é tão fácil. O Ur-Fascismo ainda pode retornar com as aparências mais inocentes. Nosso dever é desmascará-lo e apontar com o indicador para cada uma de suas novas formas, todos os dias, em cada parte do mundo. Novamente, dou a Roosevelt a palavra: “Atrevo-me a afirmar que, se a democracia americana deixar de progredir como força viva, tentando melhorar dia e noite com meios pacíficos as condições de nossos cidadãos, a força do fascismo crescerá em nosso país” ( 4 de novembro de 1938).
    Liberdade e libertação são uma tarefa que nunca acaba. Que este seja o nosso lema: “Não vamos esquecer”. E deixe-me terminar com uma poesia de Franco Forfini:
    No parapeito da ponte
    As cabeças dos homens enforcados.
    Na água da fonte
    A baba dos homens enforcados.
    No pavimento do mercado
    as unhas dos fusilados.
    Na grama seca do prado
    Os dentes dos fusilados.
    Morder o ar, morder as pedras
    Nossa carne não é mais já de homens.
    Morder o ar, morder as pedras
    Nosso coração não é mais já de homens.
    Mas nós os lemos nos olhos dos mortos
    e na terra vamos fazer a liberdade
    mas apertaram os punhos dos mortos
    a justiça que se fará.

  11. A atitude mais forte contra estas pessoas é não responder ou virar as costas e ir embora. Eles se alimentam da nossa indignação e se nós os ignoramos ostensivamente é a morte para eles. Eles não querem argumentos, são invulneráveis ao convencimento, detestam a razão e usam os fatos à sua maneira para construir suas declarações desde que elas sejam bastante agressivas e destrutivas. Reagir a esta horda é “jogar pérolas aos porcos” (e adquirir uma úlcera ou ter um infarto). Se a cultura não foi convidada para a festa, que arrume outro lugar para se exercer. Pode-se construir projetos e iniciativas fora do governo e de nossas antigas instituições agora aviltadas por estes dementes. Que intelectuais e artistas continuem compondo, escrevendo, cantando, representando enquanto que na corte se faz o vácuo, o vazio. O que estes idiotas cheios de fé vão fazer? Eles não têm capacidade para realizar nada. Só querem destruir. Pois que fiquem com seu ódio “cristão” e dele se alimentem. Com as costas viradas para o tumulto da desrazão e da fé, continuemos com a nossa prática de fazer cultura, lidar com o belo e sermos independentes e sãos.

  12. Sob a batuta do Bozo, a condição de colônia, sim, já seria um avanço.
    Porque, e ninguém tenha dúvida, ou essa excrescência é expurgada da Presidência ou vamos regredir para muito aquém de colônia.
    Se é possível? Quando se trata de causar desastre, o Bozo sempre dá um jeito!
    .

  13. Quando um povo entrega os destinos do país para um depravado que disse só saber destruir, na verdade entra numa sala escura que é trancada por fora, já tendo lá dentro o Predador.
    A chance do povo sobreviver é zero absoluto, mas ele acha que vai se divertir, e que o Predador é um amigão.

  14. É difícil acreditar que em pleno século 21, ainda haja em funções elevadas do governo, tanta gente com tão baixo nível intelectual.
    O simples fato de relacionar o apedeuta olavo de carvalho em algum espaço de cultura, arrepia o mais bronco brasileiro. De onde o bozo conseguiu colecionar tantas nulidades.

  15. Lembra-me a frase “está muito ruim, mas pode ficar pior” ao ver estes fugidos do hospício assumindo cargos no governo do cachorro louco. Meu deus do céu, o que fizeram com este país os 57 milhões de débeis mentais que votaram nessa criatura? Só imaginem o que a nossa imprensa vagabunda e sem vergonha diria se um governo de esquerda nomeasse esse tipo de retardados…

  16. Isso está mais para um curral do que para uma secretaria de cultura, chegarão cedo a produzir asnos com a carga dos apedeutas.

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