A Amazônia bem verde. Verde-oliva…

Rubens Valente, em sua coluna no UOL, dá informação muito preocupante, que vai ser motivo de polêmica quando o país puder voltar a se movimentar normalmente.

É que o Conselho Nacional da Amazônia, retirado do Ministério do Meio Ambiente por Jair Bolsonaro e colocado sob a autoridade de Hamilton Mourão, o general vice-presidente terá nada menos que 19 militares de alta patente e ainda quatro delegados da Polícia Federal, mas nenhum – isso mesmo, nenhum! – representante do Ibama ou da Funai, de proteção aos índios.

Bolsonaro, recorda o repórter, já tinha excluído os governadores da região do Conselho e deixado de indicar representantes de indígenas e de ambientalistas, claro.

É evidente que, pela presença em regiões remotas, especialmente em fronteiras de selva, é inestimável a presença dos militares, assim como ter instalações aéreas e navais na Amazônia.

Mas daí a tornar a área num condomínio das corporações militares vai uma longa e indesejável distância, ainda mais quando sabemos que muitos de seus integrantes esteja mais para Major Curió do que para Cândido Rondon.

 

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17 respostas

  1. Preocupante mas faz parte da estratégia ditada pelo Gen. Villas Boas quando era comandante do EB na época anterior ao golpe; ele dizia que a Amazônia brasileira escondia riquezas minerais e biológicas ( farmacêuticas) da ordem de trilhões e que essas precisavam ser exploradas a fim de não permitir a entrada de estrangeiros. Daí a essa intervenção militar foi um pulo. Se for como na época da ocupação da área pelos governos militares pós 1964 teremos o novo deserto do Saara em menos de 100 anos. Além disso o resto do mundo terá motivos para ocupar o pulmão do planeta e nos tomá-lo na raça porque não sabemos utilizá-lo com racionalidade.Já falaram isso abertamente e recentemente. Quem nos defenderá? Essa geopolítica do início do século 20 foi enterrada há bastante tempo mas ainda, segundo dizem os estudiosos, impera nos currículos das academias militares do Brasil, associado à doutrina de segurança nacional e ao anti comunismo (coisa que também acabou no resto do mundo). O Brasil está paracendo aquele beque ruim que quando chega na jogada seu tome já levou gol. Êta atraso!!!

    1. “Explorar para não permitir a entrada de estrangeiros”, dizia o general? O problema é que para eles os americanos, os gringos, os ianques e os estadunidenses, nenhum destes é considerado estrangeiro. Com este governo de militares, ganharam até o privilégio de entrar no país sem precisar de visto algum. Vá entender estes militares!

  2. E de qualquer forma, a presença e as funções Forças Armadas são específicas. A eles cabe defender o território nacional, não tomar decisões abrangentes sobre a Amazônia.
    O próprio governo diz “Entre as principais atribuições estão: coordenar e integrar as ações governamentais relacionadas à Amazônia Legal, propor políticas e iniciativas relacionadas à preservação, à proteção e ao desenvolvimento sustentável, de forma a contribuir para o fortalecimento das políticas de Estado e assegurar a ação transversal e coordenada da União, dos Estados, dos Municípios, da sociedade civil e do setor privado.”
    Essa cambada de ignorantes que defende regime militar pensam o que? Que só porque o cara se torna militar, seja lá da patente que for, ele automaticamente se transforma em uma pessoa honesta, competente, que sempre tomará a melhor decisão para a nação, mesmo que não entenda absolutamente nada dos assuntos sobre os quais vai decidir?

  3. Desmontar tais coisas para que o país recupere o caminho do desenvolvimento civilizado que foi abandonado em 2016, vai ser dureza.

  4. Tribunal Penal Internacional para ele. Os motivos de acumulam. Aparentemente, ele terá companhia. Basta que nós não nos acoelhemos de novo e proponhamos um grande pacto nacional para livrar a cara dos canalhas. Outra coisa imprescindível é encolher o exército para tal tamanho que ele caiba em uma kombi. Assim, essa praga nos deixará em paz. Reside nas FFAA a maior ameaça á normalidade política nacional.

