A crise e a Educação: inscrições do Enem caem 41% em cinco anos

Os inscritos para o Enem 2014 foram 8,7 milhões.

Em 2019, cujas inscrições terminaram ontem, 5,1 milhões.

Sim, é isto mesmo: em cinco anos, o número de jovens que buscaram o acesso ao ensino superior caiu quase a metade: redução de 41%.

É a crise, claro, colocando a busca – em geral, infrutífera – por uma vaga no mercado de trabalho à frente da busca por uma vaga na Universidade.

Mas é também o endureciento das regras do Fies, baixou de 700 mil para menos de 100 mil contratos no ano passado, quando foi oferecido este número de financiamentos sem juros para estudantes.

Número que se repete este ano e, já anunciou o MEC, não crescerá nos próximos.

É quase certo, também, que as brutais restrições orçamentárias ao ensino público superior torna impossível aumentar as vagas universitárias e quase certo, ao anontrário, que muitas instituições federais tenham de reduzí-las, em algum grau.

Some a isso a evasão escolar no ensino médio por razões sócio-econômicas e não há como ter um prognóstico otimista.

Os homens que sabem tudo e ditam regras sobre a necessidade de aumentar a produtividade, de qualificar, de “modernidade” são os mesmos que estão tirando nossos jovens da escola.

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10 respostas

  1. restringir o acesso à educação superior (via recessão econômica, que faz o jovem priorizar qualquer fonte de renda, precária que seja, em detrimento do estudo, e/ou via corte orçamentário) é uma contradição evidente com um projeto de nação, um absurdo tão grande, que nâo creio que haja dirigentes estúpidos o bastante para não enxergarem a inconsistência de políticas recessivas com a “modernidade” que apregoam. A conclusão, espantosa que seja, é que se trata de um programa deliberado (lá fora, com a anuência de nossa classe dominante de senhores de escravos e feitores dos patrões colonialistas) para inviabilizar o crescimento do Brasil. Isso é um crime contra as futuras gerações e contra o povo brasileiro.

  2. São apenas criminosos comuns mas manejam armas de destruição de massa. Precisamos primeiro fazer com que parem e depois fazer com que pagem pelo que estão fazendo com nosso presente e o que podem ainda fazer com nosso futuro, com o futuro de nossa gente. Enquanto não encararmos isso como uma guerra continuaremos sendo massacrados. Ou retomamos o destino de nosso país ou não haverá país algum.

    1. Infelizmente talvez estejamos chegando ao ponto de não retorno, podendo o país levar décadas e décadas só para recuperar tudo que tem sido perdido.

    2. Apoio sem restrições. Enquanto formos passivos e “republicanos” seremos conviventes. No dia 30 de maio estava em Porto Alegre, debaixo de chuva, ombro a ombro com jovens secundaristas e universitários. Aos 55 anos sinto-me disposta e pronta para luta. Avante, amigos e irmãos! É nossa sobrevivência que está de me jogo!

  3. Os burros do governo bozo querem transformar o Brasil em um país de mais burros.
    Porque burro o brasileiro já é, basta o fato de ter elegido este asno bolsonaro.

  4. Todos sabemos o que tem que ser feito. Só a rua é a salvação. Não é para pedir fora Bozo é para pedir fora o encarregado da Educação, e principalmente fora paulo ipiranga guedes, banqueiro trapaçeiro. Não seria o caso de todo domingo, ao meio dia em ponto iniciar manifestações em todas as capitais e cidades com disposição de defender a educação, os pobres aposentados, a democracia, o meio ambiente, as minorias, o combate à desigualdade,… É só combinar com os artistas e progressistas para estar nos palaques com seus discursos que estaremos lá com nossas faixas de reinvidicações e protestos.

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