    1. E hoje -19 de abril – é comemorado o dia do exército brasileiro. A data se refere à primeira grande batalha dos Guararapes, em 1648, quando os invasores holandeses foram expulsos do Brasil por forças armadas a serviço da nacionalidade brasileira.

      Que diferença de hoje em dia – 19 de abril de 2020 -, quando o exército brasileiro está praticamente transformado, por militares delinquentes, em exército de ocupação a serviço de forças e bandeiras estrangeiras para as quais batem continência sem a menor vergonha, para as quais nomeiam capachos sub-comandantes do comando sul do império, e a quem convidam, sem o menor pudor, para ocupar o Brasil de todas as formas, até mesmo territorialmente.

      Exército que – quem não se lembra do golpista general Villas Boas, traidor da Constituição, por exemplo – deu o apoio definitivo e essencial para colocar no poder uma Besta Genocida, gerado na escória do seu quadro de oficiais, repleto de estupradores, torturadores e assassinos – todos impunes -, que tem como um dos seus heróis o torturador Ustra, outra besta humana carregada de crimes contra a humanidade.

      E exército que é, hoje, o principal sustentáculo do Genocida no poder, a quem apenas usam como uma marionete, para lhe servir como desculpa pela destruição da Nação, até o momento em que resolvam comandar diretamente uma nova ditadura.

      1. Além de torturadores e delinquentes de variadas espécies, o Exército abriga comprovado terrorista: o capitão Wilson Dias Machado, que iria colocar uma bomba no Riocentro. Seriam milhares de cidadãos brasileiros mortos pelos terroristas do Exército. Em vez de punição, o capitão Wilson foi sendo promovido e hoje é Coronel. O Exército deu tratamento semelhante a Bolsonaro, que pertencia ao grupo do general Silvio Frota e que também planejou colocar bombas, inclusive na Adutora que abastece de água o Rio de Janeiro.

    2. Fazer igual o Japão: Segundo a Constituição do país em seu artigo 9°, depois da 2a. Guerra Mundial, O Japão renunciou ao direito de ter um Exército. Isso representou uma economia enorme ao país.

  5. olha, vou dizer que a questão amazônica é talvez o último resquício de nacionalismo que restou nas forças armadas. Não me incomoda este estado de coisas.
    principalmente tendo visto de primeira mão como o Ibama se tornou refratário a qualquer presença humana na Amazônia. Prova disso foi a negação da licença às hidrelétricas do Tapajós ainda no governo Dilma. Mesmo sendo usinas a fio d’água e que seriam construídas no modelo “plataformas de petróleo” onde os funcionários seriam voados de helicóptero.
    Simplesmente alguns setores enxergam a simples presença humana na Amazônia como “invasão de território virgem”. Argumento tacanho tmabem usado com relacao ao Rio Araguaia. Outro deserto demografico do Brasil. Claro que a boçalidade garimpeira de Bolsonaro também não é solução nenhuma.
    Mas tenho esperanças de que neste assunto os militares possam trabalhar com construção de hidrelétricas, abertura de estradas e pesquisa no campo da biomedicina. Uma ocupação inteligente da Amazônia e em equilíbrio com o meio ambiente é fundamental para o país. Infelizmente Bozo e amimbientalistas se tornaram extremos indesejáveis neste jogo. Milicos parecem mais razoáveis.

  6. Desde a CF 88 achavam-se desprestiados, e acumulavam ressentimentos. Agora destroem o país por empregos e cargos. Velhos. A História é mãe severa.

  7. Aposto que veremos em breve uns riquíssimos fazendeiros verde-oliva – ou filhos, esposas, cunhados, servindo como testas-de-ferro dos mesmos.

  8. Vão usar a premonição, do tipo olavista, de que a Amazônia será invadida pela França (não foi esse o diagnóstico recente das mães diná do Exército entreguista nacional?). Mas como bons olavistas que são, essa premonição na verdade é frescura no rabo de quem quer entregar o país para o capital internacional mas manter a pose de patriota.

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